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Cão campeão e o Melhor da Raça
Se você é novo nesse negócio de exposição de cães, tudo pode parecer muito confuso. Mas depois de seguir os passos em ordem, as coisas fazem mais sentido.
Para ser designado como campeão, um cão deve ganhar um determinado número de pontos, que podem ser conquistados em diferentes exposições e competições. Conquistar o título de campeão dá ao cão o privilégio de colocar o prefixo “ch” (abreviatura de champion - campeão em inglês) ao seu nome.
Então, como exatamente é que os cães ganham esses pontos? O processo começa com exposições de especialidades que focam em uma raça em particular. Esse tipo de exposição separa os cães em grupos de machos e fêmeas e depois os divide novamente em seis classes diferentes:
1- Classe Inicial - cães de quatro meses e um dia a seis meses de idade;
2- Classe Filhote – cães de seis meses e um dia a nove meses de idade;
3- Classe Jovem – cães de nove meses e um dia a quinze meses;
4- Classe Aberta – destinada a cães com mais de quinze meses, exceto para Campeões Brasileiros de Beleza e Grande Campeão, que na data da exposição tenham mais de quinze meses de idade. Nesta classe podem ser inscritos Campeões de Beleza de outros países e Campeões Internacionais;
5- Classe Trabalho – destinada a cães com mais de quinze meses, portadores de certificado de cão de trabalho;
6- Classe Campeonato - cães que já têm o título de campeão;
* fonte – Confederação Brasileira de Cinofilia
Em cada classe, o árbitro escolherá o primeiro, segundo e terceiro lugares, por sexo. Também será escolhido o Melhor Macho e a Melhor Fêmea da variedade. O Melhor da Raça será escolhido por comparação entre o Melhor Macho e a Melhor Fêmea dentre as seguintes classes: Jovem, Aberta, Trabalho, Campeonato e Grande Campeonato. Este cão representará então a sua raça no grupo.
Dentro do grupo os cães também serão avaliados e os juízes determinarão o primeiro, segundo, terceiro e quarto lugares. Já para a designação dos finalistas da exposição, concorrerão os cães classificados em primeiro lugar nos seus respectivos grupos.
Clique aqui e acesse o regulamento de exposição da Confederação Brasileira de Cinofilia.
Agora vamos dar uma olhada e aprender um pouco sobre o Super Bowl Norte-Americano de cachorros – o Westminster.
O longo caminho para se chegar ao Melhor da Exposição
Existem centenas de raças distintas de cachorros, porém, o American Kennel Club reconhece apenas um pouco mais de 150 [fonte: AKC - em inglês]. O AKC separa então essas raças em categorias que se distinguem umas das outras baseadas em o quê os cães foram criados para fazer:
- cães esportivos: os cães dessas raças têm fins desportivos. Esse grupo inclui Pointers, Retrievers, Setters e Spaniels;
- cães de caça: esses cães têm um olfato excepcional além de ótima resistência física o que os tornam bons caçadores. Trata-se dos Beagles, Bloodhounds e Dachshunds;
- cães trabalhadores: são grandes e muito fortes. Esses cães realizam tarefas como busca e salvamento além de servirem de guardas em casas e estabelecimentos comerciais. Exemplos dessa categoria incluem o Dog Alemão, Rottweiler e São Bernardo;
- terriers: esse grupo inclui todos os terriers, que são conhecidos por sua personalidade única e enérgica. Exemplos incluem os Bull Terriers, Scottish Terriers (Terrier Escocês), e os Schnauzers Miniatura;
- toys: esse grupo inclui cachorros bem pequenos como o Chihuahua que você costuma ver a Paris Hilton carregando para cima e para baixo. Essa categoria ainda inclui Shih Tzus, Poodles e Pugs;
- não esportivos: essa é uma categoria que inclui as raças que não possuem características unificadoras. Aqui entram os Bulldogs, Dálmatas e o American Eskimó;
- pastores: como o próprio nome já diz, os cães dessas raças auxiliam em rebanhos de ovelhas e bois. Alguns cães dessa categoria são os Collies, os Australian Shepherds e os Briards;
- diversos: como parte do processo de reconhecimento, o AKC inclui nessa categoria as raças que têm gerado popularidade e interesse em uma área ampla. No entanto, as raças desse grupo não podem vencer uma exposição de beleza e estrutura. Se a atividade de criação de uma raça desse grupo crescer, o AKC pode vir a reconhecê-la dentro de outra categoria.
[fonte: AKC]
O Melhor da Raça de cada grupo compete contra o Melhor da Raça dos outros grupos. Se um cão ganha primeiro lugar no seu grupo ele passa a competir para o Melhor Cão da Exposição, como no Westminster. Mas antes disso os melhores de cada grupo devem ainda vencer dentro de uma das sete categorias acima (a categoria “diversos” não é reconhecida para fins de premiação). Só então os sete vencedores passam a concorrer entre si pelo prêmio de Melhor Cão da Exposição.
Críticas às exposições
À primeira vista parece que as exposições de beleza nada mais são do que divertimentos inocentes de pessoas que amam genuinamente os cachorros. No entanto, alguns críticos têm apresentado queixas específicas ou até mesmo desaprovam o sistema como um todo. O que há nessas exposições que os deixam tão irritados?
A insistência em se ter exclusivamente cães de raça pura bem como o fato das exposições exaltarem os atributos físicos e a estética dos cães é algo que fazem algumas pessoas criticarem a ética na criação desses animais.
Para “produzir” cães vencedores, os criadores tentam criar cães com esses atributos físicos específicos, o que em outras palavras significa estreitar o pool genético desses cães. Desta maneira, criar cães focando apenas nos seus atributos físicos pode acarretar o que chamamos de inbreeding (quando se cruza um cão com um ancestral direto ou descendente) e, consequentemente, o nascimento de cães com sistema imunológico fraco e defeitos de nascença [fonte: Pitcairn - em inglês].
Muitos grupos criadores de Border Collie, como o American Border Collie Association (ABCA) levaram tão a sério a criação ética que não aceitaram que o AKC reconhecesse a sua raça. Apesar desses esforços, o AKC elevou a raça Border Collie à categoria de cães pastores em 1995 [fonte: Devine - em inglês]. Agora, antes que os donos possam fazer a inscrição de seus cães nas exposições, estes devem passar por um teste [fonte: Devine - em inglês].
Membros do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) também levantaram questões polêmicas a respeito da exposição de Westminster. Eles se opõem ao corte ou amputação da cauda dos cães que é feita para que o cão se enquadre a determinados padrões estéticos de sua raça. O PETA fez uma queixa oficial contra o Westminster Kennel Clube em 2004, afirmando que o corte ou amputação da cauda de um cão viola as leis do Estado de Nova York no que diz respeito a procedimentos desumanos em cães [fonte: PETA].
O escritor Jonah Goldberg argumenta que a popularidade da criação de cães ajudou a impulsionar o movimento eugênico do início do século 20 e relaciona os problemas éticos da criação de cães à eugenia [fonte: Goldberg - em inglês]. Goldberg fala sobre como as exposições (como a de Westminster) são superficiais e nas quais só importam os padrões estéticos. Para mostrar uma apreciação genuína das raças ele sugere que os cães venham a competir pelo cumprimento dos deveres práticos que suas raças foram treinadas para fazer. Por exemplo, se um cão de caça deseja demonstrar que ele é o melhor da sua raça, deverá provar suas habilidades de caça.
Em contrapartida, alguns críticos acreditam que exposições como o U.K´s Crufts, que introduziu competições de agilidade, se afastou do propósito original e precisa voltar a focar nas raízes tradicionais de uma exposição de beleza e estrutura. Paul Keevil foi um assessor de imprensa do British & Irish Dog Breeds Preservation Trust até ele falar sobre seu descontentamento com a mudança de regras do Crufts [fonte: Lyall - em inglês]. Embora esse tipo de evento que reúne provas de agilidade, flyball e competições de obediência atraia uma grande audiência, Kevil expressou seu desejo de que o Crufts voltasse a dar ênfase no formato de competição tradicional.
Claro que, se essas exposições tradicionais não são exatamente do jeito que você imagina já que você curte muito mais competições, há inúmeras que atendem esse requisito por aí. Na próxima página veremos o que envolvem as provas de agilidade e obediência nas exposições.
Scruffts: competições para raças cruzadas
Para aqueles cães que se sentem deixados de lado e fora da diversão, o Kennel Club da Inglaterra, que promove o Crufts, tem organizado uma exposição para cães que nasceram a partir do cruzamento de raças distintas.
Scruffts é um concurso para cães sem raça definida. Em função de não existirem normas para cruzamento, os critérios são bem gerais. De acordo com o próprio site do evento, os juízes avaliam o bom caráter, saúde e temperamento para encontrar o melhor cão mestiço.
Outros tipos de exposições de cachorros
Quando a maioria das pessoas pensa em exposições de cães, é comum que imagine exposições de beleza e estrutura como o Westminstr. Mas além desse existem muitos outros tipos de exposições e concursos de cães, apesar de não ter tanta atenção da mídia. Os dois tipos mais comuns são os que possuem provas de agilidade e demonstração de obediência.
Provas de agilidade (agility) envolvem vários obstáculos nos quais o cão executa diferentes tarefas, como saltar sobre cavaletes (semelhante ao hipismo), correr por túneis, além de ter que saber se comunicar muito bem com o seu dono, já que o mesmo só pode comandar o cão através de palavras e gestos e não pode tocar em hipótese alguma no cachorro ou em qualquer obstáculo. Enquanto isso os juízes marcam o tempo que o cão demorou para completar a prova além de tirar pontos do mesmo em caso de faltas. Os juízes marcam uma falta para cada segundo a mais que o cão demorou para completar o percurso no tempo padrão ou por derrubar algum obstáculo. Assim como nas exposições de beleza, essas competições também podem ser subdivididas por especialidades, grupos ou raças [fonte: AKC - em inglês].
Nas provas de obediência os cães devem acompanhar os exercícios de acordo com o comando dado por seu condutor (handler). O AKC regula esses exercícios e os juízes premiam os cães de acordo com esses regulamentos. A dificuldade dessas tarefas depende do nível no qual o cão está competindo – noviço (novice), open e cão de utilidade (utility). Por exemplo, um cão deve ser capaz de permanecer ao lado de seu condutor andando ou correndo, bem como manter-se em pé ou sentado por longos períodos. Exercícios mais avançados incluem a execução de saltos, exercícios de busca de objetos e distinção de cheiros, principalmente o cheiro de seu condutor em determinados objetos. Em outra tarefa, o cachorro deve obedecer aos sinais de seu condutor sem que ele tenha que falar. Competições de obediência incluem provas para todas as raças e os cães também podem buscar vários títulos de campeões [fonte: AKC - em inglês]. Clique aqui e acesse em português o regulamento completo das competições internacionais de obediência.
Talvez agora que você já conhece um pouco mais sobre exposições de cães, você possa impressionar seus amigos durante a próxima exposição de Westminster, fazendo comentários como “ aquele cão é um excelente exemplar de Clumber Spaniel” , ou ainda “ Você reparou no andar gracioso daquele Spitz Finlandês?”. Para saber ainda mais sobre cachorros, acesse os links na próxima página.
World Dog Shows
Com o intuito de incluir competições internacionais nas exposições de beleza, a Federação Internacional de Cinologia (FCI) patrocina o World Dog Show. Diferentes países ao redor do mundo já sediaram o evento, como a Polônia e o México.
O American Kennel Club também organiza o AKC/Eukanuba National Championship, uma exposição anual que convida cachorros de outros países para a competição. A exposição é televisionada pelo Animal Planet. Além do Best in Show, o AKC premia pessoas, incluindo o criador do ano. Também cinco cães podem ser premiados por excelência canina (Awards for Canine Excellence – ACE) nas seguintes categorias:
• Aplicação da lei
• Busca e salvamento
• Terapia
• Serviço
• Cão de companhia
SAIBA MAIS:
BULDOGUE FRANCÊS
PUG
RHODESIAN RIDGEBACK
BULDOGUE INGLÊS
STAFFORDSHIRE BULL TERRIER
BULL TERRIER
AMERICAN STAFFORDSHIRE TERRIER
CHIHUAHUA
OVERBULLY(SUPER BULLY)
EXOTICOS AMICAT´S
MAINE COON AMICAT´S
BENGAL AMICAT´S
RAGDOLL AMICAT´S
PETCLUBE
Amichettibullys & AMICAT´S Bengal Maine Coon Ragdoll Exótico
Villa Amichetti- Paraíso Ecológico- uma forma sustentável de ConViver.
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Raça de Cães
Esta é uma lista de raças de cães reconhecidas ou em processo de reconhecimento pela Fédératio Cynologique Internationale (FCI). foto TABOO, um american stafford tipo OVERBULLY do Canil Amichetti f 11 9386 8744 sp.
As raças estão dispostas de acordo com seu padrão (Brasil) ou estalão (Portugal) na FCI, em 10 grupos. Há ainda um 11º dedicado às raças não reconhecidas oficialmente pela Federação. Abaixo, segue lista dos grupos, também um índice facilitador para esta página:
Grupo 1 - Cães de Pastor e Boieiros.
Grupo 2 - Cães de tipo Pinscher e Schnauzer, Molossóides e Cãe de Montanha, e Boieiros Suíços
Grupo 3 - Terriers;
Grupo 4 - Dachshunds;
Grupo 5 - Cãe de tipo Spitz e tipo Primitivo;
Grupo 6 - Sabujos Farejadores e Raças Assemelhadas;
Grupo 7 - Cães de Parar ou Cães Apontadores;
Grupo 8 - Cães Levantadores e Cobradores de caça e Cães de Água;
Grupo 9 - Cães de Companhia;
Grupo 10 - Galgos;
Grupo 11 - Raças não conhecidas pela FCI;
**Todos dados são do site www.wikipedia.org - colabore com o site - divulgue o WWW.WIKIPEDIA.ORG
AFGHAN HOUND
O galgo afegão (em Portugal) ou afghan hound é uma raça de cães de vigia muito antiga. A raça possui este nome pois é originária do Afeganistão
Seu aspecto geral deve ser nobre, forte e majestoso. A altura na cerbelha vai de 68 a 74 cm, sendo as fêmeas um pouco menores que os machos.
Aparência
Sua cabeça é longa, reta e fina, com stop moderado. A trufa do nariz é negra ou fígado, olhos pequenos de formato quase triangular, que podem ser escuros ou amarelos.
O pêlo é fino e sedoso, mas deve ser curto ao longo da coluna e mais longo, formando uma franja na parte inferior do corpo. Deve ser escovado frequentemente. A cauda termina com um anel encaracolado.
Suas cores mais comuns são fulvo, negro, tricolor, preto com marrom, creme, mas todas as cores são admitidas.
Temperamento
Corajoso, doce e sensível, gosta de dar loucas corridas eventualmente, por isso é melhor que seja criado em lugares espaçosos. É desconfiado com estranhos, sem contudo demonstrar-se hostil. Não é adequado para guarda, e deve ser treinado de forma gentil, com boas maneiras. De acordo com o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o galgo afegão é o último colocado. Isso não quer dizer que a raça seja "burra", mas que simplesmente eles não fazem a menor questão de obedecer a comandos. É importante ter em mente que a "inteligência" para Stanley Coren, é definida como "Inteligência de Obediência e Trabalho", e não da inteligência "Instintiva" dos cães.
Saúde
Afghans são uma raça relativamente saudável; a maioria dos problemas de saúde são alergis e câncer. Sensitividade à anestesia é um problema que o galgo afegão tem em comum com cães de corpo esbelto, pois estes cães tem pouca gordura no corpo.
Galgos Afegães são uma raça que vive bastante, normalmente 13-14 anos.
História
Foi originalmente usada para caçar lobos, raposas e gazelas. Após chegar à Europa e às Américas, graças à sua extraordinária beleza, foi transformado unicamente em cão de luxo. Para que possa participar de exposições, sua delicada e longa pelagem demanda muitos cuidados, portanto não foi mais sendo utilizado na caça.
Existe uma disposição a uma doença oftálmica por um defeito hereditário recessivo, a catarata. Sempre se achou que a raça datava da era pré-Cristã, e descobertas recentes por pesquisadores estudando DNAs antigos revelaram que o Galgo Afegão de fato é uma das mais antigas raças.
Curiosidades
Sua exportação era proibida em seus países de origem, portanto essa raça chegou à Europa já totalmente desenvolvida apenas no Século XX, por contrabando.
O primeiro cão clonado foi um da raça galgo afegão chamado de Snuppy. Antigamente exemplares desta raça eram usados para caçar leões.
AIREDALE TERRIER
A airedale terrier, oriunda do Reino Unido, é a maior raça entre os terriers, grande o bastante para não caçar no subsolo. Criado através de cruzamentos entre o old english broken-haired e o cão de lontra, este animal é classificado como versátil e corajoso. Inicialmente chamado waterside terrier e, por seu tamanho, apelidado ainda de o rei dos terriers, é usado como caçador de pragas - ratos, por exemplo -, cão de guarda e cão policial. Seu adestramento, considerado de dificuldade moderada, a teimosia e a tendência a brigas, o tornaram um animal pouco popular como companhia. Fisicamente pode chegar aos 23 kg, tem a cauda alta e esticada para cima, e a pelagem, preta e castanha, é densa, dura e conhecida como de arame. De acordo com o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o Airedale encontra-se na 29ª posição entre as 79 pesquisadas.
AKITA INU
O Akita ou Akita Inu é uma raça de cães originária do Japão. O nome foi dado em relação à província de Akita, de onde a raça é considerada originária. "Inu" significa cão em japonês, e muitas vezes o animal é referido como "Akita-ken" (um trocadilho, pois a palavra "província" é pronunciada "ken" em japonês)
Os cães da raça possuem uma aparência de lobo, sendo fêmeas mais baixas, e os machos maiores. O peso varia entre 34 e 50 kg, e a altura na cernelha deve ser entre 64 e 70 cm para os machos, e 58 e 64 cm para as fêmeas.Aparência
Seu aspecto geral é imponente, robusto e nobre, devendo ser bem proporcionado. O focinho é potente e afilado, mas jamais pontudo, com cana nasal reta e curta. Dentes fortes, com mordedura em tesoura, nunca prognatas. Os olhos são levemente pequenos e triangulares, fazendo ângulo ligeiramente voltado para cima. As orelhas são pequenas e grossas, triangulares, ligeiramente arrendondadas na extremidade, inseridas moderadamente separadas e inclinadas para frente. A cauda é grossa e forte, com seu comprimento chegando até o jarrete, mas deve portar-se enrolada sobre o dorso.
Sua pelagem é dupla, sendo o pêlo de cima duro e reto e o subpêlo macio e denso, o que lhe dá aparência de um bichinho de pelúcia. Como possui subpêlo, há uma intensa muda (troca de pêlo) em algumas épocas do ano, devendo ser muito bem escovado para manter seu belo aspecto e eliminar os pêlos mortos. Suas cores podem ser vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Os exemplares de todas as cores, exceto a branca, devem apresentar o "URAJIRO" (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).
