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Cão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ocorrência: Pleistoceno Superior - Recente
Classificação científica
Reino: Animalia
Subreino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Ordem: Carnivora
Subordem: Caniformia
Família: Canidae
Subfamília: Caninae
Género: Canis
Espécie: C. lupus
Subespécie: C. l. familiaris
Nome trinomial
Canis lupus familiaris
(Linnaeus, 1758)
Cão ou cachorro (Canis lupus familiaris[1]) é um mamífero canídeo e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. Teorias postulam que surgiu da domesticação do lobo cinzento asiático pelos povos daquele continente há cerca de 100.000 anos.[2][3] Ao longo dos séculos, através da domesticação, o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães pelas suas aptidões, características físicas ou tipos de comportamentos. O resultado foi uma grande variedade (mais de 400 raças[3]) canina, que actualmente são classificadas em diferentes grupos ou categorias. O vira-lata (Brasil), ou rafeiro (Portugal) é a denominação dada aos cães sem raça definida, SRD, ou mestiços, descendentes de diferentes raças.
O cão é um animal social que na maioria das vezes aceita o seu dono como o “chefe da matilha” e possui várias características que o tornam de grande utilidade para o ser humano, possui excelente olfacto e audição, é bom caçador e corredor vigoroso, é actualmente omnívoro, é inteligente, relativamente dócil e obediente ao ser humano, com boa capacidade de aprendizagem. Desse modo, o cão pode ser adestrado para executar grande número de tarefas úteis ao homem, como cão de caça; pastorear rebanhos; como cão de guarda para vigiar propriedades ou proteger pessoas; farejar diversas coisas; resgatar afogados ou soterrados; guiar cegos; puxar pequenos trenós e como cão de companhia. Estes são alguns dos motivos da famosa frase: "O cão é o melhor amigo do homem". Não se tem conhecimento de uma amizade tão forte e duradoura entre espécies distintas quanto a do humano e do cão.
Origem e evolução
Lobo cinzento, de onde provavelmente originaram as mais de 800 raças caninas. Atualmente o lobo cinzento é um animal ameaçado de extinção.É quase certo que o cão originou-se do lobo cinzento ou de outra espécie de Canis lupus[4]. Isso significa que o cão doméstico surgiu do lobo e que deste é, no máximo, uma raça ou variedade ou uma subespécie. Por causa disso, o antigo nome científico do cão Canis familiaris, dado por Carolus Linnaeus em 1758, foi trocado para Canis lupus familiaris.
Ancestrais e a história da domesticação
As origens do surgimento do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos atrás. Uma das teorias é a de que os cães domésticos surgiram há 10.000 anos atrás por seleção artificial de filhotes de lobos cinzentos e chacais que viviam em volta dos acampamentos humanos[carece de fontes?] pré-históricos, alimentando-se de restos de alimentos ou carcaças deixadas como resíduos pelos caçadores-colectores. Os seres humanos perceberam que havia certos lobos que se aproximavam mais do que os outros e reconheceram certa utilidade nisso, pois eles davam alarme da presença de outros animais selvagens, como outros lobos ou grandes felinos. Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para esses acampamentos humanos, na tentativa de serem criados ou domesticados.
Com o passar do tempo, os animais que, ao atingirem a fase adulta, se mostravam ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes ao ser humano, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda do acampamento. Isto levou eventualmente à criação dos cães domésticos.
Cão em mosaico romano.Deste modo, postula-se que muitas das características dos cães, como a lealdade ao dono e o instinto territorial e de caça, foram herdados do comportamento em alcateia característico do lobo. Diz-se também que a importância do cão para o ser humano seja muito maior do que imaginamos. Ou seja, com o mesmo a auxiliar na caça e a vigiar acampamentos, o ser humano teve oportunidade de desenvolver a fala, entre outros atributos e superar o robusto Homem de Neanderthal
Os cães aparecem em pinturas pré-históricas de cavernas, em cenas de caça. Através da Arqueologia, foram encontrados inúmeros objectos com cães como motivos decorativos, tais como cabos de faca entalhados com o desenho de um cão com coleira.
Na Mitologia egípcia do Antigo Egipto, os cães também eram mumificados para a representação de Deuses. Neith, esposa de Rá, é a deusa da caça que abre os caminhos, que tem por animal sagrado o cão.
As diferenças entre as raças de cães já eram aparentes na Antiguidade. No Império Romano, os grupos caninos já tinham as suas características básicas similares às de hoje. Molossos, spitzs, pastores, entre outros já eram selecionados por suas aptidões e estrutura. Foram encontradas placas nas casas de Pompéia, com a inscrição cave canem (cuidado com o cachorro), explicitando que os cães já eram utilizados por aquele povo como guardiões, denotando a sua diversidade funcional.