Temperamento
Protetor, prudente, afetuoso e corajoso. Diante de brincadeiras insistentes ou bruscas, os cães da raça costumam se afastar e se recolher em um de seus locais favoritos, mas se o incomoda persistir, eles podem rosnar em sinal de advertência. Late pouco, nunca late desnecessariamente, uiva geralmente se precisa de algo e é muito seguro de si. É possessivo com seu território e com seus donos, o que faz desta raça excelente guardiã, tanto de propriedades quanto pessoal. Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, como pode-se observar nos Dobermanns, mas costuma manter-se em um local que ofereça boa visibilidade, deslocando-se apenas se achar necessário.
É muito preocupado e apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só" (o que não quer dizer que não possa ser adotado já crescido), mas sofre muito quando abandonado e ,às vezes, não consegue se adaptar aos novos donos. Entretanto, uma vez conquistado será um excelente guardião e companheiro por toda a vida. Precisa de ensinamento para corresponder ao controle normal pelo chamado do dono. De acordo com o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o Akita encontra-se na 54ª posição entre as 79 pesquisadas. Seus resultados podem ser explicados pela dificuldade "natural" que tem de aceitar ordens de estranhos. Por isso, recomenda-se que desde cedo o próprio dono invista algumas horas na educação de seu cão.
História
Origem da Raça Akita
Dos tempos antigos à era Meiji
Acredita-se que havia uma grande migração de pessoas entre o Japão e a Ásia antes que estas duas áreas se separassem. Foi durante esta época que os cães foram introduzidos no Japão. Ossos de cães do tipo Spitz foram encontrados em sepulturas da Era Jomon (8000 a.C. a 300 a.C).
Após a separação das ilhas que compõe o Japão da grande massa de terra, as embarcações passaram a ser necessárias para se viajar entre as ilhas e o continente e isso diminuiu muito a migração.
A diferenciação entre os cães do tipo spitz iniciou-se a partir do isolamento das regiões e os cães tornaram-se mais apropriados para as necessidades de caça de cada área. Estes cães tornaram-se menos genéricos em aparência com a diminuição da variedade de cruzamentos, porém o tipo básico do spitz permaneceu nestes cães.
A partir do final da Era Jomon, a caça tornou-se popular e muitos ossos de cães foram encontrados junto a outros restos mortais, especialmete na parte nordeste do Japão, junto ao Oceano Pacífico. Mais tarde, na Era Yayoi (300 a.C. a 300 d.C), houve uma diminuição do número de ossos caninos encontrados em sepulturas. Porém, os cães representados em pratos e estatuetas de barro desta era tinham as orelhas eretas e caudas enroladas como os atuais cães japoneses.
Existem referências a cães em alguns livros de história japonesa como o Kojiki (uma crônica do Japão Medieval de 712 d.C) e Nihon Shoki(As Crônicas do Japão da era Yayoi). Na Era Kamakura (1192- 1333) há relatos sobre cães de briga. As briga de cães também eram muito populares na Era Edo (1603 a 1868).
No início da era Edo houve um crescimento da influência européia no Japão. Com a abertura dos portos a navios estrangeiros, a importação de cães do continente europeu tornou-se um negócio bastante próspero e até mesmo uma nova palavra, kara-inu, significando "cão estrangeiro" foi cunhada. A maioria destes cães importados eram do tipo hound. Conta-se que o Xogun Tokugawa leyaseu possuía uns 70 destes cães para caçar cervos. A popularidade dos cães estrangeiros poderia ter causado o fim das raças nativas do Japão caso os descendentes de Tokugawa Ieyasu tivessem o mesmo interesse nos cães estrangeiros.
Ainda na Era Edo, uma lei bastante curiosa foi criada. Em 1685 o quinto Xogun TokugawaTsunayoshipromulgou a lei Shorui Awaremi-no-Rei, determinando a compaixão por todas as coisas vivas e proibindo a matança ou abandono de animais, especialmente de cães. O resultado foi que milhares de cães sem dono passaram a vagar pelas ruas de Edo, hoje a província de Tokyo. Mais de cem mil cães sem dono eram mantidos em canis especialmente construídos para tal.
Por volta do ano 1640 o Japão retraiu-se e isolou-se novamente do resto do mundo negociando apenas com a Mongólia, Coréia e China. O isolamento do Japão durou mais de duzentos anos e só terminou em 1853 com a chegada do Comodoro americano Matthew Perry. Mais uma vez o Japão iniciou um ciclo de interesse em todas as coisas estrangeiras, especialmente ocidentais.
Alguns engenheiros de minas europeus começaram a trabalhar nas minas das montanhas do norte de Honshu. Parte desta área faz parte hoje da Prefeitura de Akita, que nos anos 1800 era chamada de Dewa e sua cidade principal chamava-se Odate. Bastante distante das cidades da planície ocidental, era uma região montanhosa, íngreme e fria. A caça dessa região consistia em javalis, alces e o grande urso Yezo (que chegava a pesar 350Kg). Os cães utilizados para caçar no norte sempre foram conhecidos pelo seu grande porte e eram utilizados em pares de macho/fêmea para encurralar a caça até que os caçadores chegassem. Conta-se que um nobre desenvolveu um tipo de cão especialmente apropriado para este tipo de caçada e este esforço de criação pode ter sido o início do grande cão de caça japonês.
Em contraste com as regiões rurais, nas cidades japonesas, densamente povoadas, geralmente encontrava-se cães mestiços de raças nativas e estrangeiras. Ninguém parece ter feito qualquer tipo de esforço para preservar as raças japonesas das cidades, com exceção do Chin Japonês.
As brigas de cães continuaram populares na Era Meiji (1868 a 1911). Naquela época os Akitas eram chamados cães de Odate por causa do nome da sua cidade. Por volta de 1897, cães de briga Tosaforam introduzidos na prefeitura de Akita. Naquela época Tosa, hoje conhecida como Prefeitura de Kochi, era uma das duas áreas mais populares em brigas de cães.
No início a raça Akita era mais forte do que a Tosa, mas gradualmente a situação se reverteu devido a cruzamentos de cães da raça Tosa com cães de raças europeias. Com as mudanças trazidas pela ocidentalização, alguns cães foram criados especialmente para este esporte. Um dos favoritos era o Cão de Briga Tosa, uma mistura entre o Tosa nativo (Shikoku) e várias outras raças como Buldogue, Dogue, Alemão, Pointer, Mastiff e etc.
Para aumentar o tamanho e o instinto de briga, o mesmo tipo de cruzamentos foi feito no norte com os cães nativos da região Dewa/Akita. As raças provavelmente utilizadas nesses cruzamentos foram os Dogue Alemão, trazidos pelos engenheiros de minas alemães e os Mastiff Tibetanos trazidos por comerciantes Mogóis.
A partir da Era Meiji até a Era Taisho (1912 a 1925), os cães no Japão eram classificados em três categorias. Uma era o cão de caça japonês, que era grande, com orelhas eretas e cauda enrolada. O segundo eram os pequenos cães vindos da China, chamados Chin. O terceiro eram os mestiços com raças asiáticas e européias, verdadeiros SRD.
Do Início da Era Showa até Hoje - Movimento de Preservação
O início da preservação dos cães nativos japoneses deu-se pelo crescente nacionalismo japonês no século XX. A medida em que o interesse dos japoneses começou a focar-se em sua própria história e cultura, eles começaram a prestar mais atenção aos cães que sempre estiveram presentes no Japão.
Felizmente o isolamento rural do norte do país permitiu que a caça continuasse a ser uma importante fonte de alimentos. Quando a atenção voltou-se para os cães nativos, os Matagi Inu (cães de caça) ainda podiam ser encontrados para servir como base de criação.
Um nome de grande importância no movimento preservacionista foi o do Professor Shozaburo Watase, que publicou um artigo sobre os cães japoneses em 1915. Ele também começou a palestrar sobre este asssunto e fundou um comitê histórico preservacionista para o Ministério de Assuntos de Estado. Em 1919, sob sua liderança, uma lei para a preservação de espécies do Japão foi aprovada.
Nesta época a raça Akita encontrava-se em grande declínio dentre as raças japonesas, não só em números como também em pureza, devido aos diversos cruzamentos com cães de briga Tosa e com cães de diversas raças ocidentais.
Em 1920 o Dr. Watase foi a Odate para pesquisar os cães Akitas da região. Porém ficou desapontado ao constatar que devido à falta de uniformidade dos cães Akita, ele não poderia designar nenhum deles como monumento nacional. Nessa época as brigas de cães ainda eram muito populares e a ênfase na criação dos cães era muito maior na habilidade de briga do que na aparência do cão. Antes de deixar Odate, o Dr. Watase convocou os apreciadores dos cães Akita a preservar a raça antes que a mesma se tornasse extinta.
No início da Era Showa (1926 a 1988), em 1927, o prefeito de Odate, Sr. Shigeie Izumi, contrário aos cruzamentos entre os cães de Odate com outras raças, principalmente com o Tosa, fundou a Sociedade Akita Inu Hozankai (AKIHO) num esforço para preservar a pureza da raça de Odate. Ao mesmo tempo, as brigas de cães gradualmente foram perdendo sua popularidade.
Devido a uma grande preocupação da população com a sobrevivência dos cães japoneses, em junho de 1928 fundou-se o Nipponken Hozonkai (NIPPO), uma organização para os cães Akita, Hokkaio, Shiba, Kai, Kishu e Shikoku). O NIPPO passou a registrar cães japoneses, a publicar um boletim e a organizar exposições.
Na primavera de 1931, um grupo liderado pelo Dr. Tokio Kaburagi foi a Odate pela segunda vez com a disposição de que o Akita deveria ser restaurado ao que se acreditava ser o tipo puro do cão japonês. Finalmente, em Julho de 1931 o governo japonês declarou o grande cão do Japão como um Monumento Natural do Japão. A raça foi finalmente batizada com o nome da região onde se originou passando a ser conhecida como Akita Inu.
No Japão as raças caninas são tipicamente associadas com as áreas de onde se originaram: Akita, Hokkaido, Shiba, Kai e Shikoku. A palavra inu significa cão em japonês. Assim, Akita Inu = Cão de Akita.
O interesse nos Akitas recebeu um grande incremento com a publicidade sobre a raça. Primeiramente em 1932 pela publicação em primeira página nos jornais de Tóquio, da história de Hachi-Ko. Depois pela muito divulgada visita da escritora americana cega, surda e muda Helen Keller ao Japão. Ela expressou interesse na raça e foi presenteada com dois filhotes de Akita. O primeiro morreu ainda novo, mas o segundo tornou-se companheiro inseparável de Hellen até sua morte.
Felizmente essa atenção da mídia coincidiu com o crescente nacionalismo japonês, ou de outro modo os cães nativos do Japão poderiam ter desaparecido definitivamente.
Para ajudar a determinar se um cão verdadeiramente representava um tipo nativo, o NIPPO desenvolveu um padrão escrito da raça publicado em setembro de 1934. A Akiho, que colaborou com a NIPPO durante seus primeiros anos, publicou seu primeiro padrão do Akita em 1938.
De acordo com muitos dos estudiosos dos cães japoneses, o tipo puro original do cão Akita era provavelmente do tamanho dos cães Matagi (caça) encontrados nas aldeias nas montanhas do Japão. Estes cães Matagi era ligeiramente maiores que os cães médios. O objetivo dos criadores sérios de Akitas passou a ser aumentar o tamanho dos cães, mantendo-se a aparência dos cães japoneses.
A Segunda Guerra Mundial quase causou a completa extinção dos Akitas devido à escassez de alimentos e à demanda da pele dos animais pelo exército japonês. Porém, algumas pessoas esconderam seus Akita-Inus e os mantiveram em segredo. Poucos cães sobreviveram à Guerra. Após a Guerra, alguns oficiais das forças de ocupação na Prefeitura de Akita interessaram-se pelos Akitas. Os americanos ajudaram a alimentar e a cuidar desses Akitas.
Mesmo nesses tempos difíceis a restauração da raça foi reiniciada e para preservar a raça, foram feitos alguns cruzamentos, especialmente com Pastores Alemães. Outros cães japoneses também foram utilizados. Após a Guerra os criadores japoneses passaram a tentar erradicar qualquer sinal desses cruzamentos.
Duas linhagens principais emergiram após a Guerra e foram utilizadas no processo de restauração da raça: Dewa e Ichinoseki. A linhagem Dewa veio do cão Dewa-go, do canil do comerciante de cães Yozaburo Ito. A linhagem Ichinoseki iniciou-se com o cão Ichinosekitora-go, de propriedade do Sr. Kuniro Ichinoseki.
Devido à falta de uniformidade na aparência dos Akitas durante os anos iniciais da restauração da raça, os criadores japoneses encontraram muitos problemas em seus esforços iniciais para restaurar o Akita como um cão japonês. A linhagem Dewa era estereotipada como os Akitas tipo "Pastor Alemão" e a linhagem Ichinoseki como os Akitas tipo "Mastiff".
Em 1948 foi fundada em Tóquio a Akitainu Kyokai (AKIKYO), uma outra sociedade objetivando a restauração do Akita, com a publicação de seu padrão no mesmo ano.
Hoje ainda existem três organizações que registram os Akitas. A AKIHO é a maior e mais influente. A AKIKYO foi reconhecida em 1988 e mantém-se ativa. A NIPPO, porém, passou a focar-se principalmente nos cães de raças japonesas médias e pequenas.
O padrão atual do Kennel Club Japonês e da FCI baseia-se nos padrões NIPPO, AKIHO e AKIKYO.
A raça Akita sofreu grandes mudanças até chegar ao padrão atual, porém os esforços para a melhoria da raça continuam firme a fim de melhorar os diversos problemas encontrados, tais como tórax estreito, baixa estatura, pelagem muito longa ou muito curta, falta de dentes, língua manchada, forma dos olhos defeituosa, desvios de temperamento, etc.
Utilização
Originalmente, no Japão, era empregado em rinhas, o que quase extinguiu a raça. Também já foi usado na caça a grandes animais, mas hoje serve como cão de guarda, onde destaca-se devido à sua grande força e sentimento de fidelidade ao dono.
AMERICAN PITBULL
O American Pit Bull Terrier ou simplesmente Pit Bull trata-se de uma "raça" de cão, de origem norte-americana.
Atualmente a raça é reconhecida oficialmente pela CBKC, no Brasil, mas a FCI não o reconhece, é também reconhecida por entidades como a ADBA (American Dog Breeders Assossiation)
No Brasil
No Brasil é mais conhecido como Pit Bull (termo aplicado de forma errônea, afinal outras raças como o American Staffordshire Terrier e o Staffordshire Bull Terrie também são considerados Pit Bull, além dos cruzamentos entre as mesmas).
Personalidade
O american Pit Bull terrier é um cão extremamente forte, conhecido por sua resistência, agilidade, e determinação, também muito fiel ao seu dono e as pessoas com quem convive, de porte médio é um cão que tem muita inteligência aprendendo muito rápido comandos que os são ensinados, por ser membro da família dos Terriers pode ser bem teimoso. Apesar de se caracterizar pela sua valentia não deve ser um cão violento a menos que o instiguem a fazer tal coisa ou que sinta ameaçado ou a seu dono, com estranhos deve se mostrar calmo e equilibrado.
Ataques
A raça tem sido alvo de críticas da imprensa devido a recentes casos de ataques à pessoas, nas ruas. Porém segundo especialistas , esses ataques normalmente acontecem devido a imprudência dos donos (que na maioria das vezes não conduzem o cachorro com coleira, oufocinheira, a fim de evitar ataques), e também por o cão nao ter uma genealogia conhecida, com um bom histórico familiar, por isso sempre quando for adquirir um filhote busque um canil idoneo, que lhe de garantias, tais como o pedigree do animal, este documento garante a pureza racial do filhote e mostra também os antepassados dele, facilitando assim, saber se ele tem ou nao propensão a se tornar um adulto agressivo. Todo cão, independentemente de ser pit bull ou não só é agressivo dependendo da criação/relação.
Características
Forte e musculos, andar determinado. Alguns apresentam o focinho com coloração vermelha. São divididos basicamente em três grupos, de acordo com a coloração do focinho:
1. Black nose (narinas pretas) Encontrado mais comumente. Apresenta naturalmente agressividade moderada com pessoas e alta com outros animais.
2. Blue nose (narinas azuis) Encontrado pouco comumente. Apresenta naturalmente agressividade moderada com pessoas com outros animais. Alguns possui a pelagem também chamada "blue", um tom de cinza parecido com azul.
3. Red nose (narinas vermelhas) Encontrado quase sempre com focinho curto e pelagem amarelada. Apresenta naturalmente agressividade BAIXA com pessoas e altíssima com outros animais.
BEAGLE
O Beagle é um cão de porte médio, do tipo sabujo, originário da Inglaterra, onde até hoje é usado para a prática da caça à lebre e à raposa.
Tem entre 33 e 45 cm de altura, pelagem típica de hound, ou seja, branco, preto e um tom avermelhado, podendo ainda ser bicolor sendo elas:Preto e marrom, preto e branco ou marrom e branco.
O uso como animal de estimação doméstico é muito comum atualmente.
O beagle é um cão muito ativo, extremamente dócil e, quando filhote, muito chorão. Necessita fazer exercícios diariamente, pois tem tendência a engordar. Apesar de ser pequeno, é um cão ágil, usado para a caça.
É ideal para casas com crianças, porque não se cansa de brincar com elas e jamais se torna agressivo. Adapta-se bem a apartamentos desde que possa disponibilizar cerca de meia hora por dia para ele correr em algum lado.
É preciso ter cuidado visto ele ser um cão extremamente guloso, porque vai atrás de qualquer pessoa que lhe mostre comida. Não é bom para cão de guarda uma vez que adora toda a gente. Pode ladrar bastante se julgar que alguma coisa está errada.
Na literatura, o beagle mais famoso é certamente Snoopy.
Origem
O do sul, o maior deles, com pelagem branca e preta.O Beagle é uma raça inglesa muito antiga, mencionada no século III pelo bardo escocês Ossian. Foi altamente privilegiada nos reinados do rei Henrique VIII e da rainha Elizabeth I. Nessa época eram descritas três variedades:
O do norte, de tamanho médio.
O pequeno, menos de 35 cm de altura, o beagle Isabel, também conhecido como "cantor" por causa da sua voz melodiosa.
Os primeiros beagles foram introduzidos primeiramente na França por volta de 1860 e em 1914 foi fundado o Clube Francês do Beagle. Por ser um cão que agrada a todos seus proprietários, rapidamente tornou-se o sabujo mais popular na França e no mundo. As pessoas apreciam o seu tamanho reduzido, seu temperamento, sua versatilidade, sua eficácia e velocidade
Temperamento
De acordo com seu padrão, o beagle é um cão alegre, audacioso, ativo, energético e determinado. É vivo, inteligente, também é um cão que não demonstra ser egoísta. Ele pode dividir muito bem o espaço em que vive e de temperamento estável. É também corajoso, resistente e possui um bom faro. Apesar de teimoso não é agressivo; muito liberal e autónomo, o beagle não é muito amigo de grandes mimos ou carícias, mas deixa-se mimar e domar perfeitamente.
É um cão que conduz a matilha e faz seu trabalho de caça sozinho, aos pares ou com todo o grupo. É pequeno mas também polivalente: caça lebre, coelho, raposa, cabrito selvagem e até javali.
Pode adaptar-se à vida da cidade, mas necessita de espaço para gastar a energia. Deve ser escovado uma vez ou duas vezes por semana, e suas orelhas necessitam de atenção regular.Por seu temperamento excelente e sua afetuosidade, o beagle é o animal de estimação de toda a família. Para se conviver bem com esta raça, é porém necessário dar um treinamento firme ou correrá o risco de ter um cão obstinado e possessivo em casa.
Inteligência
O beagle está entre as raças mais difíceis, com o menor grau de obediência. Durante o treinamento inicial, pode precisar de dezenas repetições de comandos simples antes de mostrar sinal de que faz idéia do que se trata. Não é raro que precise executar centenas de vezes um comando de forma correta, antes de se tornar confiável na sua performance. Para assegurar obediência é necessário muito treino, o que pode exigir muita paciência e tempo e muito utilizado por militares, em aeroportos, bombeiros e policias.
Cotidiano
O Beagle é um cachorro que tem muita energia. Não é à toa que era e é utilizado para caçar lebres. São comuns histórias de beagles que desaparecem por debaixo do nariz do dono quando avistam uma preá adentrando um matagal. Três dias depois, com o dono já dando o cachorro como morto, ele reaparece… com a preá na boca e o rabo balançando.
Por isso não adianta colocar pimenta, tabasco, rapé ou pólvora nos objetos que o beagle potencialmente vai destruir; ele os destruirá mesmo assim. O que você deve fazer é passear com ele várias vezes ao dia - pelo menos duas, quando não três - de preferência em locais abertos, como parques, onde ele possa correr.
A idéia é exaurir a energia do beagle naturalmente e fornecer a ele objectos que ele possa destruir dentro da lei quando ele estiver ocioso em casa, sem é claro descuidar da parte pedagógica e não deixar de repreendê-lo quando ele destruir o que não deve. Por oportuno, ao passear com seu beagle no parque, mantenha-o na guia e corra junto ou ensine o bicho muito bem ensinado, porque além de rápido o beagle é famoso por sua tenacidade e brio, o que significa que ele não vai pensar duas vezes antes de chamar o maior pastor alemão do parque para brigar.
Características físicas
Orelhas: longas, de inserção alta e textura fina, pontas arredondadas pendem encostadas nas bochechas.Cabeça: possante sem ser grosseira, sem rugas nem dobras; crânio ligeiramente arqueado; stop bem marcado; nariz reto; focinho um tanto curto; mandíbulas fortes; lábios moderadamente descidos e trufa larga.
Olhos: castanhos escuros ou avelã, razoávelmente grandes, bem afastados com uma expressão meiga, com contorno bem definido em preto.
Corpo: compacto, com traços de dignidade sem ser grosseiro; pescoço longo com pouca barbela; peito largo e profundo; dorso curto e poderoso.
Cauda: forte, de comprimento moderado, inserção alta e portada alegremente. Bem-coberta de pêlos, principalmente na parte inferior.
Pêlo: curto, denso e resistente.
Cor: tricolor (branco, preto e marrom) e bicolor (marrom e branco ou branco e preto).
Tamanho: de 33 a 45 cm.
Peso: de 15 a 20 kg.
BASSETHOUND
O Basset Hound ou simplesmente Basset (lê-se: Bassê) é uma raça de cães de patas curtas e grossas e baixa estatura, criada para caçar pelo faro. Surgiu por volta de 1800 através do cruzamento entre o Bloodhound e o Beagle, adquirindo assim as características da raça como pêlo solto e coloração. Seu faro é muito potente, perdendo apenas para o do Bloodhound. O nome basset vem da palavra francesa "bas" que significa "baixo" ou "anão".
Aparências
Estes cães tem entre 33 a 38 cm de altura e seu peso fica em torno de 20Kg e 30Kg. Têm pelo liso e curto. Embora qualquer cor seja considerada aceitável para os padrões da raça, os Bassets são geralmente tricolores (preto, marrom e branco) ou bicolores (branco e marrom ou preto e branco.
Uma de suas características principais são as longas orelhas e o pescoço forte, com muitas dobras. Possui uma cauda longa, afinada no final e curvada para cima. Muitos possuem a ponta da cauda pintada de branco, o que era muito útil quando eram usados para caça, pois podiam ser vistos de longe, mesmo no meio de arbustos.
Possui um excesso de pele ao longo do corpo , rosto e pescoço, o que faz com que o Basset Hound tenha um olhar triste. Isso para muitos é o maior charme da raça. Sua pele é frouxa, o que faz com que quando o basset hound abaixa a cabeça, sua pele forme "rugas", o que é para muitas pessoa fofo. É um cão de grande porte e pernas curtas. Por isso pode surpreender a todos alcançando objetos em lugares que outros cães com o mesmo comprimento não conseguiriam.
Temperamento
A raça tem um instinto muito forte da caça e iniciará uma perseguição a pássaros, aves e a quase qualquer coisa que se mova, inclusive a odores, sempre que for possível. Por isso é recomendável sempre deixá-los presos a uma guia quando passeando na rua.
São bastante amigáveis perto de desconhecidos e sempre dispostos a fazer novas amizades. Por isso são muito indicados como animais de estimação para famílias com crianças, mas deve-se levar em consideração seu elevado peso, que pode acarretar acidentes; ele convive muito bem com outros animais de estimação. Por viver tão bem em grupo, é recomendável que um basset tenha a companhia de um outro animal de estimação, caso fique muito tempo sem a presença de seus donos. Essa companhia ajuda-o a manter-lo longe de problemas. Ou seja, eles detestam ficar sozinhos, latindo e uivando quando isso acontece. Como comem muito e são menos agitados que a maioria das raças, eles sempre estão dispostos a realizar exercícios, como caminhadas ou brincadeiras com seus donos. Gostam muito também de atividades onde possam exercitar o seu poderoso faro.O Basset Hound é uma raça de cães calmos quando adulto. Diferente da sua aparência, ele é um cão de personalidade forte, sendo muito impulsivo e geralmente não aceita comandos. Quando filhote é muito agitado e brincalhão, mas com o passar do tempo seu comportamento se estabiliza e torna- se calmo e sonolento. São extremamente leais, sensíveis, carinhosos e ciumentos.
Os bassets latem quando querem algo ou querem sugerir que não gostam de algo. Usam também uma lamentação baixa, quase um murmúrio, para chamar a atenção, o que soa a muitos proprietários como se seus Bassets “estivessem falando.”
BICHON FRISÉ
O Bichon Frisé é um cão de porte pequeno e pelagem fina e sedosa. São animais de estimação populares, e muito semelhantes com os poodles em aparência, resultante geneticamente da cruza de Maltes e Poodle. É o mais típico dos cães de companhia que existe, o traço fundamental de sua personalidade é a doçura, a sensibilidade, a sutileza no dar e receber. Consegue, até a velhice, manter as características de um filhote. Está sempre investigando, correndo pela casa, fazendo brincadeiras. Brinca bem sozinho, mas prefere a companhia de pessoas para brincar, principalmente, crianças. É muito social, alegre, simpático, meigo, bastante afeiçoado ao dono, com porte majestoso.
Temperamento
É um cão extremamente activo, simpático, divertido, inteligente, amistoso, expansivo, muito sociável mesmo com pessoas estranhas e outros cães, alegre, sempre a tentar agradar ao dono e a estar perto dele, meigo, robusto, vivo, de temperamento estável, com movimentação elegante, estilo e ar de dignidade e inteligência, com porte majestoso. O seu temperamento excepcional faz dele um cão ideal para famílias com crianças.
É também muito usado em terapias humanas que envolvem a presença de animais já que o seu tamanho e aspecto contribuem favoravelmente no relacionamento com os doentes, que se sentem estimulados pela sua docilidade. Mas apesar do seu aspecto frágil e de brinquedo, assume perfeitamente o papel de desportista, ganhando reconhecimento em competições como o agility e o flyball.
O Bichon tem também um especial talento para travessuras, o que poderá surpreender quem adquiriu o cão apenas pela sua aparência. Por isso, deve ser educado desde muito cedo por forma a que perceba facilmente os limites para as suas brincadeiras. Se for preciso deixá-los longos períodos sozinhos, os donos devem acostumá-los desde pequenos a não latir enquanto estiverem sós. Procure não o mimar demasiado, e assuma a posição de líder da matilha. O principal elemento para o sucesso de uma boa educação será a postura dos donos que não devem deixar-se levar pelo aspecto frágil do filhote, mimando excessivamente o cão.
Apesar de se adaptar muito bem a apartamentos, os Bichons precisam de gastar a sua energia em passeios diários. Mesmo sendo um cão de aparência frágil, aguentam facilmente longas caminhadas ao lado do dono. Gosta de ter espaço para correr e brincar.
Aparência
A sua aparência quando filhote é um pêlo tosqueado e com manchas rosadas em algumas partes do corpo. Tais manchas podem ou não sumir, dependendo de sua genética. O Bichon Frisé quando adulto tem o pêlo normalmente branco puro, com vestígios ou não das manchas.
A aparência de um bichinho branco e de pequeno porte, com pêlos de caráter cheio leva muitas pessoas a confundir com um Poodle. Na verdade o Bichon é resultado do cruzamento do Poodle e o Maltês. O porte é assemelhado ao do Maltês, como a textura de seu pelo macio. Entretanto, o pêlo cheio e encaracolado o levou a ser chamado como seu nome atual. Bichon Frisé, em francês é algo como "Bicho Encaracolado".
Ideal para pequenos espaços, o pouco pêlo que solta acaba ficando retido na escova e não suja o ambiente. Ele é muito dependente de seu dono.
História
O Bichon Frisé tem origem muito antiga pois já existia no antigo Egito e na Fenícia, 1400 anos antes de Cristo. Na Europa a raça foi se moldando, especialmente naFrança e na Bélgica. Porém, a popularização da raça se deu nos Estados Unidos, sendo reconhecida em 1973.
BOXER
Boxer é uma raça de cão de médio porte e pêlo curto, de cor dourada ou tigrada, de mandíbula proeminente, corpo quadrado e de porte atlético.
O primeiro aparecimento de exemplares da raça foi em 1895, por amabilidade do Clube Alemão do São Bernardo que permitiu, durante uma exposição monográfica da raça, a exibição de alguns exemplares de boxer. Contudo, no início não se alcançou o êxito desejado, no intuito de melhorar e popularizar a raça. Ganhou "Múhlbauers Flocki", filho de "Tom" um buldoque branco, propriedade do Dr. Toenniessen, e da fêmea bierboxer (moderno bullenbeisser) "Alt's Schecken", filha de "Alt's Flora", uma fêmea tigrada levada para a Alemanha a partir do sul da França em 1887 por George Alt, natural de Munique. "Flocki" seria o primeiro Boxer inscrito no Livro de Origens.Histórico
Em 17 de janeiro de 1896 seria fundado na cidade de Munique (capital da Baviera) o clube alemão da raça, o Boxer Klub Sitz Münche, e dois meses mais tarde, a 29 de Março, organizava-se a primeira exposição monográfica, actuando como juíz Elard König.
Em 1902 fixaram-se, de forma provisória, as primeiras bases raciais, sendo publicado em 1904 o primeiro Livro de Origens (Zuchbuch), registo genealógico da raça, ao mesmo tempo que surgia o "Boxer Blatter, boletim do clube onde era publicado o primeiro estalão oficial.
Durante estes anos de início na criação e selecção apareceram certas controvérsias, entre o cada vez mais numeroso grupo de aficionados, em relação à estrutura que o Boxer deveria ter: havia quem preferisse o tipo semelhante ao Bulldog clássico; outros, pelo contrário, inclinavam-se mais para o tipo do antigo Bullenbeisser; por último, havia os que aspiravam a um cão diferente, mais evoluído e elegante. Finalmente, o clube inclinou-se por esta última versão e esse foi o seu ponto de referência até aos nossos dias.
É curioso observar como a cor branca foi dominante nos primeiros anos de história da raça, altura em que o conceito de funcionalidade primava em relação a outros factores, chegando inclusivé a ser permitido que o branco ocupasse a maior parte do manto do cão com a intenção de não afastar da criação, exemplares que pudessem fornecer outra série de características interessantes. Pouco tempo depois (anos 1925 e 1926), o clube efectuou uma série de revisões no estalão e começou a tentar a sua eliminação através duma intensa selecção, meta que ainda não foi totalmente atingida pelos criadores de Boxer, uma vez que ainda continuam a nascer cachorros brancos.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o boxer é já uma raça popular nos cinco continentes, com um altíssimo nível de criadores em países como a Alemanha, Holanda, Itália, Estados Unidos, etc. Durante este período a raça vive os seus melhores momentos, graças à homogeneidade conseguida no tipo dos exemplares. Em 1950 nasce na cidade de Strassbourg a ATIBOX (Associação Técnica Internacional do Boxer) cuja finalidade é a manutenção dum estalão morfológica e psiquicamente, belo e funcional, marcando as directrizes a seguir na criação e evolução da raça, com critérios uniformes para os diferentes países. Esta associação agrupa todos os clubes de Boxer a nível mundial e celebra anualmente uma assembleia geral na qual se encontram representados todos os seus filiados. Além disso, organiza uma exposição de beleza e um campeonato de trabalho.
Origem
Pelo menos cinco raças participaram na criação do boxer: obullenbeisser ("mordedor de touros"), o baerenbeisser ("mordedor de ursos"), obrabanter da Bélgica, o dantziger daPolonia e o bulldog inglês.
Os bullenbeiasers (há quem o defina como a sua versão moderna) eram famosos no país germânico desde a Idade Média. Eram provenientes duma população de dogues existente na Alemanha, Bélgica, Países Baixos e no leste de França, descendentes dos chamados Cannis ursiturus, (cães de urso) e Cannis porcatoris (cães dejavali), e utilizados nessa época como cães de agarre. Foi seleccionado mais pela sua funcionalidade que pela sua beleza, uma vez que tanto era utilizado para a caça de grandes presas, como na guarda do gado bravo, assim como "espectáculos" de lutas contra os touros. Crê-se que a as suas origens poderiam estar nos mastins alemães importados da Inglaterra.
O brabante da Bélgica, tal como o dantziger, era um cão menor, ágil e rápido. De cor dourada, era utilizado como condutor nas manadas e em alguns lances de caça maior. Cortava-se-Ihes o rabo e as orelhas quando eram jovens.
E, por último, o bulldog inglês (do tipo antigo), um pouco maior e mais pesado que o Bulldog moderno, que chegou à Alemanha a partir de 1820.
Alguns historiadores e cinófilos sustentam a teoria de que presas e alãos espanhóis, tal como o dogue de Bordéus, também deram sangue para o projecto racial do boxer.
Padrão oficial
O boxer é um cão de porte médio para grande, compacto, de figura quadrada, com ossatura robusta e de pelagem curta. A musculatura é seca, poderosamente desenvolvida, modelagem nitidamente definida. Sua movimentação é enérgica, poderosa e nobre. O boxer não é rústico, pesado, muito leve, nem lhe falta substância. Seu verdadeiro nome é boxer bullenbeisser alemão.
Proporções importantes: a) Comprimento do tronco: a construção é de figura quadrada, isto é, a horizontal da cernelha e as duas verticais, uma tangenciando a ponta do ombro e a outra a ponta do ísquio, formam um quadrado. b) Profundidade de peito: o peito alcança abaixo dos cotovelos, sendo a metade de altura da cernelha. c) Comprimento da cana nasal: a proporção crânio-focinho é de 2:1; medidos o crânio do stop, canto medial do olho até o occipital e da ponta da trufa ao stop.
Cabeça e crânio: é a parte do Boxer que lhe confere o aspecto característico: bem proporcionada ao tronca sem parecer leve nem muito pesada. O focinho, o mais largo e poderoso possível. A estrutura da cabeça obedece a relação proporcional entre as medidas do focinho e as do crânio. Visto de qualquer ângulo, o focinho guarda uma proporção correta com o crânio, isto é, não pode parecer muito pequeno. A pele, normalmente, não apresenta rugas. Entretanto, com o movimento natural das orelhas, conforme cada posição, pode haver formação de rugas. Com origem na face dorsal da raiz do focinho, rugas naturais, levemente marcadas, descem simetricamente pelas faces laterais. O crânio bem modelado, isométrico, com as faces planas, sem relevo, levemente arqueado, sem ser curto, abobadado, ou plano; moderadamente largo e o occipital moderadamente pronunciado.
Stop: nitidamente marcado, formado pelo frontal e a cana nasal. A cana nasal não deve ser encurtada, como no Buldogue, nem caída para a frente. O comprimento da cana nasal é igual a metade do comprimento do crânio (relação C/F=2:1). O frontal apresenta um sulco mediano, sutilmente, profundo especialmente entre os olhos.
Trufa: fica um pouco mais alta, em relação à raiz, larga, preta, levemente arrebitada, com narinas largas, separadas pelo fino sulca mediano da trufa.
Focinho: bem desenvolvido nas três dimensões de maneira equilibrada. Sua forma é determinada pela: a) forma e articulação dos maxilares; b) disposição dos caninos inferiores e alinhamento das arcadas dentárias; c) maneira com que os lábios se amoldam a essa estrutura.
Os caninos, de bom tamanho, são o mais afastado possível. O plano anterior do focinho é, portanto, largo, quase quadrado, formando um ângulo obtuso com a linha superior do focinho. O contorno do lábio superior pousa no contorno do inferior. O lábio inferior, no terço anterior da mandíbula, curvada para cima, não pode ultrapassar muito à frente nem, tão pouco, ocultar-se sob o lábio superior. O queixo projeta-se à frente do lábio superior, de maneira bem nítida, tanto de frente, quanto de perfil, sem por isso assemelhar-se ao do Buldogue. Tanto os incisivos inferiores, quanto a língua devem ficar ocultos, enquanto a boca estiver fechada. Os seis incisivos são bem alinhados, inclusive os incisivos pinça, entretanto, os superiores formam um leve arco, enquanto, os inferiores alinham-se em reta. Os dentes são fortes, sadios e normalmente inseridos.
A mandíbula avança em relação à maxila e assume um forma levemente encurvada para cima.
Lábios: os lábios arrematam a forma do focinho. O superior é espesso, formando um acolchoado, que preenche o espaço do prognatismo entre a arcada superior e inferior e fica apoiado nos caninos inferiores.