Desde a Idade Média, a imagem do cão encontrou lugar de destaque nos brasões de grandes famílias e também na heráldica.
Desenvolvimento das raças caninas
Cães tem sido criados em uma variedade de formas, cores e tamanhos tão grande que a variação pode ser ampla mesmo dentro de uma só raça, como acontece com esses Cavalier King Charles Spaniel.Existem mais de 800 raças de cães, reconhecidas por vários clubes em todo o mundo. Muitos cães, especialmente fora dos Estados Unidos da América e da Europa Ocidental, não pertencem a nenhuma raça reconhecida. Há alguns tipos básicos de raça que têm evoluíndo gradualmente seu relacionamento com os seres humanos ao longo dos últimos 10.000 anos ou mais, mas todas as raças modernas são, relativamente, derivações recentes. Muitos destes são o produto de um deliberado processo de seleção artificial. Devido a isto, algumas raças são altamente especializadas, e há extraordinária diversidade morfológica entre diferentes raças. Apesar destas diferenças, os cães são capazes de distinguir cães de outros tipos de animais.
A definição de uma raça canina é uma controvérsia. Dependendo do tamanho da população original de fundadores, raças de pool de genes fechados podem ter problemas de endogamia, especialmente devido ao efeito fundador. Criadores de cães estão cada vez mais conscientes da importância da genética das populações e da manutenção de diversos pool de genes. Algumas organizações definem uma raça mais vagamente, de tal forma que um indivíduo pode ser considerado de uma raça, enquanto 75% da sua filiação é de outra raça.
Um caçador com uma grande matilha de Beagles, uma raça de cães de caça.Vira-lata ou Rafeiros (também chamados de "SRD" - de "Sem Raça Definida") são cães que não pertençam a raças específicas, sendo misturas na variante mais de duas percentagens. Sem raça pura cães e cães são adequadas tanto como companheiros, os animais de estimação, cães de trabalho, ou concorrentes no cão esportes. Às vezes diferentes raças de cães são criadas deliberadamente, a fim de criar inter-raças, como o Cockapoo, uma mistura de Cocker Spaniel e Poodle Miniatura. Esses tipos de cães podem exibir um certo grau de vigor híbrido e de outras características desejáveis, mas podem herdar qualquer uma das características desejadas dos seus pais, tais como o temperamento ou de uma determinada cor ou tipo de pêlo. Sem análises genéticas dos pais, os cruzamentos podem acabar por herdar defeitos genéticos que ocorrem em ambas as raças parentais.
A raça é um grupo de animais que possui um conjunto de características hereditárias que a distingue de outros animais dentro da mesma espécie. Cruzar duas ou mais raças é também uma forma de criação de novas raças, mas é apenas uma raça quando haver descendência de um determinado conjunto de características e qualidades.
Características
Devido a grande variedade de raças existentes as características dos cães são diversas. Um cão pode ter de 1 kg até cerca 70 kg, variando de acordo com a sua raça.[5]
Os sentidos dos cães
Os cães pertencem a família dos canídeos, da qual fazem parte também, os lobos. Esta família de predadores possui sentidos apurados para a captura de presas e para proteção da matilha[6].
Olfato
O nariz super sensível de um cachorro.Os cães possuem trinta vezes mais sensores olfativos que um ser humano. Tal capacidade apurada permite a um cão adestrado/policial, por exemplo, localizar drogas, minas terrestres e pessoas sob escombros.
Audição
O cão é capaz de ouvir sons quatro vezes mais distantes que o homem. O animal é capaz ainda de ouvir ultra-sons que chegam até 60kHz, considerados inaudíveis para o ser humano (que os escutam até 20kHz, por exemplo).
Visão
A visão noturna dos cães é muito mais apurada que a dos humanos. Seu ângulo de visão também é mais amplo, devido a posição de seus olhos, localizados ao lado da cabeça. Os cães, assim como todos os mamíferos não-primatas, são ditos dicromatas e não conseguem enxergar a cor verde e vermelho.
Tamanho
A raças mais altas são o Dogue Alemão e o Irish Wolfhound, cuja estatura varia entre os 90 cm e um metro.
A raça de cão mais pesada é o Mastiff Inglês, que ultrapassa facilmente os 110 kg.
A menor raça de cão-de-guarda é o Pinscher Miniatura.
A menor raça de cães do mundo é o Chihuahua.