Dentes: o Boxer é naturalmente prognata. A maxila é larga desde a raiz, mantendo, essa largura, em toda sua extensão, diminuindo muito pouco, na direção da ponta do queixo. Tanto a maxila quanto a mandíbula são muito largas na ponta do focinho.
Faces: fortemente desenvolvidas, em virtude da robustez dos maxilares, sem que com isto, sejam fortemente pronunciadas em relevo saliente: apenas fundem-se ao focinho em leve curva.
Olhos: marrom escuro, com a orla das pálpebras escura, de tamanho médio e inserção faceando com a superfície da pele. De expressão enérgica e inteligente, sem ficar com a expressão carrancuda, ameaçadora, penetrante.
Orelhas: inserção alta, preferencialmente pequenas e espessura delgada. Em repouso, são portadas pendentes bem rentes às faces. Em atenção, voltam-se para a frente, caindo e fazendo uma dobra bem marcada. Quando operadas, são cortadas em ponta, de comprimento moderado, com o pavilhão auditivo de largura moderada e são portadas eretas.
Pescoço: com a nuca bem evidenciada, por uma curva elegante, na linha superior; de seção redonda, comprimento e largura médios; forte e musculado, pele ajustada em toda a extensão, sem ser exageradamente lassa, e sem barbela.
Tronco: de construção quadrada, compacto e membros retos.
Cernelha: bem marcada.
Linha superior: reta, dorso e lombo curtos, largos e bem musculosos.
Garupa: levemente inclinada, larga, com tênue, quase reto, arqueamento. O osso pélvico é longo, largo, sendo mais largo nas fêmeas.
Peito e antepeito: profundo, descendo ao nível dos cotovelos; e igual à metade da altura da cernelha. Antepeito bem desenvolvido.
Costelas: bem arqueadas, sem ser em barril, com as articulações bem anguladas para trás. Linha inferior: descreve uma curva elegante, ligeiramente esgalgada.
Lombo: curto, compacto e rígido.
Cauda: de inserção mais para alta que baixa, amputada, portada acima da horizontal.
Membros anteriores: visto de frente, os membros anteriores devem ser retos e paralelos, com uma forte ossatura.
Ombros: com escápula longa e inclinada, bem amoldada ao tórax, sem ser muscularmente carregado.
Braços: longos, com uma forte ossatura, articulações firmes e o úmero fazendo um ângulo reto (90°) com a escápula.
Cotovelos: bem ajustados, trabalhando paralelos, rente ao tórax.
Antebraços: verticais, longos e fortemente musculados por musculatura seca.
Carpos: fortes, bem marcados, embora sem volume.
Metacarpos: curtos, quase verticais.
Patas: pequenas, redondas, compactas, e almofadas plantares com a sola bem resistente.
Membros posteriores: musculatura muito forte, músculos rígidos, com relevo bem modelado.
Coxas: longas e largas. Articulações coxofemorais e dos joelhos o mais fechada possível.
Joelhos: com o exemplar em stay, deve tangenciar a vertical da ponta do ílio.
Pernas: muito musculosas.
Jarrete: forte, bem definido, com a ponta não voltada para cima e o ângulo próximo aos 140°.
Metatarso: curto, pouco inclinado fazendo um ângulo com o solo de 95° - 100°.
Patas: levemente mais longa que as dos anteriores, com almofadas robustas.
Movimentação: vigorosa, com muita propulsão e nobreza.
Pele: ajustada, elástica e sem rugas.
Pelagem: Pêlo: curto, duro, brilhante e bem assentado.
Cor: fulvo (dourado) ou tigrado. Dourado se apresenta em diversas tonalidades, indo do vermelho escuro ao amarelo claro; as tonalidades médias, o vermelho amarelado, são as mais características. A máscara preta. Tigrado se desenha em listas transversais, de cor escura ou preta, sobre as diversas tonalidades já descritas. O contraste entre a cor das listas e a cor base deve ser nítido. As marcas brancas não devem ser proscritas; elas podem, até mesmo, ser muito agradáveis.
Talhe: altura medida na cernelha, na vertical que passa pelo cotovelo; Machos: 57a 63 cm; Fêmeas: 53 a 59 cm.
Peso: os machos com altura em torno de 60 cm devem pesar acima de 30 quilos; as fêmeas de cerca de 56 cm, aproximadamente 25 quilos.
Faltas: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta, e penalizada na exata proporção de sua gravidade.
Classificação FCI:
Grupo 2 : Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços. Seção 2.1 : Molossos
País de origem: Alemanha Nome no país de origem: Deutcher Boxer Utilização: Guarda e companhia
Exigida prova de trabalho para o Campeonato.
Padrão Oficial da Raça Confederação Brasileira de Cinofilia - Filiada à Fédération Cynologique Internationale
Cirurgias estéticas
O corte estético das orelhas continua popular, principalmente em países como os Estados Unidos da América. O corte da cauda é feito nos primeiros dias de vida do filhote e é simples, devendo ocorrer na terceira ou quarta vértebra caudal. Em seu país de origem, ambas as amputações foram proibidas e no Brasil, em 2008, o corte de orelhas foi proibido e o de cauda considerado procedimento cirúrgico não recomendável pela Resolução 887 do Conselho Federal de Medicina Veterinária. A tendência é, com a alteração do padrão oficial da raça, que as amputações, não só em Boxers, como em outras raças, sejam uma prática aos poucos abandonada.
Potenciais problemas de saúde
Boxers são suscetíveis a tumores. Entre seus possíveis problemas de saúde também estão a displasia coxo-femural e a cardiomiopatia.
Potenciais donos de boxer podem se sentir tentados a escolher outra raça de cachorros por causa de potenciais problemas de saúde, mas devem pensar novamente e reconsiderar sua decisão.
A incidência dessas doenças é baixa, e ao se adquirir um cão de criadores idôneos, que forneçam certificados de saúde para seus exemplares, aumenta-se muito as chances de ter um animal saudável e longevo.
O bulmastiff (em inglês: Bullmastiff) é uma raça canina inglesa, desenvolvida no século XIX, mas que só foi reconhecida no século seguinte. Provavelmente, ele foi no início utilizado por guardas florestais para combater a caça clandestina. Esses guardas precisavam de um cão robusto e controlável. Um bom bulmastife deve ser corajoso, vigilante, equilibrado e fiel. Os indivíduos dessa raça apresentam um temperamento dominador.
Características
ESTALÃO DO BULLMASTIFF
Aparência Geral.
Constituição forte e simétrica, demonstrando grande força, mas não pesado; sadio e
activo. Caracteristicas: poderoso, resistente, activo e fiável.
Temperamento: Activo, alerta e fiel.
Cabeça e Crânio: Crânio grande e quadrado, visto de todos os ângulos, ruga pronunciada quando
interessado, mas não em repouso. O perímetro da cabeça pode igualar a altura das
espáduas; larga e funda com bochechas bem preenchidas. Stop pronunciado; Focinho
curto; a distância da ponta do nariz ao stop é um terço da distância da ponta do nariz ao
occipital, largo sob os olhos e mantendo quase a mesma largura até ao fim do nariz;
recorte quadrado, formando ângulo recto com a linha superior da face e ao mesmo tempo
proporcional ao crânio. Maxilar inferior mantém a largura até ao fim. Nariz largo com
narinas abertas; achatado, nem pontiagudo, nem arrebitado de perfil. Lábios superiores
não pendulares e nunca descendo abaixo do nível do maxilar inferior.
Olhos: Escuros ou cor de avelã, de tamanho médio, separados pela largura do focinho e com
pelo no intervalo. Olhos claros ou amarelos altamente indesejáveis.
Orelhas: Forma em V, dobradas para trás, localizadas largura e altura do occipital, dando
aparência quadrada ao crânio o que é muito importante. Pequenas e mais escuras que o
corpo. A ponta fica ao nível do olho quando alerta. Orelhas em rosa são altamente
indesejáveis.
Boca: Ao nível desejável, mas levemente descendente autorizado ainda que não preferido.
Dentes caninos grandes e afastados, outros dentes fortes, regulares e bem implantados.
Pescoço: Bem arqueado, comprimento moderado,
muito musculoso e quase igual à cabeça em perímetro.
Membros anteriores: Peito largo e profundo, implantado entre as patas anteriores, com externo fundo. Ombros: musculosos, inclinados e poderosos, não exagerados. Patas dianteiras fortes e direitas,
com bons ossos, afastadas, apresentando uma frente direita. Pés direitos e fortes.
Corpo: Costas curtas e fortes, dando porte compacto, mas não tão curto que interfira com o
movimento. Dorso arqueado ou bamboleante altamente indesejado.
Membros posteriores: Zona dos rins larga e musculosa com os flancos de alguma profundidade. Patas traseiras fortes e musculosas; com segundas ancas bem desenvolvidas, denotando força e
atividade, não peso. Jarretes moderadamente vergados. Estilo vaca altamente indesejável.
Pés: Bem arqueados, tipo gato, com dedos arredondados. Unhas escuras desejáveis, pés
abertos para fora muito indesejáveis.
Cauda: Implantada alta, forte na raiz e a estreitar, alcançando os jarretes, arqueada ou direita,
mas nunca como um “hound”. Caudas anguladas altamente indesejáveis.
Movimento: O movimento indica poder e força de vontade. Quando se move a direito, nem as pernas
dianteiras, nem as traseiras se devem cruzar ou atrapalhar. Patas dianteira direita e traseira esquerda devem elevar-se e descer ao mesmo tempo. Uma linha traseira não diminuída pelo impulso poderoso das patas traseiras denotando movimento balanceado e harmonioso.
Pelagem: Curto e duro, resistente ao tempo, liso ao longo do corpo. Pelagens longas acetinadas ou
lanosas altamente indesejáveis.
Cor: Qualquer tom fulvo, ruivo ou tigrado, cor pura ou clareada. Uma leve marca branca no peito é permitida. Quaisquer outras marcas brancas são indesejáveis. Focinho negro é essencial, perdendo o tom até aos olhos, com marcas escuras em torno dos olhos, que contribuem para a expressão.
Tamanho: machos 63.5-68.5 cm; cadelas 61-66 cm.
BULL TERRIER
A bull terrier (em inglês: English Bull Terrier) é uma raça cuja história está atrelada às rinhas de briga. Antigamente os buldogues eram utilizados em combates contra touros. Uma vez implementada a lei que proibia as lutas de animais, iniciaram-se, clandestinamente, as entre os próprios cães. Como os buldogues mordiam e sufocavam até o término do combate, os mais aficionados começaram a cruza-los com cães mais ágeis e valentes, os terriers brancos, caçadores de lobos e raposas. Sob o nome de bulldog terrier, surgiram os primeiros exemplares de uma nova raça. De companhia do inglês de classe média, ao salão dos nobres, este cão popularizou-se.
Fisicamente apresenta uma estrutura forte e sólida, musculosa e simétrica, de expressão viva na face. Entre os principais problemas que apresenta devido ao cruzamento artificial, está a surdez. Chamado o gladiador das raças caninas, tem o temperamento classificado como equilibrado, disciplinado e amável com as pessoas. Sua Versão miniatura, entretanto qualificada como a mais agressiva com outros cães, embora seja eficiente como animal de guarda, adaptando-se bem, inclusive, ao ambiente urbano. Na escala de obediência de Stanley Coren, publixada no livro "A inteligência dos Cães" o bull aparece na 66ª colocação das 79 raças pesquisadas.
foto bulldog campeiro, olde english bulldog brasileiro, Canil Amichetti SP F 11 9386 8744
Na cultura humana, entre os bulls mais famosos da ficção e da sociedade, estão Shark, do desenho animado Eek, The Cat; Scud, de Toy Story; Patsy Ann, que previa a chegada de navios no porto antes de serem avistado, e que por isso ganhou o apelido de saudadora oficial de Juneau e, cinquenta anos após sua morte, uma estátua onde costumava ficar; e Willie, também chamado de William, o conquistador, de George S. Patton, general do exército dos Estados Unidos e na Segunda Guerra Mundial
O Chihuahua é a menor raça de cães do mundo. Seu nome vem da região de Chihuahua no México. É extremamente inteligente, afetuoso e possessivo. Filmes como Perdido para cachorro, e Legalmente Loira, filmes estrelados por Resse Whiterspoon, tiveram a participação de cães desta raça. Assim como todo cão de luxo, como são chamados os cães de companhia, o chihuahua, não é um cão de caça, de pastoreio, ou que trabalha em aeroportos, mas ele pode servir como cão de guarda, pois está sempre alerta a qualquer barulho, e ele também é um excelente companheiro para todos os momentos, o chihuahua é um cão encantador que sempre cativará as pessoas. Essa raça propõe alguns benefícios para aquelas pessoas que não querem ter muito "trabalho" na hora de cuidar do cão, entre elas, o seu peso leve, e a sua facilidade de adaptação.
O passado do chihuahua ainda não foi totalmente revelado, como se sabe, a origem desta raça é mexicana, apesar de essa história ser a mais aceita por pesquisadores, como de que este cão tenha sido originado da ilha de Cuba ou do Egito. Mas, ainda faltava o reconhecimento mundial dos chihuahua, e foi no final do século XIX, em 1890, que as importações da raça começaram, ainda precisava de pouco, para que o cachorro fosse descoberto pelo mundo. Para popularizar mais o cão, houve a aparição do chihuahua, ao lado de artistas, como a mexicana Lupe Vélez, atriz que fez o filme The Wolf Song (1929), do diretor Victor Fleming, e o longa-metragem de Cecil B. de Mille em The Squaw Man (1931). O que ajudou para a disseminação desta raça no mundo, foi principalmente seu aspecto exótico, e seu tamanho diminuto, que ajuda a quem não tem espaço em sua casa. O chihuahua também é uma das raças mais antigas a serem registradas no kennel club americano.
Descrição
A estatura está compreendida entre 16-22 cm(mini) e é proporcional ao peso, que vai de 1,0 a 3,0 kg. Os tamanhos menores são os mais apreciados. Tem um crânio em forma de maçã, com o focinho curto e pontudo, olhos redondos; orelhas grandes que se erguem quando alerta e bem separadas entre si ; corpo compacto, mais comprido do que alto; cauda mantida curvada sobre o dorso ou de lado. As cores mais freqüentes são o fulvo-claro, o areia, o marrom, o prateado e o azul-aço; a pelagem pode ser unicolor ou malhada. O chihuahua apesar de seu tamanho pequeno mostra-se um habilidoso caçador de ratos. De uma natureza forte, o cão, é um dos poucos autóctones do continente americano, isso se pode observar pelas suas origens indígenas. Sempre muito alerta ele, late a menor ruído, e é muito fiel ao dono. O chihuahua é encontrado em dois tipos de pelagem, uma curta, e outra alongada e ondulada, esta mais rara e difícil. Sua pele é lisa e elástica em toda a superfície corporal, seu comprimento é quase do mesmo tamanho que a altura na cernelha, com tronco quase quadrado, especialmente nos machos, entretanto nas fêmeas, o tronco é um pouco maior por causa que isso irá ajuda na sua função reprodutiva. Existem duas variedades, o pêlo longo e o pêlo curto. Os chihuahuas podem ter várias cores e são conhecidos pelas suas grandes orelhas em pé. Filhotes de chihuahuas às vezes são confundidos com porquinhos-da-índia por causa das suas caras apertadas, tamanho extremamente pequeno. Olhos grandes, redondos e brilhantes, não exageradamente salientes. Focinho, o ideal é o focinho curto, levemente apontado num ângulo de praticamente 90º. Orelhas Grandes, portadas eretas em estado de alerta. Ficam mais caídas com inserção lateral num ângulo de 45º de abertura quando estão em repouso (parece um morcego). Dentição desejável em forma de tesoura, mas é comum encontrar mordeduras em torquês, ou até mesmo uma leve prognatismo, mas os dentes nunca devem ser visíveis. Todas as cores são admissíveis, inclusive todas as combinações de cores (quanto mais exótico, melhor). Nas cores claras, a trufa e os olhos podem ser claros. A cor mais comum é a rubi escuro. Cauda moderadamente longa, portada em foice para cima, ou fazendo uma curva sobre o dorso, com a ponta tocando o mesmo.
Aspectos Gerais
Peso: 3 a 5 kg
Altura na cernelha: Somente o peso e levado em consideração nessa raça
Comprimento: Miniatura
Pelagem
Pêlo Curto: o pelo é curto e assentado em todo o corpo, ligeiramente mais longo quando apresenta capa interna (subpêlo); se permite escassez na garganta e no abdome. É ligeiramente mais longo no pescoço e na cauda, corto na cara e as orelhas; é brilhante e sua textura suave. Não se aceitam os exemplares sem pelo.
Pelo Longo: o pelo deve ser fino e sedoso, liso ou ligeiramente ondulado; é desejada a capa interna (subpêlo) no muito denso. Apresenta pelo muito longo em forma de pluma nas orelhas, pescoço, face posterior dos membros anteriores e posteriores, patas e cauda. Não se aceitam os exemplares com pelo longo e esponjado.
Cabeça
Crânio: Crânio no formato de maçã, o que é uma característica da raça.
Depressão Naso-frontal: é bastante marcada funda e ampla.
Focinho: Curto; visto de perfil mantém uma linha reta, sendo mais largo na raiz e afilando-se para a ponta.
Trufa: Moderadamente curta e ligeiramente respingada; qualquer cor é permitida.
Lábios: Modelados, assim como as bochechas pouco desenvolvidas, e ajustados.
Mordedura: Com mordedura em tesoura ou torquês; a prognatismo superior ou inferior (retrognatismo) são seriamente penalizados, assim como qualquer deformação maxilar ou mandibular.
Olhos: Grandes e redondos, muito expressivos e escuros, embora os claros também sejam aceitáveis, mas, não são desejáveis.
Orelhas: Grandes, eretas e sem pregas; largas na raiz se reduzem gradualmente até terminar ligeiramente arredondadas na ponta. Estando em repouso formam um ângulo de 45° para os lados.
Chow chow é uma raça de cachorro originada da Mongólia, levada pelos chineses na Invasão da Mongólia, na China, é chamada de Songshi Quan (??? Pinyin: s?ngsh? qu?n), que significa literalmente "cão leão-empolado". A raça também é chamada de Tang Quan, "Cão da Dinastia Tang".
Aparência
O Chow Chow é um cão robusto com uma cabeça larga e orelhas pequenas e arrendondadas. A raça tem um pêlo bastante denso, que é ao mesmo tempo liso e resistente. A pele é particularmente grossa ao redor do pescoço, dando a aparência de uma juba. O pêlo pode ser um entre várias cores, incluindo marrom-avermelhado (descrito como "vermelho"), preto, azul, canela, creme (ou branco). Nem todas as variedades de cores são reconhecidas e válidas em todos os países. Indivíduos malhados ou multicoloridos são considerados fora do padrão da raça.
Chow Chows são incomuns por possuírem uma língua preto-azulada e pernas bastante retas que resultam em um andar um tanto empolado.
Temperamento
Normalmente mantido como um cão de companhia, o Chow Chow tem uma reputação de ser uma raça independente. Podem ser bastante indiferentes com estranhos e muito raramente se dão bem com outros cães, principalmente com os do mesmo sexo.
Por isso o Chow Chow, muitas vezes mal interpretado, deve desde cedo, assim que liberado pelo veterinário, iniciar um trabalho de sociabilização, onde outras pessoas, cães e mesmo gatos devem fazer parte de seu convívio diário, sendo que no caso de animais, principalmente no início, a convivência deve ser supervisionada. Vale ressaltar que assim como nos seres humanos, cada animal possui seu próprio e único temperamento, que deverá ser sempre levado em consideração.
Os Chow Chows poderiam deixar-se morrer pelos seus donos,mas certamente não irá mostra-lo abertamente.
Enquanto a ficarem sozinhos, eles conseguem tranquilamente se virar sozinhos por um bom tempo.
Os chow chows sao caes de um dono só, ou seja, manifestam sua alegria somente ao seu dono/família de maneira discreta, por isso, possuem comportamento muito parecido ao de um gato e por serem muito limpos, podem ser criados em apartamento, além disso quase nao latem.
Saúde
Como muitos cães grandes, o Chow Chow tem propensão a displasia da bacia. Também pode ser suscetível à entropia, uma irritação no olho causada por uma anormalidade nas pálpebras, sendo assim necessária uma limpeza diária da região.
O Chow Chow, apesar de ser um cão rústico, necessita de cuidados, principalmente com relação à pelagem, que incluem a escovação rotineira. A escovação deve fazer parte da rotina do cão e seu dono, além de manter o animal com aspecto bonito a escovação regular minimiza o risco de problemas de pele (hot spots), não muito raros na raça.
A alimentação é outro fator essencial para a saúde de seu cão. Alimenta-lo apenas com ração de alta qualidade é um investimento que retornará dividendos em forma de saúde do seu cão. Consulte sempre um veterinário e obtenha informações sobre a ração mais adequada ao seu animal.
História
No Tibet o Chow-Chow foi um dos cães prediletos dos monges, ali eram criados nos mosteiros para a guarda, mais tarde o povo Ainú foi o primeiro a valorizar as suas qualidades, foi usado como cão de trenó, guarda de pastoreio, de briga e até de refeição. O nome Chow-Chow deve-se aos habitantes de Cantón, mas não é uma raça típica chinesa, segundo estudos provém da Sibéria e foi levado a China pelos tártaros durante as invasões. Até épocas bem recentes o Chow-Chow foi usado na China para guarda e caça, sabemos que a nobreza Chinesa mantinha seus Chows com o máximo conforto servidos por criados que estavam a sua disposição para satisfazer-lhes qualquer necessidade. Na China a carne de Chow-Chow se come como uma iguaria. O hábito de se comer carne de cachorro era, e segue sendo comum na Ásia. Os cães eram alimentados somente de grãos e sacrificavam-se ainda jovens aproveitando também seu pêlo para fazer roupas.É um tipo único de cão, pensa-se que é uma das mais antigas raças conhecidas. A raça é originária da Mongólia e não da China, como muitos pensam. Na invasão da Mongólia pela China, os chineses se admiraram com essa raça e pegaram exemplares para levar para a China. Um baixo-relevo a 150 a. C. (durante a Dinastia Han) possui um cão de caça similar em aparência com o Chow Chow. Análises de DNA recentes confirmam que é uma das mais antigas raças de cães Chow Chows foram originalmente ensinados com o propósito de serem cães de pastoreio, caça, e guarda. A raça também foi usada para puxar treós e pela carne e pele.
Ainda no começo do século XX os Chows podiam ser vistos na China e seus filhotes sendo vendidos normalmente nos mercados.
Pela política da China de portas fechadas, este cão só foi conhecido no Ocidente somente em torno de 1780, quando alguns marinheiros o levaram de contrabando para a Inglaterra e o exibiram no zoológico de Londres como o cão selvagem Chinês, até que a Rainha Vitória, amante e protetora da raça, levou um exemplar com ela.
Lendas
Os chineses têm uma lenda só para explicar a boca e língua azuis dos chow chows, eles dizem que, durante a criação do universo, quando Deus resolveu pintar o céu de azul, teria deixado cair algumas gotas de tinta no chão, então, um chow chow, que observava o trabalho lambeu as gotas e ficou com a boca azul.
Cocker Spaniel Americano
A história do Cocker Spaniel Americano confundiu-se com a do Cocker Spaniel Americano (que é considerado mais popular no mundo) até o final do Século XX, mas a partir daí teve evolução própria. A raça surgiu, oficialmente, em 1946, mas desde 1880, criadores americanos e canadenses buscavam exemplares diferentes dos Cockers tradicionais. Nos EUA , é chamado simplesmente de Cocker, apesar da raça inglesa ser mais conhecida e é a 4ª raça mais registrada lá. OsSpaniels são cães de caça com ancestrais de provável origem egípcia, desenvolvidos na Península Ibérica. Entraram na América acompanhando imigrantes desde 1620 e por importações no Século XX. Tornaram-se apreciados pela habilidade de "levantar" aves para o caçador, por sua disposição e capacidade de adentrar terrenos com vegetação de difícil acesso, velocidade em campo aberto e agilidade ao nadar, qualidades que o Cocker inglês também possui.
Origem
O Cocker americano é um cão carinhoso, equilibrado, dócil, amigável, afetuoso, extrovertido, sociável, um tanto quanto preguiçoso, muito comilão, sem nenhuma timidez e principalmente companheiro. Trata-se de uma raça bem resistente, raramente ficando doente. Os cuidados maiores são com a pelagem, que necessita uma tosa mensal e banhos semanais. Embora muito peludos, não soltam muito pêlo. Vive muito bem em apartamentos.
Diferenças
É confundido com uma certa freqüência com o Cocker inglês, apesar de ter diferenças bem marcantes. A criação americana voltou-se para a caça em pântanos, conferindo-lhe um porte menor, mais prático para o transporte em barcos. Para nadar com mais eficiência as patas aumentaram para se obter maior empuxo e o focinho foi encurtado e tornou-se levemente "arrebitado" visando diminuir o esforço ao carregar a presa abocanhada. A pelagem apresentou-se mais longa e densa (principalmente nas patas e barriga). Resultou assim bastante diferente do Inglês, apesar de terem algumas mesmas qualidades, desenvolvido em paralelo na Inglaterra para a caça a pé, em terreno mais firme. Tantas foram as mudanças que, em 1936, o American Kennel Club considerou-os variedades diferentes e reconheceu-os como raças diversas em 1946. Sua farta pelagem e conformação apropriada ao show o tornaram um cão de grande sucesso nas exposições de beleza. Também diferem no temperamento, sendo mais sossegado que os seus "primos". Mesmo assim, o Cocker inglês é considerado mais ágil, brincalhão e atencioso, com uma beleza que o americano não tem.
Características
Cabeça
Crânio arredondado, focinho curto, lábios pendentes cobrindo a mandíbula, geralmente um nariz preto nos cães de cor preta, nos demais também pode ser da cor marrom.
Olhos
Inserção frontal e na superfície da pele, redondos, levemente amendoados, castanho escuros, o podendo ser amarelo ou esverdeado nos cães com cor chocolate.
Orelhas
Lobulares, longas, de couro fino,bem franjadas e inseridas na altura dos olhos.
Corpo
Tronco curto, compacto, de construção sólida dando impressão de força; pescoço longo, musculoso e sem barbelas;dorso forte ; linha dorsal levemente descendente; garupa larga e musculosa.
Cauda
Cortada, é portada na horizontal ou levemente para cima.
Pêlo
Dupla, sedosa e lisa ou levemente ondulada.Na cabeça,o pêlo é curto e fino; no tronco é de comprimento médio com bastante subpêlo; nas orelhas, peito, abdômen e pernas é longo e bem franjado.
Pelagem
Sólidas- preto,dourado,preto e dourado(black and tan)chocolate, chocolate e tan (castanho) - Particolor- qualquer uma das sólidas com branco, sendo que nenhuma das cores pode exceder 90%. - Ascob (Any Solid Color Other than Black) - nome dado às cores sólidas exceto o preto.
As marcas tan devem estar nos seguintes locais: um ponto bem visível acima de cada olho, dos lados do focinho e nas faces, nas 4 patas e pernas, na parte interna das orelhas, sob a cauda e opcionalmente no peito.
Tamanho
Macho: até 38cm. Fêmea: até 35cm.
Peso
De 11 a 13 kg.
O cocker spaniel inglês (em inglês: English Cocker Spaniel) é um cão de uma raça de porte médio. Apesar do nome, seu surgimento deu-se na Espanha, local onde levantava aves do mato ou pântano para que fossem abatidas e depois recolhidas. Chegados à Inglaterra e ao País de Gales, foram usados até 1800 para caçar galinholas. Ali, passaram a serem chamados de cocker spaniel - a origem do inglês moderno. Apesar de haverem achados de pinturas representando animais de Filipe II da Macedónia parecidos com estes cães, acredita-se em três hipóteses: surgiram na Espanha; foram criados por John Dudley, Duque de Northumberland, para o Rei Henrique VIII; ou apareceram em 1570, no livro de John Caius, que descreveu 22 raças, colocando-os como usados na falcoaria. A partir do século XVII, o desenvolvimento destes cockers seguiu uma linha mais clara. Primeiramente pela palavra spainel ter sido aceita, em particular na Inglaterra, onde foi considerado raça especificamente inglesa.
Conhecido por ser um dos favoritos cães de estimação no mundo, é geralmente escolhido devido a sua aparência - de cabeça arredondada, orelhas grandes, moles e caídas e os olhos redondos, que personificam companheirismo - e pelagem, farta e existente em mais trinta combinações de cores
Ainda criados para o trabalho, cujos exemplares são fisicamente diferentes - corpo mais curto, orelhas menos oscilantes e o desejo pelo trabalho -, são ainda usados em exposições de raças. Modernamente, ser um cão para surdos é uma de suas principais funções enquanto trabalhador. Um dos mais populares cockers, também é prejudicado por cruzamentos indiscriminados: apresenta aumento de problemas cutâneos e oculares, hipertireodismo, câncer e cardiopatias, além dos comportamentais. Além de todos os cuidados habituais que se deve ter com um animal de estimação - alimentação, higiene e saúde -, o cocker requer particular atenção com suas orelhas: grandes e com pelagem abundante, entram nas vasilhas d'água, o que gera otite e odor forte.
Cão ativo, que pode chegar aos 15 kg, tem seu adestramento classificado como fácil e a predileção por nadar. Na cultura humana, Flush, que pertenceu a poetaElizabeth Barret, atingiu popularidade e fama devido a biografia escrita pela autora Virgina Woolf. Nela, Woolf conta a visão da cadela sobre o caso de amor entre Barrett e Robert Browning, para quem entregava as cartas de amor de sua dona e de quem levava as correspondentes.
Tamanho entre 40 e 52 cm, peso de 13 a 27 kg (machos) ou a 25 kg (fêmeas). Todas as cores são admitidas sendo o branco e preto o mais abundante. Existem duas variedades de pelagem: Pêlo longo (ou grosseiro), com cerca de 8 cm de comprimento, e pêlo curto (ou liso) com 2,5 cm de comprimento.
Aparência
Por dia gasta em media só de 300 a 550g de ração.
Tem algumas variedades de cor, como: Preto, Chocolate, Tricolor, Merle, Sable, Saddle. Ele é um cão muito belo para se ter em casas, desde que tenha bastante espaço para ele se exercitar
Temperamento
Deve ser criado em espaços amplos e necessita de constantes exercícios. No Ranking de inteligência elaborado por Stanley Coren, o Border Collie é cotado como o cão mais inteligente do mundo. A convivência com outros cães e crianças costuma ser tranquila.
Utilidade
É muito usado na prática de agility, Frisbee,de obediência e excelente pastor de ovelhas. É resistente, ágil e considerado um cão incansável. Por seu alto gasto de energia, não deve ser mantido confinado em espaços pequenos e, quando na cidade, deve ser levado para passear e correr regularmente. Deve-se salientar que este cão não se cansa facilmente, já que foi aprimorado geneticamente durante séculos para ser um cão de pastoreio, isso significa que ele precisa no mínimo um par de horas, ou mais, de atividade diária para ser um cão equilibrado e feliz. Também é muito usado como cão de companhia, mas devem ser feitas com ele atividades diárias nem que seja uma volta para passear! Ele é muito brincalhão e se da muito bem com outras raças
Companheiros comuns
Os Borders geralmente se dão bem com outros animais, de estimação ou não. Na presença de grandes animais, como bois e ovelhas, a raça tende a mordiscar seus jarretes, na tentativa de pastoreá-los. Esse comportamento também é observado com crianças pequenas.
Dálmata é uma raça de cão muito apreciada por sua típica pelagem manchada. É marca registrada desta raça e faz dos dálmatas cães especiais no gosto dos amantes de cachorros. O Dálmata é considerado nos dias atuais como um cão de companhia, e de caça, que se destaca por sua inteligência, por sua fidelidade ao dono e por sua simpática vivacidade.
Caracterísicas
O fato de ter maior ou menor número de manchas não tem qualquer relevância, desde que não estejam juntas. As orelhas são predominantemente pretas e o focinho branco. A cauda apresenta com frequência um movimento em arco e, embora mais raramente, algumas manchas pequenas. O seu aspecto nobre e esbelto torna o Dálmata um cão elegante.
A pelagem desta espécie é curta, dura, densa, fina, lisa e brilhante,[1] mas os elementos mais importantes são dados pela cor (sempre branca) e pelas manchas (que podem ser de cor castanha ou pretas).
Os Dálmatas são cães bastante inteligentes que nos conseguem transmitir os seus desejos com expressões corporais e latidos. Normalmente dão-se bem com outros animais, havendo sempre algumas exceções.
Por norma é um cão amistoso e calmo mas atenção que por de traz das pintas e de um aspecto amigável por vezes podem ser cães que não dão muita confiança a estranhos sendo por isso também um bom guarda.
História
A sua origem é bastante remota é uma raça bastante antiga e esse é um dos fatores que a tornam um pouco confundível atribuindo-lhe vários países de origem. Alguns pesquisadores afirmam que a raça tenha se originado no Egito antigo onde o cão aparece em imagens sobre as tumbas dos faraós. Outros afirmam que a raça seja originária da região da Dalmácia (atual Croácia). Afirmando também que o nome da raça advém do nome da região. O dálmata era um cão vistoso atribuindo-lhe um estatuto de cão preferido pela nobreza e era utilizado para acompanhar as carruagens para as proteger de supostos ataques. É um cão que se dá bem com cavalos, já que estes fazem também um pouco parte dos seus primeiros desenvolvimentos como raça. Tanto que tornou-se mascote dos bombeiros americanos (resquício do tempo em que os caminhões de bombeiros eram puxados por cavalos).
A raça é muito popular, tal popularidade pode ser atribuída em grande parte pelo livro 101 Dálmatas da escritora Dodie Smith, cuja história celebrizou-se quando Walt Disney lançou um desenho animado baseado no livro "Os 101 Dálmatas", em 1961. O filme relata como a milionária do mundo da moda, Cruela De Ville obcecada pela combinação entre o pelo branco e as pintas da raça de dálmata, decide raptar diversos filhotes em toda a Inglaterra para fazer um belo casaco. Entre esses filhotes estavam a cria de Bingo e Perdita, dois belos dálmatas que partem numa viagem cheia de aventuras para salvar seus filhotes, mas acabam se vendo em sérios perigos, ao descobrir que terão de levar consigo 100 filhotes raptados.
Cuidados
É um cão resistente e que se adapta bem a qualquer temperatura mas por vezes são submissos a problemas de pele e pelo, tendo de andar bem vigiados nesse sentido. Uma escovação por semana é o necessária já que o seu pêlo é forte e curto. Outro problema é a surdez, esta raça é bastante afetada por esta característica. É um cão que necessita fazer bastantes exercícios físicos diários para poder gastar toda a sua energia. Uma raça muito propícia também a problemas cardíacos, renais e articulares.
Dobermann é uma raça de cães muito utilizada para guarda de patrimônio (cão de guarda).
História
O doberman é uma raça relativamente recente, desenvolvida durante o século XIX naAlemanha. Seu criador chamava-se Louis Dobermann e era um cobrador de impostos na cidade de Apolda. Devido a suas funções, Louis Dobermann, fazia diversas viagens pela região e sentia a necessidade de um cão para protegê-lo. Ele queria um cão valente, ágil, inteligente e corajoso que pudesse acompanhá-lo. Louis Dobermann também trabalhava como zelador no canil municipal de Apolda, e tinha um grande conhecimento sobre cães, a partir de 1870 começou a realizar cruzamentos entre cães "dos açougueiros" (ancestrais do Rottweiler),Pinscher, Pastor Alemão, Weimaraner, Greyhound e o Manchester Terrier . Contudo, Louis Dobermann morreu aproximadamente dez anos após ter iniciado a seleção do doberman e não teve a oportunidade de ver seu trabalho concluído, seus trabalhos foram continuados por Otto Goeller, que estabeleceu o padrão da raça em 1899 e deu o nome de Dobermann Pinscher em homenagem ao seu criador.
Como era a intenção de seu criador, o dobermann é realmente um cachorro de grande coragem, inteligência e agilidade. Seu temperamento é equilibrado e determinado, extremamente fiel ao dono e à sua família, muito desconfiado com estranhos e possui um grande instinto protetor e é considerado uma das melhores raças de cães de guarda . É um cão muito sensível e muito inteligente, com facilidade de aprendizado que é utilizado em diversas funções no mundo todo, desde cão policial e cão militar até cão guia (embora esta não seja sua maior aptidão). Contudo esta não é uma raça para qualquer dono, seu dono deve ser um justo e equilibrado e saber como se impor com paciência e suavidade.
Dobermanns são cães que precisam de exercício e espaço. Seu pêlo deve ser escovado regularmente para a retirada de fios mortos. Cães desta raça podem estar sujeios à incidência detorção gástrica, por isso deve-se tomar cuidado com sua alimentação, e de atrofia progressiva da retina, um problema que pode ser evitado com a escolha consciente do filhote e dos pais da ninhada.
Características
Possui tamanho grande (aproximadamente 70 cm), construção quase quadrada, linhas elegantes, postura ereta e orgulhosa. É um cão muito forte e musculoso. Sua pelagem é simples, curta, dura, espessa e bem assentada. Pele retesada e aderente, enaltecendo sua modelagem seca e refinada. A cor varia entre preto, marrom escuro e azul (não aceita pelo padrão oficial FCI), com marcação castanho, claramente definida, isenta de pêlos pretos: no focinho; lábios; uma em cada bochecha e acima de cada olho; na garganta; duas marcas no antepeito; pernas e patas: na face interna das coxas e sob a cauda. Suas orelhas posicionam-se para cima.