Grupos de raças caninas
Ver artigo principal: Anexo:Lista de raças de cães
De acordo com a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), órgão filiado ao FCI (Fédération Cynologique Internationale), existem onze grupos de raças no Brasil:
Pastor AlemãoGrupo 1: Cães pastores e Boiadeiros (exceto Boiadeiros suíços)
Grupo 2: Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses suíços e raças semelhantes
Grupo 3: Terrier
Grupo 4: Dachshunds
Grupo 5': Spitz e cães do tipo primitivo
Grupo 6: Sabujos farejadores e raças semelhantes
Grupo 7: Cães apontadores ou Pointers
Grupo 8: Cães d'água, Levantadores e Retrievers
Grupo 9: Cão de companhia
Grupo 10: Lebréis ou Galgos
Grupo 11': Raças não reconhecidas pela FCI, como American Pit Bull Terrier, Dogue brasileiro, Ovelheiro Gaúcho e o Bulldog Americano, entre outros.
Vira-lata (Brasil), ou rafeiro (Portugal) é a denominação dada aos cães ou gatos sem raça definida, SRD, como são geralmente referenciados em textos veterinários. Geralmente os cães e gatos considerados sem raça definida são mestiços, descendentes de diferentes raças.
Relacionamento com o homem
De todos os animais que conhecemos é o cachorro o que mais se uniu a nós. Sejam príncipes que lhe dão farta comida e leito de plumas, ou mendigos que dormem ao relento e só podem oferecer-lhe uma pequena parte das suas próprias migalhas, idêntica é a sua afeição e dedicação, e com igual amor lambe a mão ornada de jóias e os dedos trêmulos, consumidos de doenças e fome.
Théo Gygas, em "O cão em Nossa Casa"
Um militar estadunidense com um cão durante uma operação em Buhriz, no Iraque.Algumas raças de cão possuem características específicas que os fazem se destacar em algumas tarefas. Para desenvolver mais estas características os cães normalmente são domesticados e adestrados para obedecerem ao dono e para reagir corretamente a determinadas situações. Segue abaixo alguns usos dos cães pelo homem.
Cão-Guia de Cego - um cão adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave, ou auxiliá-los nas tarefas caseiras.
Cão-ouvinte- um tipo específico de cão para assistência, especificamente seleccionado e treinado para ajudar os surdos, ou deficientes auditivos, alertando o seu manipulador de sons importantes, tais como campainhas, alarmes de incêndio, toque de telefones, ou alarme de relógio. Eles também podem trabalhar fora de casa, alertando para sons tais como a sirenes, empilhadores, aproximação de pessoas por trás do surdo, e o chamamento do nome do manipulador.
Cão de guarda - é um cão empregado em guardar ou vigiar contra animais ou pessoas indesejáveis ou inesperadas.
Cão de caça - se refere à qualquer cão que dê assistência à humanos na caça. Tem vários tipos de cães de caça desenvolvidos para muitas tarefas que os caçadores requerem que eles executem. As principais categorias de cão de caça incluem hounds, terriers e perdigueiros. Entre esses existem divisões de acordo com as habilidades que o cão possui.
Cão de companhia - geralmente designa um cão que não trabalha, proporcionando apenas companhia como um animal doméstico, ao invés de fazer tarefas específicas com algum propósito importante.
Cães na cultura humana
Ver artigo principal: Categoria:Cães famosos
Ao longo da história da humanidade, muitos cães vieram a ter destaque por acções heróicas, como exemplo de fidelidade aos donos ou mesmo a fama por figurar nos media. De entre os cães mais famosos, contam-se:
Balto - cão vira-lata (metade husky siberiano, metade lobo), herói no Alasca em 1925;
Barney - scottish terrier de George W. Bush;
Barry - cão são-bernardo, herói nos Alpes suíços de 1800 a 1812, tendo salvado ao longo de sua vida mais de 40 pessoas perdidas na neve; seu corpo está embalsamado em um museu em Berna e Barry foi homenageado com uma estátua em Oslo [1];
Beautiful Joe - mestiço de fox terrier e bull terrier e inspiração para o best seller de mesmo nome;
Blondi - cadela pastor alemão de Adolf Hitler;
Fala - animal de estimação de Franklin Roosevelt;
Laika - cadela rafeira russa, primeiro ser vivo a entrar em órbita espacial.
Marley - Do livro e do filme Marley e Eu;
Moose - cão da raça jack russel terrier, intérprete do personagem Eddie do seriado Frasier;
Pickles - cão que desvendou o desaparecimento da Taça Jules Rimet, na Inglaterra, em 1966;
Snuppy - o primeiro cão clonado
Na mitologia
Cérbero - cão monstruoso, com três cabeças, da mitologia greco-romana.