Nos machos, a altura na parte mais alta do garrote é de 68 a 72 cm, enquanto nas fêmeas vai de 63 a 68 cm. O peso também é diferente: cerca de 40 a 45 kg para os machos e de 32 a 35 kg para as fêmeas.
De actividade física moderada, o Dobermann é um fiel companheiro e protetor, e vive até cerca de doze anos
Aparência
Aspecto geral - porte grande, construção quase quadrada, forte e musculoso. Linhas elegantes, postura ereta e orgulhosa, temperamento firme e expressão determinada.
Talhe
§ altura: machos 68 a 72 cm. e fêmeas 63 a 68 cm.
§ comprimento: a fêmea pode ser um pouco mais alongada.
§ peso: machos 40 a 45 quilos e fêmeas 32 a 35 quilos.
§ Pelagem - simples, pêlo curto, duro, espesso e bem assentado. Pele retesada e aderente, enaltecendo sua modelagem seca e refinada.
§ Cor - preto, marrom escuro e azul, com marcação castanho, claramente definida, isenta de pêlos pretos: no focinho; lábios; uma em cada bochecha e acima de cada olho; na garganta; duas marcas no antepeito; pernas e patas: na face interna das coxas e sob a cauda.
§ Cabeça - 1:1 - cuneiforme, com paralelismo de crânio/focinho. Nitidamente destacada do pescoço
§ Crânio - de perfil, a linha superior plana se desnivela da do nariz até o topo, descendo, do osso frontal em suave curva até a nuca, de frente é plano e horizontal, sem caimento na direção das orelhas.
§ Stop - suave declive.
§ Olhos - ovais, tamanho médio o mais escuros possível. Para cães marrons e azuis é permitida uma tonalidade mais clara, mas devem parecer escuros.
§ Orelhas - inserção alta, portada dobrada e caída rente às faces, quando cortadas, ficam eretas.
§ Focinho - profundo e largo.
§ Trufa - preta e nos marrons e azuis, deve parecer escura.
§ Lábios - bem cerrados.
§ Mordedura - em tesoura.
§ Pescoço - de bom comprimento seco e musculoso eleva-se do peito e dos ombros, em harmoniosa
§ Tronco - é curto e firme. A cernelha bem evidenciada, especialmente nos machos, define, pela altura e comprimento, o traçado da linha superior descendente até a garupa.
e arqueada linha. Portado alto em notável expressão de nobreza.
§ Dorso - largura adequada.
§ Lombo - bem musculoso.
§ Costelas - ligeiramente arqueadas.
§ Peito - boa largura antepeito bem desenvolvido, profundidade superior a 50% da altura. O antepeito, projeta-se à frente da articulação dos ombros.
§ Ventre - linha inferior levemente esgalgada.
§ Garupa - arredondada sem ser caída.
§ Extremidades -
§ Ombros - escápula longa, inclinada, angulação escápuloumeral em angulo quase reto. A escápula, bem musculada e firmemente acoplada ao tórax, aparece acima do nível do dorso, marcando a linha superior.
§ Anteriores - fortemente constituídos e bem aprumados, com os cotovelos trabalhando bem acoplados ao tórax e os metacarpos corretamente direcionados para a frente.
§ Posteriores - coxas de boa largura, fortemente musculadas e anguladas a 130°. As pernas fazem ângulo obtuso com os Jarretes.
§ Patas - pés de gato, curtas, fechadas e arqueadas. Sem ergôs nos posteriores.
§ Cauda - (padrão não comenta). ( N.R.: amputada deixando 2 ou 3 vértebras).
Movimentação - elástica, elegante, ágil, livre, com boa cobertura de solo e movimentos simultâneos, de um membro anterior de um lado com um posterior do outro. A passada dos anteriores têm bom alcance e os posteriores com propulsão vigorosa e elástica.
Faltas - ossatura leve. Cabeça curta e grosseira (arco zigomático protuberante). Convexidade dos ossos da testa, crânio e nariz (nariz romano). Muito ou pouco stop. Focinho pontudo e fino. Lábios pendentes. Inserção de orelhas muito alta ou muito baixa. Falta de dentes. Prognatismo superior ou inferior. Olhos rasgados salientes, demasiado profundos claros. Pescoço curto e grosso papada ou barbela. Anteriores com ombros curtos, soltos e de angulação aberta. Articulação de cotovelo torcida e patas viradas para fora (posição francesa) ou para dentro. Patas longas, abertas ou flácidas. Dorso longo, selado ou carpeado. Garupa caída. Peito em forma de barril. Costelas planas. Falta de profundidade de peito, falta de antepeito. Peito estreito. Posteriores mal angulados. Jarretes virados para fora (pernas em barril) ou para dentro (jarretes de vaca). Movimentação de pouca propulsão e alcance, cambaleante travada, marcha. Pelagem longa ondulada ou macia. Marcas muito claras e sem limitações, marcas sujas (fuliginosas) Marcas brancas. Subpêlo visível. Temperamento tímido, insegurança, medo.
Desqualificação - Gerais e mais :
§ olhos amarelos. ou cores diferentes;
§ prognatismo ou em torquês;
§ faltas dentárias;
§ manchas brancas;
§ pelagem com falhas, longa ou rala, pêlo ondulado;
§ temperamento muito agressivo, nervoso, timido;
§ altura maior ou menor que 2 cm dos limites do padrão.
Temperamento
As fêmeas tendem a ser mais pacíficas, enquanto os machos tendem a ser mais agressivos. Mas, como em todas as raças, mais do que a genética, é o dono que molda a atitude do cão, não sendo de estranhar encontrar Dobermann pacíficos e extremamente disciplinados.
Muito territorial, quer com pessoas, quer com outros cães, sejam eles da mesma raça, maiores ou menores. Muito corajoso, e determinado.
O dogue alemão, também conhecido como dinamarquês, grand danois ou como grandeou gigante dinamarquês é uma raça canina que pertence à categoria dos molossóides, tendo sido criado para a caça ao javali. Hoje em dia é comumente criado para a guarda e a companhia.
Aparência e caráter
O dogue alemão é a raça de cães mais alta do mundo, alguns consideram o irish wolfhound(ou galgo irlandês) o maior, mas segundo o Guinness World Records que indica como maior cão do mundo um dogue alemão que mede 109 cm de altura até à cernelha chamado "Giant" George, o dogue alemão é o mais alto ou pelo menos a raça com os mais altos exemplares do mundo.
Tem um aspecto imponente, majestoso e elegante, o que dá à sua aparência um aspecto nobre. Seu temperamento é amigável. É um cão que esbanja amor e afeto com seus donos, especialmente com crianças,quando se relaciona com elas pode facilmente esquecer-se do seu tamanho e derrubar uma mesmo sem intenção, mostrando-se, contudo, reservado com estranhos. Se ele é submetido a condições de perigo, mostra-se corajoso e não teme ataques podendo magoar seriamen-te uma pessoa se essa se mostrar ameaçadora.
É um cão que, fisicamente, cresce rápido. Aos oito meses de idade já possui uma altura próxima da definitiva, porém, dependendo da linhagem, sua musculatura e ossatura só estarão completamente formadas com dois ou três anos de idade.
Aparência geral: constituição grande, forte, estruturada e equilibrada. O comprimento do tronco, nos machos, deve ser igual ou no máximo 5% maior que a altura na cernelha (cão "quadrado"); nas fêmeas, o comprimento não deve ultrapassar 110% a altura na cernelha.
Cabeça: em harmonia com a aparência geral. Cabeça alongada, estreita, expressiva, sutilmente cinzelada. Arcada superciliar desenvolvida, sem ser protuberante. A distância entre a ponta da trufa ao stop deve ser igual à distância do occiptal ao stop, que é nitidamente marcado. As linhas superiores do focinho e do crânio devem ser retas (não arredondadas) e paralelas. Musculatura das faces moderadamente marcada, jamais grosseira.
Olhos: de tamanho médio, formato amendoado, escuros, pálpebras bem ajustadas, não frouxas ou caídas. Nos dogues azuis, olhos ligeiramente mais claros são admitidos. Nos arlequins, olhos claros ou de duas cores são permitidos.
Orelhas: Apresentam inserção alta, tamanho médio, com a parte frontal rente às bochechas. A amputação estética das orelhas foi proibida em certos países.
Nariz: É largo e preto (exceto no arlequim), mantendo a linha reta da cana nasal.
Dentes: A dentição deve ser completa (42 dentes), com mordedura em tesoura.
Pescoço: longo, seco e musculoso, afinando suavemente em direção à cabeça.
Corpo: Apresenta-se quadrado em relação à altura e bastante musculado; tórax à altura do cotovelo; ventre esgalgado. Tem boa garupa, sendo levemente afundada, formando uma linha contínua com a raiz da cauda.
Membros: Devem ser fortes, com boa musculatura, sendo que os anteriores devem ser retos até os pés. Os pés devem ser arredondados, com dedos curtos e fechados. Os posteriores tem boa angulação e são paralelos quando vistos de trás.
Cauda: É de tamanho médio, não ultrapassando os jarretes, com inserção larga e alta, afinando na ponta.
Pelagem: É curta, densa, aderente e brilhante.
Cores
As cores do dogue alemão formam três grupos, chamados de variedades, e os cruzamentos só podem ocorrer dentro de cada variedade. São elas:
§ Dourado e tigrado
§ Azuis e pretos de azul
§ Arlequins e pretos de arlequim
Dourado: cor castanho dourado-claro ao castanho dourado-escuro, podendo ter ou não o focinho (máscara) preto, sendo esta uma característica desejável.
Tigrado: cor de fundo indo do castanho dourado-claro ao castanho dourado-escuro, com faixas pretas bem definidas. Também pode ter a máscara negra.
Azul: cor azul-aço, sem qualquer sinal de outra cor. Podem ter os olhos mais claros.
Preto: cor preta brilhante. Pode ter mancha branca no peito, dedos e ponta da cauda.
Arlequim: cor de fundo branco, com manchas pretas irregulares. Pequenas manchas cinzas ou amarronzadas são toleradas.
Mantado (boston): preto com o focinho, o pescoço, linha sobre a cabeça que liga o focinho ao pescoço, o peito, o ventre, as patas e a extremidade da cauda brancos. O mantado é, na verdade, uma variação do preto, pertecendo à variedade dos arlequins.
Merle (não reconhecida oficialmente): A pelagem tem o fundo cinza e manchas pretas. Esta cor não é reconhecida pela FCI, sendo considerada um falta eliminatória.
Os cruzamentos entre cães de variedades diferentes, incluido os dois tipos de negro, podem gerar cães de cores não reconhecidas.
Temperamento
O adulto é normalmente calmo, sendo muito amistoso com os conhecidos, porém desconfiado e por vezes agressivo para com os estranhos. Como foi também usado como cão boiadeiro no passado, é usado como cão de guarda com sucesso, protegendo os donos. Em casos de desvio de temperamento, podem ser demasiadamente medrosos.
Saúde
O estômago do dogue alemão é longo e sujeito à torção gástrica, que é uma das principais causas de morte da raça. É preferível evitar deixar grandes porções de comida à disposição do cão, as refeições devem ser moderadas e em horários determinados.
Pelo seu grande porte, é recomendado deixar ração e água em vasilhames na altura do pescoço do animal, para evitar problemas de postura e deformação das pernas dianteiras. A água deve ser trocada com freqüência devido à salivação excessiva.
Unhas excessivamente grandes podem provocar feridas nos dedos, o que deve ser observado para evitar infecções. É natural que o próprio animal procure lixá-las em pisos de concreto ou outras superfícies. O piso ideal para cães de grande porte é áspero, de forma que eles não escorreguem ou tenham que modificar a postura para se equilibrar, nesse caso causando o espalmamento das patas. Pisos ásperos também favorecem o desgaste natural das unhas, porém na cama ou local de descanso deve haver um pano ou superfície macia, para evitar a formação de calos, principalmente nos cotovelos, joelhos e quadril.
Os problemas ósseos podem ocorrer devido ao seu crescimento extremamente rápido, portanto é importante acompanhar cuidadosamente esse período, e em caso de suspeita de algum desvio de conformação ou de aprumo, procurar orientação de um veterinário.
Curiosidades
O famoso Scooby-Doo da Hanna-Barbera é um dogue alemão, mas curiosamente, não existem exemplares de dogue alemão com as cores do Scooby Doo, ou seja, castanho com manchas pretas. Também aparece um exemplar dourado numa antiga banda desenhadaMarmaduke, que se estreou recentemente como filme.
O fila brasileiro é uma raça de cão de grande porte desenvolvida no Brasil. São usados frequentemente como cães de guarda e cão boiadeiro. Pertencem à categoria dosmolossóides.
História
Primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente pela FCI, o fila brasileiro é um personagem anônimo da História do Brasil desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista do território brasileiro, seja protegendo as comitivas dos Bandeirantes de ataques de nativos e de onças ou suçuaranas, e até mesmo foi usado pelos colonizadores para recapturar escravos fugitivos.[1]
Historicamente, os filas sempre estiveram presentes em todas as regiões do território brasileiro, mas a rota dos tropeiros, levando mercadorias do interior do território para o litoral, influenciou, entre outras coisas a maior presença desta raça em determinadas regiões, porque os tropeiros sempre tinham suas comitivas protegidas por filas, com isto, sua incidência sempre foi maior nas regiões centro-oeste e sudeste, principalmente em Minas Gerais.[1] Mas algumas gravuras do século XIX, apresentadas pelo príncipe Maximilian zu Wied-Neuwied, atestam que esta raça já estava presente no nordeste brasileiro desde esta época,[2] a primeira mostra vaqueiros vestidos com chapéus e roupas de couro, característicos desta região, estão perseguindo um boi e auxiliados por um fila, chamados na época de cabeçudos onceiros ou boiadeiros, na segunda gravura, o príncipe relato o fato no sul da Bahia, onde quatro cães de grande porte e com formato corporal retangular, características do fila, estão acuando uma onça em cima de uma árvore.
O fila brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era uma das raças com maior número de registros. Nesta mesma época, criadores tentaram mudar o padrão oficial da raça para abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior. Uma escolha que hoje em dia é polêmica, alguns criadores acreditam que o fila é um cão necessariamente com ojeriza a estranhos, mas muito dócil com a família e crianças, outros também concordam que ele é muito dócil com a família e crianças, mas preferem um temperamento de guarda mas brando, onde o cão não aceitaría uma invasão territorial, mas aceitaría uma visita acompanhada de seu dono. O fato é que a expressão "possui aversão a estranhos" continua em seu padrão oficial.
O fila brasileiro é conhecido pela fidelidade e devoção extremas ao dono, características que criaram um provérbio brasileiro secular que diz, "fiel como um fila", tais características comportamentais foram apreciadas durante os séculos de desenvolvimento da raça, o que ajudou a popularizá-la.
A primeira aparição da raça em exposições ocorreu no ano de seu reconhecimento pela FCI (Federação Cinológica Internacional), 1946, em um evento do Kennel Clube Paulista. Nesta ocasião, dois exemplares (chamados Bumbo da Vila Paulista e Rola da Vila Paulista) inauguraram a participação do Fila.
Origem
Muito se fala sobre as raças que deram origem ao fila brasileiro, mas a intervenção do homem no aperfeiçoamento da raça dividiu igual importância com a seleção genética natural a que estes cães foram submetidos devido as árduas condições encontradas pelos primeiros filas brasileiros em nossa história. Eles desempenhavam as mais variadas funções junto aos colonizadores, como guarda, caça, proteção contra animais selvagens, pastoreio de bovinos, faro para localizar e capturar escravos fugitivos, e até cão de guerra, nos ataques a tribosnativas e posteriormente a quilombos.
Mas o livro "Grande Livro do Fila Brasileiro" nos dá algumas hipóteses mais prováveis do surgimento desta raça:
Mastiff - Cão de Santo Humberto - Antigo Buldogue Inglês
A teoria mais antiga e difundida sobre sua origem, é a que reconhece que o fila brasileiro é descendente de cães trazidos ao Brasil durante todo o período de colonização portuguesa, nesta época muitos cães foram trazidos pelos colonos ao Brasil, raças de cães que eram comuns em toda a Europa ocidental no período do Brasil colônia. Quando da vinda de Dom João VI ao Brasil, muitos cães da raça mastiff, que já haviam sido trazidos ao Brasil, desta vez teriam vindo em massa junto com a classe média portuguesa da época, deste cão teria herdado o grande porte e a aptidão nata para a guarda, já do cão de santo humberto, lhe foi transmitido o excelente faro e do antigo buldogue inglês (raça já extinta), herdou a agressividade, a aptidão para o combate (caça) a grandes animais, o talento para o trabalho com o gado e a incensibilidade a dor acima da média canina. Os filhotes de cães que reuniam todas estas características, eram os mais procurados por capitães-do-mato, bandeirantes, tropeiros, caçadores, fazendeiros e peões e com isto a raça se popularizou e rapidamente se espalhou pelo país.
Engelsen Doggen ou Dogue de Fort Race
A segunda teoria mais aceita, e com mais base bibliográfica, diz que a partir de 1631, em Pernambuco, por ocasião da invasão neerlandesa ao Brasil, os neerlandeses teriam trazido cerca de trezentos cães para ajudar a proteger as novas terras conquistadas dos portugueses e para realizar incursões contra a resistência dos indígenas liderados por Matias de Albuquerque, e para se protegerem de onças nestas incursões. Estes cães seriam de uma raça inglesa já extinta, o engelsen doggen ou dogue de fort race, estes cães rapidamente se espalharam pelo nordeste, acompanhando as tropas neerlandesas. Posteriormente, já após a expulção dos neerlandeses, ao longo dos anos, os descendentes dos primeiros dogues de fort race trazidos ao Brasil, teriam sido submetidos a um aprimoramento genético devido ao novo clima, alimentação, as novas atribuições recebidas no Brasil, como a caça, o pastoreio de bovinos e a perseguição a escravos, então aquela raça que chegou ao Brasil com os neerlandeses teria evoluído através da seleção genética natural, e com isto surgia uma nova raça, o fila brasileiro. Estes cães teriam posteriormente chegado até Minas Gerais através da colonização às margens do rio São Francisco, em Minas Gerais foram muito apreciados devido a sua aptidão para o trabalho com o gado, este estado da federação brasileira teve forte vocação para criação de gado leiteiro, e os filas eram usados para pastorear e proteger o rebanho de onças e ladrões de gado, devido as suas qualidades foram difundidos em Minas Gerais, e conservaram seu grande porte e musculatura graças a alimentação com leite e angu de milho, que era farta na região, e com o escoamento da produção mineira sendo feito pelos tropeiros, que levavam estes cães em suas comitivas para proteção e ajuda para conduzir o gado, a raça se espalhou pelo país.