Fenrir - um enorme lobo negro, filho do deus Loki, na mitologia nórdica.
Skoll - filho de Fenrir, que perseguia o Sol para o destruir. mitologia nórdica.
Hati - filha de Fenrir, que perseguia a Lua para a destruir. mitologia nórdica
Argos - cão de Odisseu, da Odisséia de Homero, foi o único a reconhecer o dono quando esse voltou para casa, depois de ter ficado vinte anos fora, e morreu depois disso. mitologia grega.
Hokou - Gobi - Besta de 5 caldas da mitologia japonesa também aparece no anime/mangá Naruto.
Na ficção
A ficção produziu inúmeros cães, que povoam desde a literatura, até ao cinema passando pela banda desenhada. De entre eles:
101 Dálmatas - filme da Disney de 1996.
Banzé - filhote bagunceiro da Dama e do Vagabundo, do filme de animação da Disney Lady and the Tramp, de 1955;
Bidu - o cão azul da raça schnauzer criado por Maurício de Sousa;
Eddie - cão da raça jack russel terrier, personagem do seriado estadunidense Frasier;
Fá - Cadela da personagem de Sofia Alves na telenovela O Teu Olhar , esta cadela criou grande impacto junto dos telespectadores da mesma novela.A cadela chegou a ser vitima de maus tratos num dos episódios da novela.
Floquinho - cão da raça lhasa apso, criado por Maurício de Sousa;
Fofão - personagem do programa infantil Balão Mágico.
Fofo - o Cérbero cão de Rúbeo Hagrid, da série Harry Potter de J. K. Rowling.
Idéiafix - minúsculo companheiro do Obelix;
Lassie - cadela da raça collie (na verdade um macho) que protagonizava seriado de televisão e estrelou, em 1943, um filme ao lado de Elizabeth Taylor;
Marley - Protagonista do filme e do livro escrito e vivido por Jonh Grogan, Marley & Eu (em inglês Marley & Me) mostra a construção de uma família ao lado do pior cão do mundo, com o maior coração de todos.
Max - Max era o protagonista da série Inspector Max onde resolvia vários misterios.
Milu - cão da raça fox terrier, companheiro de aventuras de Tintim;
Nina - era a cadela inseparável de Clarinha (Filipa Maló Franco) na série Super Pai a cadela era da raça yorkshire terrier e apaixomou os telespectadores da série.
Pelópidas - cão que acompanha os eus donos em várias aventuras e mistérios na série da tvi , O Bando dos Quatro;
Pluto - cão da raça Bloodhound, companheiro de Mickey da Disney;
Rin Tin Tin - cão da raça pastor alemão que estrelou a popular série de televisão dos anos 60, As aventuras de Rin Tin Tin;
Scooby-Doo - personagem de desenho animado representando um cão da raça dinamarquês, criado no ano de 1969 por Iwao Takamoto;
Snoopy - cão da raça beagle, personagem da história em quadrinhos Peanuts, criado por Charles Schulz;
Totó - cão da série fictícia de o Mágico de Oz, do escritor norte-americano, L. Frank Baum, e que popularizou de tal forma este nome que passou praticamente a sinónimo deste animal;
Referências
↑ Dewey, T. e S. Bhagat. 2002. "Canis lupus familiaris", Animal Diversity Web. Página acessada em 6 de janeiro de 2009
↑ Há quanto tempo isso aconteceu? (em português). Infolobo. Página visitada em 2009-03-19.
↑ 3,0 3,1 Mundo Estranho - Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?
↑ Cão Cidadão - Do lobo ao cão doméstico
↑ institutohorus.org.br - Canis familiaris
↑ Os sentidos e curiosidades dos cães
Por que tantas raças diferentes?
A aproximadamente 60 milhões de anos, um pequeno animal vivia em uma parte do mundo, atualmente conhecida como Ásia. Este ancestral de todos os modernos canídeos(cão, chacal, lobos e raposas) era conhecido como Miacis. O Cynodictis, o primeiro canídeo verdadeiro, veio deste pequeno animal, aparecendo há aproximadamente 30 milhões de anos. Esta linhagem dividiu-se em dois ramos, um deles na África e o outro na Eurásia. O ramo da Eurásia foi chamado de Tomarctus e é o progenitor dos lobos, cães e raposas. Há algum tempo, acreditava-se que os lobos e os chacais eram os ancestrais dos cães domésticos, mas hoje sabe-se que lobos e cães tem ancestrais comuns.