Fila de Terceira
Esta teoria diz que os filas brasileiros são descendentes de seus homônimos filas de terceira ou terceirenses, trazidos dos Açores pelos colonos portugueses, teriam sido trazidos em massa porque os colonos precisavam de um cão para ajudar nas lides rurais, e esta raça já era usada com sucesso no pastoreio bovino na Ilha Terceira, esta migração em massa ocasionou a extinção desta raça em Portugal, e devido a seleção genética, feita por ocasião de novo clima e atribuições diferentes que tinham em Portugal, como por exemplo a caça a onças, índios e escravos fugitivos, foi formada uma nova raça em território brasileiro, o fila brasileiro.
Mastiff - Perdigueiro Gaúcho
Outra teoria bem menos difundida diz que o fila brasileiro se formou com cruzamentos ocasionais de mastiffs trazidos na época da colonização portuguesa com cães do tipo perdigueiro encontrados no Brasil, com isto manteve o temperamento para a guarda do mastiff e ganhava a aptidão para a caça do perdigueiro.
Raças Européias - Aracambé - Guará
Outra hipótese mais remota diz que o fila brasileiro seria resultado de cruzamentos ocasionais entre as raças de cães citadas anteriormente, que foram trazidas ao Brasil pelos colonizadores portugueses e neerlandeses, com o guará e o cão aracambé, tudo de maneira ocasional e com influência da alimentação, clima e atribuições que recebia dos colonos, e ao longo dos séculos esta mistura de raças teria criado o fila brasileiro.
Características
Físicas
Uma de suas características físicas mais marcantes, e que chegam a identificar a raça frente ao público em geral, certamente é o seu tamanho, filas machos podem atingir até 75 centímetros na cernelha] (nuca), uma das maiores raças caninas, apesar de haver outras mais altas, também é um gigante entre os cães quando medido o cumprimento da ponta do peitoral até o final do dorso, e tem uma das maiores e mais pesadas cabeças entre as raças caninas, características dos molossos, mas o que verdadeiramente reforça a impressão de grande porte, é a sua estrutura física com uma impressionante massa muscular, os machos pesam em torno de 70 kg,havendo vários exemplares que ultrapassam esta faixa de peso, apenas a nível de comparação, a maioria dos exemplares da raça pit bull, com sua impressionante musculatura, não passam dos 28 kg. Muitos criadores de fila brasileiro, são unânimes ao afirmar que a raça tem uma característica singular entre as raças de grande porte, atingem em galope uma velocidade insuspeita para cães de tal tamanho, esta velocidade aliada ao seu porte dão ao fila brasileiro um dos mais potentes ataques entre as raças de cães, podendo derrubar um homem com um mínimo de esforço, sua velocidade, inclusive o auxília a superar obstáculos de até dois metros de altura com certa facilidade. Quando está andando, sua movimentação lembra à dos felinos, movimentando os dois membros do mesmo lado do corpo ao mesmo tempo, o que lhe dá movimentos muito largos, a sua movimentação é influenciada pelas suas articulações de molosso, o que lhe permite rápidas mudanças de direção.
Atualmente, os filas brancos ou brancos e malhados são considerados impuros, porém no passado, já houveram filas brancos ou malhados considerados puros e inclusive sendo campeões de exposições caninas e usados na caça.. Atualmente, brancos, cinzas, malhados, manchetados, pretos com canela e azuis são fora do padrão, as cores permitidas são todas as cores sólidas ou tigrados com fundo nas cores sólidas, desde os pouco rajados ou fortemente rajados, com ou sem mascara preta, podendo ou não ter marcações brancas nas patas, peitoral e na ponta da cauda, é comum marcações brancas no pescoço, quando o cão também tem marcações brancas no peitoral, com isto formando um colar, porém são indesejáveis, assim como demais marcaçõs brancas no restante da pelagem (com exceção de peito, patas e ponta da cauda). Na prática, os filas brasileiros são de três cores, e em todas as suas variedades, a mais comum é a cor dourada ou amarelada em todas as suas tonalidades, desde os cremes, passando pelos tons de amarelo até chegar nos castanhos ou avermelhados, como cor de barro, em vários tons, estas cores podem ou não ter rajas de pouca ou muita intensidade, finas ou grossas, nos muito rajados, quase não se percebe a cor de fundo, e os rajados podem ser claros ou escuros, passando por todas as variações, e em menor escala, temos os filas de cor preta.
psíquicas
O fila brasileiro possui um dos temperamentos mais paradoxos do reino canino, primeiro porque possui uma característica praticamente única entre todas as raças caninas, e que inclusive está descrita em seu padrão oficial, a aversão à estranhos, na prática, esta característica impede que o animal seja enganado por um conhecido mal intencionado, já que a grande maioria dos filas brasileiros não aceita a visita de pessoas de fora da família em seus domínios, mesmo que acompanhado pelo seu dono, esta característica é única entre todas as raças reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional, e devido a isto, em exposições de beleza, o fila brasileiro é a única raça que impede o contato físico com o juiz cinófilo, e atualmente não é mais penalizado por isto porque os juízes tem ciência que tal característica é prevista no seu padrão rácico.
Por outro lado, é proverbial a sua fidelidade ao dono e aos membros de sua família, procurando com insistência a companhia de seu dono,como um gigante carente, e é muito grande a sua tolerância com as crianças da família, geralmente deixando os pequenos até mexerem em sua vasilha de ração. Por ter um comportamento avesso à estranhos, se torna um cão muito fiel aos de sua convivência.
Aptidões para o trabalho
Suas habilidades para o trabalho também são marcantes, além de sua pré-disposição natural para a guarda, inclusive sem precisar de adestramento para isto, o fila brasileiro, por seu porte, agressividade quando necessária, e principalmente pela sua coragem, já que não recuam diante de tiros e bombas, é ideal para tropas de choque policiais, que tem a missão de acabar com distúrbios causados por multidões enfurecidas, e devido a esta ultima característica, também é utilizado por tropas de combate das forças armadas. Por descender do cão de Santo Humberto, famoso cão farejador britânico, o fila brasileiro possui um faro apuradíssimo, que inclusive, em séculos passados, já foi utilizado por capitães-do-mato para recapturar escravos fugitivos. Na área rural é onde tem excelente destaque, onde nos primórdios foi usado para caçar onças que ameassavam as mulas e o gado das comitivas dos bandeirantes e até hoje protege rebanhos de gado contra ataques de onças nas áres rurais brasileiras, inclusive também desempenhando papel de cão boiadeiro, trabalhando para reunir o gado e acompanhando as comitivas quando necessário, e inclusive devido a esta aptidão, foi chamado durante séculos de boiadeiro.
Forças armadas e policiais
O Exército Brasileiro e o Exército Israelense, realizaram separadamente, testes e estudos com diversas raças, para escolherem o cão mais apto ao trabalho de cão de guerra, muito mais complexo do que o trabalho do cão policial, e estas organizações chegaram a conclusão de que o fila brasileiro é a melhor raça de cão para as forças armadas.
O Exército Brasileiro, através de seu reconhecido internacionalmente, CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva, realizou testes durante 5 anos com cães das raças doberman, pastor alemãoe o próprio fila brasileiro, levando estas raças a situações extremas, próximas de um real conflito na selva, e chegaram a conclusão que o fila brasileiro é a raça mais apta ao trabalho na selva, os estudos apontaram que o fila brasileiro teve melhor adaptabilidade as condições inóspitas da floresta amazônica, e em ambiente hostil, teve melhor desempenho na maioria das qualidades testadas, como olfato, resistência, força, coragem, silêncio, entre outras características.
O Exército Israelense também fez testes semelhantes em campos de treinamento em Israel, mas em um período menor, e com um número muito maior de raças, e também elegeram o fila brasileiro, como a melhor raça para a guerra moderna, segundo o relatório, a característica mais marcante da raça, é a coragem, porque não recuam diante do barulho das bombas e dos tiros..
No Brasil é uma das raças oficialmente utilizadas pelo Exército Brasileiro,. onde além de seu uso pelo Comando Militar da Amazônia, é também usado como cão de guerra pára-quedista pela Brigada de Operações Especiais, tem também destaque como cão farejador ou cão de tropa de choque na polícia do exército, porém seu uso por outras forças policiais ou pelos corpos de bombeiros militares ainda é muito restrito.
No exterior, é amplamente utilizado por várias organizações policiais estadunidenses, inclusive a K9, e também é muito comum o seu uso por agentes penitenciários de presídios de segurança máxima dos Estados Unidos. Também é sabido de seu uso por forças de segurança do Peru, Nigéria, Israel, e Chile.
Perfil clínico
Algumas doenças podem acometer esta raça devido a seu porte. São elas:
§ Displasia coxo-femural
Alteração física de caráter hereditário na articulação entre o fêmur e a bacia do cão, que causa problemas de locomoção, dor e incômodo ao animal. Afeta alguns indivíduos da maioria das raças de grande porte, observar se os pais são saudaveis é um bom meio de adquirir filhotes que não venham futuramente a ser portadores de displasia coxo-femural, já que se trata de uma doença genética.
§ Torção gástrica
Afeta alguns indivíduos da maioria das raças de grande porte, caracteriza-se pela torção do estômago, causando compressão da circulação na região abdominal. Pode levar à morte, se o cão não for operado o mais rápido possível. Dividir a ração em pelo menos duas porções diárias minimiza muito as chances de o cão ser acometido pela torção gástrica.
Estes males não chegam a ser considerados endêmicos na raça.
No mais é uma raça rústica e saudável, já que seu desenvolvimento se deu naturalmente, apenas puderam perpetuar o sangue da raça os exemplares mais fortes e aptos à auxiliar seus proprietários nas diversas tarefas rurais de que foram encarregados durante os séculos de seu desenvolvimento, com isto adquiriram genes de resistência que tornam a raça bastante saudável
VEJA COM ATENÇÃO VÍDEO SOBRE BULDOGUE CAMPEIRO FORTES E SAUDÁVEIS DO CANIL AMICHETTI TV PETCLUBE CANIL AMICHETTI VÍDEO SOBRE BULDOGUE CAMPEIRO
SAIBA MAIS:
Canil Amichetti F:55 011 9386 8744 HC
Gatil Amicat´s F:55 011 8485 4545 HC
GERAL F:55 011 4684 1047 HC SÃO PAULO BRASIL
Canil Amichetti Bulldog Inglês Francês Campeiro & AMICAT´S Bengal Maine Coon Ragdoll Exótico
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Os protozoários são organismos eucariontes, unicelulares, heterotróficos e podem ser de vida livre ou fazer parte de colônias. Eles apresentam diversas fases em seu ciclo biológico, desde trofozoítos, que são as formas ativas e que exercem a ação patogênica, até os oocistos, que são a forma de resistência e a forma sexuada. Por viverem em meio aquoso, ou seja, são encontrados na água ou em algum líquido, o que torna sua sobrevivência no organismo animal facilitada, já que o mesmo é composto em aproximadamente 70% do seu volume de água, tendo sua instalação mais intensa no trato digestório e sangue, podendo, em menor quantidade, se instalar no sistema genital, linfático, coração e pele.
Devido a tantas formas de doenças que podem acometer animais de diversas espécies é que se faz crucial o controle com medicamentos antiparasitários, além de uma observação diária do comportamento dos mesmos para diagnósticos e tratamentos mais específicos. É fundamental conhecer o ciclo biológico destes protozoários para criar programas de combate e controle do parasita.
COCCIDIOSE
As infecções pelas coccídias (Eimeria, Isospora, Cystoisospora, Cryptosporidium) são infecções parasitárias causadas por protozoários microscópicos que podem afetar diferentes espécies animais. Cães e gatos são suscetíveis às espécies Isospora, Sarcocystis e Hammondia, e somente os gatos são suscetíveis a Toxoplasma e Besnoitia. A coccídia mais comum que afeta estes animais é a do gênero Isospora, sendo I. rivolta e I. felis em gatos, nos cães as espécies I. canis, I. burrowsi, I. neorivolta e I. ohioensis. Animais jovens submetidos a sistemas de confinamento ou estresse podem sofrer infecções clínicas por Isospora sp., Cystoisospora sp., Toxoplasma, Besnoitia, Sarcocystis e Hammondia. Coccídias afetam o trato intestinal frequentemente. Exceto Cryptosporidium parvum, todas as espécies são específicas do hospedeiro. As coccídias mais comuns pertencem ao gêneroCystoisospora, as espécies C. rivolta e C. felis em gatos, nos cães as espécies C. canis, C. burrowsi, C. neorivolta e C. ohioensis.
O filhote fica exposto ao organismo a partir de fezes da mãe, podendo ingerir as fezes contendo cistos que se desenvolvem no intestino do animal. Filhotes lactentes podem eliminar oocistos por até cinco semanas, enquanto os filhotes desmamados os eliminam durante duas semanas, devido a imaturidade do sistema imune. Os cães adultos e gatos podem se infectar através da ingestão de solo contendo cistos coccídias. Eles podem até comer fezes ou intestinos de outros animais infectados, como roedores.
Tratamento
O tratamento consiste em duas drogas que têm elevadas taxas de sucesso. Estas drogas incluem sulfadimetoxina (via oral ou parenteral), na dosagem de 55 mg/kg/dia, em dose única ou fracionada durante 21 dias. Trimetoprim / sulfadiazina também pode ser utilizado. O amprólio pode ser empregado como preventivo em fêmeas adultas 10 dias antes do parto, na proporção de 30 ml da solução de amprólio a 9,6% em 3,8 litros de água de beber, porém seu uso não foi aprovado em alguns países, como Estados Unidos e a União Europeia. Ele atua na regulação da absorção de tiamina pela coccídia, enquanto o modo de ação destas drogas não mata a coccídia nos intestinos, ele apenas ajuda na prevenção do parasita de se reproduzir. Portanto, a velocidade a que o animal se recupera da infecção é muito lenta (cerca de 2 semanas, se o tratamento for adequado), tempo esse que depende do reestabelecimento do equilíbrio do sistema imune do organismo que é atingido pelo parasita.
Em gatos afetados, a associação sulfatrimetoprim pode ser usada na dose máxima de 60 mg/kg, por 1 semana. Para tratamento sintomático, pode-se utilizar a sulfadimetoxina (via oral ou parenteral) na dose de 50 mg/kg no primeiro dia de tratamento e 25 mg/kg, diariamente, por 2 ou 3 semanas.
Outros protocolos de tratamento podem ser usados no combate deSarcocystis, Hammondia, Cystoisospora, Toxoplasma e Neospora, como o uso de Clindamicina oral 12,5 a 18,5 mg/kg 2 vezes ao dia por 4 semanas. Também pode ser usada uma associação de Sulfadianzina 30 mg/kg + Pirimetamina 0,25-0,5 mg/kg/dia a cada 12 horas por 3 a 4 semanas.
TOXOPLASMOSE
O Toxoplasma gondii é um coccídio que parasita o intestino delgado de membros da família Felidae, inclusive o gato doméstico. Estes animais constituem os hospedeiros definitivos deste parasito, portanto eliminam seus oocistos nas fezes e contaminam o meio ambiente. Após um período de 1 a 5 dias, os oocistos esporulam, tornando-se infectantes para um grande número de espécies de animais de sangue quente, inclusive o próprio gato, o cão e o homem. Nestes animais, hospedeiros intermediários, os esporozoítos liberados dos oocistos penetram nas células intestinais e se multiplicam. Invadem também linfonodos, onde formam taquizoítos que se espalham por todos os tecidos do hospedeiro, inclusive cérebro, músculos estriados e fígado. Pode também ocorrer migração transplacentária. O cão, apesar de não ser hospedeiro definitivo, contribui na disseminação mecânica desta protozoose, e ogato, que é o hospedeiro definitivo, está relacionados com a produção e eliminação dos oocistos, favorecendo a perpetuação da doença, uma vez que somente nele ocorre a reprodução sexuada dos parasitos.
Cerca de 60% dos animais de estimação que têm toxoplasmose pode se recuperar com o tratamento. A recuperação é menos provável em animais novos ou que possuem a supressão severa do seu sistema imune.
Tratamento
Em uma revisão das alternativas terapêuticas utilizadas para cães foi relatado o uso de sulfadiazina, pirimetamina, clindamicina, fosfato de clindamicina, e cloreto de clindamicina, lembrando-se que estas drogas são utilizadas, em sua maioria, próximo às doses tóxicas para que sejam efetivas, devendo ser utilizado tratamento de apoio, de acordo com os sinais apresentados pelos animais.
Não existe um tratamento completamente satisfatório. A clindamicina é o medicamento de escolha para cães e gatos, que é bem absorvida quando administrada por via oral. Liga-se facilmente às proteínas plasmáticas, distribuindo-se por vários tecidos, inclusive atravessa a barreira placentária, porém não atinge o sistema nervoso central. Para cães com toxoplasmose sistêmica, recomenda-se a dose 10-40 mg/kg via oral, dividida em 3 a 4 vezes/dia; para gatos , recomenda-se 40 mg/kg via oral, divididos em 3 vezes/dia, durante 14 dias. Embora se tenha relatado a utilização de clindamicina, que tem sucesso para o tratamento da miosite provocada pelo agente, a mesma não alcança concentrações terapêuticas, no sistema nervoso central. A toxoplasmose ocular felina deve ser tratada com clindamicina na dose de 12 mg/kg, duas vezes ao dia, durante 4 semanas, ou sulfa-trimetoprim na dose de 15 mg/kg, duas vezes ao dia, durante 4 semanas.
Em gatos, como terapia adjuvante contra uveíte, pode ser administrado colírio de prednisona a 1%. Uma combinação da droga pirimetamina com a sulfadiazina (Tribrissen) foi descrita como eficaz contra taquizoítos, mas não contra bradizoítos, porém é bastante tóxica em gatos.
Sulfonamidas, inibidores do dihidrofosfato redutase e timodilato sintetase e antibióticos ionóforos (lasolocida, narasina e salinomicina), macrolídeos, tetraciclinas e lisonaminas tem ação sobre taquizoítos, e drogas como metronidazol, paramomicina e roxarsona exercem pouca ou nenhuma atividade sobre estas formas evolutivas de multiplicação rápida, sendo a associação de medicamentos mais eficiente. Sinergismo pode ocorrer em sulfonamidas com pirimetamina, monesina ou toltrazuril e sulfonamidas com ormetropina, diaveridina e trimetropin, cloridrato de clindamicina e sulfa associada ao trimetropin.
Cloridrato de clindamicina pode ser utilizado na dosagem de 3 a 20 mg / Kg, e também, na posologia de 12,5 a 25 mg / Kg, por via oral, a cada 12 horas por uma a duas semanas para encurtar o tempo de eliminação do oocisto. Os sinais clínicos da toxoplasmose se resolvem dentro de dois a quatro dias com a administração deste medicamento.
Ácido folínico (0,5 a 5 mg /dia) pode ser empregado para prevenção das complicações hematológicas ocasionadas pelo tratamento com pirimetamina. Fármacos contra Toxoplasma em combinação com corticosteróides tópicos, orais ou parenterais, podem ser utilizados para evitar danos oculares secundários à inflamação. A recorrência é comum se a duração do tratamento for menor que quatro semanas e havendo imunodeficiência, o prognóstico é ruim.
Fonte: SARAIVA et al., 2008.
Medicamentos anticoccidianos:
Pirimetamina: é um fármaco que atua na inibição da enzimadihidrofolato redutase(DHFR), a qual é importante na síntese doácido fólico.
Clindamicina:é um fármaco da classe das lincosaminas que age inibindo a síntese proteica. Atua como um agente bacteriostático, penetra no meio intracelular. A clindamicina possui atividade imunoestimuladora, pois potencializa a opsonização e acelera a quimiotaxia e fagocitose dos leucócitos. É absorvida por via oral e parenteral. Pode ser ingerida concomitantemente com os alimentos, sem prejuízo à sua absorção. Distribui-se amplamente pelos tecidos. Não atravessa satisfatoriamente a barreira hematoencefálica, porém atravessa a barreira placentária. Apresenta elevada concentração no tecido ósseo e articular. Atravessa as membranas celulares atingindo elevadas concentrações no meio intracelular. É metabolizada no fígado e a eliminação dos seus metabólitos é pelaurina,bileefezes.
Amprólio (antagonista de tiamina): atua na regulação da absorção de tiamina pela coccídia, enquanto a sulfaquinoxalina atuam na inibição das vias metabólicas do ácido fólico e do ácido para-aminobenzoico (PABA). A administração de 125 ppm proporciona uma boa eficácia contra um inóculo misto de Eimeria acervulina, E. maxima, E. brunetti, E. tenella. A eficiência do amprólio contra a E. acervulina e a E. tenella é comprovada principalemnte quando associado à sulfaquinoxalina. A associação de 240 ppm de amprólio e 180 ppm de sulfaquinoxalina é eficaz contra E. acervulina, E. maxima, E necatrix, E. brunetti e E. tenella. As associações destas substâncias são recomendadas, pois ocorre o sinergismo dos efeitos destes medicamentos contra as eimerias. Relatos indicando a resistência de alguns isolados de E. acervulina têm sido demonstrados, porém a resistência a este composto ocorre lenta e parcialmente. O amprólio age nos esquizontes de 1ª e 2ª geração.
Sulfonamidas: age contra esquizontes de 2ª geração, sendo menos efetiva contra os estágios assexuados das eimerias. Têm como mecanismo de ação o bloqueio das vias metabólicas do ácido fólico e do PABA. Dentro do grupo destaca-se a sulfaquinoxalina como a mais potente e de menor toxicidade, apesar de apresentar espectro de ação limitado a algumas espécies de eimerias.
Toltrazurila (triazinona simétrica): pertence à classe das triazinonas simétricas, com propriedades coccidicidas de alta eficiência. Atua em diferentes formas evolutivas do parasito, principalmente nos esquizontes, nos macro e microgametócitos, alterando a função da cadeia respiratória e as enzimas mitocondriais.
Trimetoprima: é um análogo doácido fólicoe como tal o substitui naenzimadihidrofolato reductase bacteriana que o sintetiza. É, portanto, umantagonistado ácido fólico, inibindo a sua formação pelabactéria. O ácido fólico é essencial para a replicação das bactérias, já que é usado na duplicação doDNA. Este antibiótico não mata as bactérias, mas inibe a sua multiplicação (é bacteriostática) permitindo aosistema imuneelimina-las facilmente. A trimetoprima é ativa contra a maioria dos patógenos bacterianos comuns. Ela é, às vezes, usada em uma mistura com sulfametoxazol, em uma combinação chamada de co-trimoxazol. Como as sulfonamidas inibem a mesma via metabólica bacteriana, porém acima do local de ação da dihidrofolato redutase, elas podem potencializar a ação da trimetoprima.
REFERÊNCIAS
SPINOSA, H.S; GÓRNIAK, S.L; BERNARDI, M.M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 5ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2011.
SARAIVA, K. D. B. et al. Toxoplasmose canina: aspectos clínicos e patológicos. Ciências Agrárias, v. 29, n. 1, p. 189-202, 2008.
FONSECA, A. H. Coccidiose em animais domésticos. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
GERMANI, C. F.; CAETANO, M. T.; PACHECO, F. A. A. Toxoplasmose animal no Brasil. Acta Scientiae Veterinariae. 37(1): 1-23, 2009.
NEGRI, D.; CIRILO, M. B.; SALVARANI, R. S.; NEVES, M. F. Toxoplasmose em cães e gatos. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Ano VI, n. 11, 2008.
BABESIOSE
A Babesiose é uma doença protozoariana, provocada pela Babesia canis, que parasita as hemácias e as destróis, resultando em anemia hemolítica do tipo regenerativa. Sua transmissão se dá pelo carrapato castanho (Rhipicephalus sanguineos, Dermacentor spp., Haemaphysalis leachi e Hyalomma plumbeum) ou por transfusões sanguíneas. A Babesia canis é um hematozoário relativamente grande que parasita as hemácias, apresentando-se sob formas arredondadas, irregulares e em pêra. Formas arredondadas ou ameboides podem ser encontradas no plasma sanguíneo.
Figura 1 Formas intra-eritrocíticas de Babesia canis. Sangue periférico de cão.
Fonte: Gardiner et al., 1998
Animais de áreas onde há estabilidade enzoótica para essas parasitoses adquirem a infecção sem apresentar sintomatologia clínica aguda. Por outro lado, aqueles de regiões indenes, quando introduzidos numa área onde existe o hematozoário, sofrem a doença de forma severa, que pode levar ao óbito.
O tratamento da babesiose canina está direcionado para o controle do parasita, moderação da resposta imune e tratamento sintomático. Alguns medicamentos usados com essa finalidade foram atualmente substituídos por outros mais eficientes e com maior margem de segurança. O azul tripan, por exemplo, era administrado na dosagem de 10 mg/kg em solução a 1%, via intravenosa, mas tinha um alto risco, já que se ocorresse extravasamento acidental da veia, causaria necrose tecidual.
Os fármacos mais recomendados atualmente são o aceturaro de diminazeno (uma diamidina) e o dipropionato do imidocarb (uma cabanilida), que serão descritos a seguir:
Diminazeno
Diminazeno é a droga comumente usada em todo mundo e é efetiva para o tratamento da B. canis quando administrada pela via intramuscular, em dose única de 2,5 a 3,5 mg/kg. Porém, para o tratamento da B. gibsoni, a dose deve ser repetida após 24 horas.
As diamidinas interferem na glicólise e também na síntese do DNA do parasita, ocasionando dilatação da membrana de organelas, dissolução do citoplasma e destruição da membrana de organelas, dissolução do citoplasma e destruição do núcleo. As diamidinas acumulam-se no fígado e rins, e entram na circulação fetal; além disso, pequenas quantidades ficam acumuladas no sistema nervoso central durante alguns meses.
Esse medicamento é bem tolerado, mas em doses terapêuticas múltiplas em cães podem causar lesões nervosas graves, principalmente ao nível do cerebelo, mesencéfalo e tálamo, além de degeneração gordurosa no fígado, rins, miocárdio e musculatura esquelética.
Dipropinato de imidocarb
O dipropinato de imidocarb também é muito efetivo no tratamento da babesiose, sendo recomendado na dosagem de 5 a 7 mg/kg, por via intramuscular ou subcutânea sendo recomendada duas aplicações com um intervalo de quatorze dias. A fenamidinina também é uma opção, na dose de 15 mg/kg/dia por via subcutânea, em dois dias consecutivos.
Este fármaco atua provocando alterações morfológicas e funcionais do núcleo e do citoplasma do parasita. Este composto apresenta tendência de se depositar no rim e é reabsorvido de forma inalterada, sendo metabolizado pelo fígado.
Cães de áreas onde não há B. canis e que viajem para áreas endêmicas podem ser tratados profilaticamente com uma injeção subcutânea de imidocarb na dose de 6 mg/kg, ficando protegidos por duas semanas, e de doxiciclina* na dose de 10 mg/kg, duas vezes ao dia por onze dias.
*A doxiciclina pertence ao grupo das tetraciclinas e, apesar de ser um antibiótico bacterisotático, por inibir a síntese proteica dos microorganismos sensíveis, também possui ação antimicrobiana sobre alguns protozoários, como a Babesia canis.
Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais que podem ser observados com o tratamento com o cão imidocarb ou diamidinas são: depressão, vocalização contínua, opistótono, ataxia, rigidez extensora, nistagmo e convulsões. Outros efeitos adversos apresentados pelos animais incluem salivação trasitória, diarreia, dispneia, lacrimejamento, depressão e vômitos. Também podem apresentar dor no local de aplicação. Para evitar efeitos colinérgicos indesejados, recomenda-se o uso do sulfato de atropina na dosagem de 0,04 mg/kg, dez minutos antes da aplicação do imidocarb.
CRIPTOSPORIDIOSE
Cryptosporidium é um coccicídio que infecta uma ampla variedade de vertebrados, incluindo o homem. O parasito se localiza principalmente no intestino delgado dos mamíferos e aves. Em cães infectados naturalmente, foram isolados oocistos de C.parvum e C.canis, sendo o C. muris encontrado em cães infectados experimentalmente. Dessas três espécies acredita-se que o C. canis seja a única clinicamente significante para cães.
É considerado um parasito oportunista; em hospedeiros imunocompetentes a infecção é auto-limitante, com duração de poucos dias a três semanas. Em hospedeiros imunocomprometidos a infecção pode resultar em diarreia crônica debilitante, desidratação, má-absorção, enfraquecimento progressivo e morte. No entanto, em indivíduos muito novos ou velhos ou em tratamento que possa causar imunossupressão são os mais severamente afetados. Estes animais frequentemente precisam de tratamento para eliminar o parasito.
Fármacos como a azitromicina, tilosina, paromomicina e nitazoxanida têm sido utilizados em cães com criptosporidiose, mas o número de estudos publicados ainda é reduzido o que não permite obter protocolos seguros e consistentes, devendo o tratamento ser ajustado de acordo com as necessidades de cada paciente. A paromicina não deve ser administrada a animais com diarreia devido a possibilidade de ocorrer absorção com consequente nefrotoxicidade.
Protocolos para o tratamento de infecções por Cryptosporidium no cão.
Fármaco |
Protocolo |
Azitromicina |
10mg/kg, PO, SID, até resolução dos sinais clínicos. |
Nitazoxanida |
25 mg/kg, PO, durante pelo menos 7 dias. |
Paromomicina |
125 a 165 mg/kg, PO, SID ou BID durante pelo menos 5 dias. |
Tilosina |
10 a 15 mg/kg, PO, BID ou TID, durante 21 dias. |
Fonte: Scorza e Tangtrongsup, 2010
REFERÊNCIAS
MELO, F. L.; LEBRE, C. R. Rastreio de parasitas gastrintestinais e seu impacto zoonótico em cães de canil da cidade de Lisboa. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. 2011
PIMENTEL, F. F.; ALMEIDA, A. J. de; OLIVEIRA, F. C. R. de; EDERLI, B. B. Efeito do tratamento com nitazoxanida na criptosporidiose canina. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, v. 14, n. 2, p. 107-112, jul./dez. 2011.
GARDINER, C.H.; FAYER, R.; DUBEY, J.P. An Atlas of Protozoan Parasites in Animal Tissues. Ed. 2. Armed Forces Institute of Pathology, Washington, 1998
FIGUEIREDO, M.R. Babesiose e erliquiose caninas. Rio de Janeiro, 2007
CORREA, A.R. et al. Babesiose canina: relato de caso. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Ed. 4, 2005
ANTONIO, N.S.; OLIVEIRA, A.C.; ZAPPA, V.; Babesia canis: relato de caso. Revista eletrônica de medicina veterinária. São Paulo. Ed.12, 2009
ANDRADE, E.S.; Infecções causadas por hematozoários em cães e gatos de ocorrência no Brasil: semelhanças e particularidades. Porto Alegre, 2007.
SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.;BERNARDI, M.M.; Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. São Paulo: Editora Guanabara Koogan, p. 502-503, 2002.
GIARDÍASE
A giardíase é uma infecção comum em animais, sendo causada por um protozoário flagelado do gênero Giardia, pertencente à ordem Diplomonadida(URQUHART et al., 1987). Os animais eliminam os cistos de parasitas nas fezes após um período de pré-patência de uma a duas semanas, neste período estes podem apresentar ou não sinais clínicos da enfermidade (VIGNARD-ROSEZ; ALVES;BLEICH, 2006). Giardia spp.., em sua forma parasitária, o trofozoíta, se prende às células epiteliais do intestino delgado, causando-lhes lesões. Em animais jovens, sobretudo cães, altas infestações podem causar enterites, com episódios intercalados de parada do trânsito intestinal (constipação) e diarreias.
Dos protozoários que freqüentemente acometem os animais e o homem, Giardia spp. tem despertado grande interesse, pelo seu potencial como agente de zoonose, além de causar, em animais jovens, diarreia intermitente com comprometimento da digestão e absorção de alimentos, acarretando desidratação, perda de peso e morte. Os sinais clínicos podem ser autolimitantes em alguns pacientes e a doença grave ocorre em filhotes e em animais com doenças concomitantes ou debilitados (ROBERTS-HOMSON et al., 1976; ADAM, 1991).
Tratamento:
- Metronidazol
Esse medicamento, após entrar na célula-alvo (trofozoíto), interage com o DNA do protozoário, ocasionando perda de sua estrutura helicoidal e quebra das alças dessa estrutura. Pelo fato de ser pouco solúvel em água e etanol, recomenda-se sua administração por via oral. Parte deste medicamento é biotransformada e aproximadamente 50% são excretados inalterados na urina. É empregado na dose de 25 mg/kg duas vezes ao dia por cinco dias, em cães; e para gatos a dose é de 12-25mg/kg duas vezes ao dia, por 5 dias. Cães tratados com altas doses deste medicamento, tendem a apresentar sinais de intoxicação com consequente disfunção do sistema nervoso central, sendo representados por ataxia, tremores, nistagmo vertical, opistótono, espasmos de musculatura lombar e dos membros posteriores e cauda caída.
- Cloridrato de Quinacrina ou cloridrato de mepacrina
É administrado, geralmente, por via oral ou, com menor frequência, pela via intramuscular. Distribui-se nos tecidos, com tendência de se acumular no fígado, baço, pulmões e glândulas adrenais. Sua eliminação faz-se lentamente pela urina e quantidades muito pequenas são eliminadas pelas secreções corpóreas (bile, saliva, suor, leite).
Recomenda-se para animais de grande porte a dose de 200mg/animal, três vezes no primeiro dia e duas vezes nos cinco dias subsequentes. Para cães de raças pequenas é recomendado a dose de 100 mg, duas vezes no primeiro dia e uma vez ao dia por mais 5 dias. Para filhotes, utilizam-se 50 mg duas vezes ao dia, durante cinco dias. Sugere-se administração de bicarbonato para prevenir vômitos. Para cães com fibrilação auricular, a dose de 2,64 mg/kg, pela via intravenosa, permite reestabelecer o ritmo sinusal normal.
Doses a cima do recomendado podem originar um quadro toxico, representado por vômitos e distúrbios das atividades motora e psicomotora tanto em cães como em gatos.
- Tinidazol
Fármaco da mesma classe que o metronidazol (classe dos nitroimidazois), sendo recomendado na dose de 44 mg ao dia, durante 3 dias.
- Anti-helminticos
Outros fármacos utilizados para o tratamento da giardíase são os anti-helmínticos, sendo os mais utlizados os benzimidazóis. Indica-se albendazol na dose de 25 mg/kg, duas vezes ao dia, durante 2 dias, suspeita-se que tenha efeito teratogênico, não sendo recomendado para fêmeas prenhes. Já fembendazol, é indicado na dose de 50mg/kg/dia, durante 3 dias (não foi testado em gatos).
- Furazolidona
Essa droga sofre uma ativação reduzida no trofozoíto, que é pouco provável ao metronidazol, essa redução provavelmente ocorre via uma NADH oxidase (38, 244). Seu efeito de morte está relacionado com a toxicidade dos produtos reduzidos, os quais podem danificar importantes componentes celulares, incluindo o DNA. A droga é prontamente absorvida pelo trato gastrointestinal e é metabolizada rapidamente nos tecidos. (referencia 143).
Estudos clínicos usando furazolidona são numerosos e tem como resultado uma ampla gama de doses e horários administrações. Entretanto, sua eficácia tem sido geralmente considerada como sendo ligeiramente menor do que os de metronidazol e quinacrina. Outro fator importante é o efeito inibitório de uma monoamina oxidase (MAO) que a drogra possui, sendo assim, nunca deve ser administrada concomitantemente a indivíduos já a tomar inibidores da MAO. (artigo do tratamento da giárdia em inglês).
REFERÊNCIAS
ADAM, R. D. The biology of Giardia spp. Microbiological Reviews, Washington, v.55, n.1, p.706–732, 1991.
Brown, D. M., J. A. Upcroft, and P. Upcroft. 1996. A H2O-producing NADH oxidase from the protozoan parasite Giardia duodenalis. Eur. J. Biochem. 241:155–161.
Gardner, T. B., & Hill, D. R. (2001). Treatment of giardiasis.Clinical Microbiology Reviews,14(1), 114-128.
Kucers, A., S. M. Crowe, M. L. Grayson, and J. F. Hoy. 1997. Nitrofurans: nitrofurazone, furazolidone and nitro furantoin, p. 922-923. In A. Kucers, S. M. Crowe, M. L. Grayson, and J. F. Hoy (ed.), The use of antibiotics. A clinical review of antibacterial, antifungal, and antiviral drugs, 5th ed.Butterworth-Heinemann, Oxford, United Kingdom.
da Silva, A. S., da Silva, M. K., Oliveira, C. B., Zanette, R. A., & Monteiro, S. G. (2008). Eficácia de drogas contra Giardia muris em camundongos Mus musculus naturalmente infectados.Semina: Ciências Agrárias,29(1), 175-178
ROBERTS-THOMSON, J. C.; STEVENS, D. P.; MAHMOUD, A. A. F.; WARREN, K. S. Giardiasis in the mouse: an animal model. Gastroenterology, Philadelphia, v.71, n.1, p.57-61, 1976.
Upcroft, J., and P. Upcroft. 1998. My favorite cell: Giardia. Bioessays
20:256–263.
URQUHART, G. M.; ARMAUR, J.; DUNCAN, J. L.; DUN, A. M.; JENNINGS, F. W. Veterinary parasitology. NewYork: Longman, 1987.
VIGNARD-ROSEZ, K. S. F. V.; ALVES, F. A. R.; BLEICH, I. M. Giardiase.2006. Disponível em: <http://www.cepav.com.br/textos/t_giardia.htm>. Acesso em: 11 maio 2014