Existem várias controvérsias a respeito da domesticação dos lobos, que acredita-se tenha se dado a aproximadamente 100.000 anos atrás. Como nesta era os homens já eram caçadores, eles encontraram uma grande utilidade nestes animais para auxilia-los na caça. Somente há aproximadamente 8.000 anos, os homens mudaram seu estilo de vida, tornando-se mais sedentários e formando comunidades estáveis. Este foi o momento, onde a seleção dos cães para comportamentos e atividades específicas tomaram-se importantes e as "modernas" práticas de seleção começaram a surgir.
O conceito da "raça pura " é relativamente recente. A maioria das raças mais antigas consistia em populações locais de animais similares que eram acasalados com propósitos específicos. Embora havendo algumas exceções, criadores de cães não hesitavam em cruzar cães de um tipo, com animais recém-chegados de outras áreas com tipos físicos distintos, dando origem a animais diferentes.
Nos dias de hoje, existem centenas e centenas de raças diferentes espalhadas pelo mundo e que foram artificialmente criadas pelo homem com objetivos dos mais diversos. O mais impressionante de toda esta seleção, é que apesar das enormes diferenças fenotípicas entre algumas raças, estes animais pertencem a um único gênero e a uma única espécie.
Mutação Genética - O que é e como ela ocorre?
Evolução é, por definição, a mudança e a diversificação que ocorre entre as espécies com o passar do tempo. Assim sendo, quando não existe variabilidade genética, não pode existir evolução. A variabilidade genética é o produto da ocorrência de mutações espontâneas através do processo sexual, gerando novas combinações a cada geração.
Mutações podem ser causadas por urna variedade de mecanismos. Estes "erros" podem ocorrer espontaneamente ou são resultados da exposição a agentes mutagênicos naturais ou feitos pelo homem. Certas substâncias químicas e a exposição a certos tipos de radiação, podem causas danos ao DNA. Quando estes danos não causam a morte da célula, erros na duplicação do DNA alterado podem ocorrer, levando a uma mudança permanente na informação deste código genético (mutação).
Embora existam sistemas no corpo que previnem a ocorrências destes eventos, nenhum sistema é à prova de erros. Eventualmente pode ocorrer uma falha na replicação do DNA, e quando este fato ocorre nas células reprodutivas, a mutação pode passar para a progênie (descendentes).
Sabiamente, erros podem ocorrer em todo o caminho que leva a tradução do RNA mensageiro dentro de uma proteína especifica, mas estes erros não são considerados mutações e também não são herdados.
O que é importante lembrar, é que as mutações são eventos que ocorrem ao acaso relacionados ao potencial de adaptação das espécies. Em outras palavras, estas mutações vão ocorrer independentemente delas terem conseqüências benéficas ou desastrosas para determinada espécie. A maioria destas mutações são prejudiciais e muitas delas acabam levando a morte do indivíduo, não sendo transmitidas às futuras gerações.
Existem várias formas de mutações gênicas, cada uma delas tendo um efeito potencial. É fundamental conhecer este fato, pois muitas das doenças geneticamente transmissíveis, são resultados de uma única e especifica forma de mutação, que resulta em uma falha na reprodução do DNA, ocasionando uma alteração que será transmitida para as sucessivas gerações.
SAIBA MAIS:
BULDOGUE FRANCÊS
PUG
RHODESIAN RIDGEBACK
BULDOGUE INGLÊS
STAFFORDSHIRE BULL TERRIER
BULL TERRIER
AMERICAN STAFFORDSHIRE TERRIER
CHIHUAHUA
OVERBULLY(SUPER BULLY)
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Durante muito tempo, os criadores, entusiastas e profissionais, foram incapazes de resolver os problemas da esterilidade pois, por razões não só inerentes à fisiologia da espécie como também às prioridades dos zootécnicos, a cinologia sofreu um certo atraso neste campo. No entanto, atualmente, o referido atraso foi atenuado graças à prática do esfregaço das células vaginais para determinar o momento da ovulação e inseminação artificial. No que diz respeito a esta última, distingue-se entre a "assistência ao acasalamento", com coleta e utilização direta do esperma do reprodutor para inseminar a cadela, e a inseminação praticada com sêmen congelado. A assistência ao acasalamento, que é o método mais utilizado, é fácil de praticar e tem numerosas indicações. AS INDICAÇÕES DA ASSISTÊNCIA AO ACASALAMENTO...A inseminação artificial em cães é uma ferramenta do melhoramento reprodutivo que aumenta até 90% da taxa de sucesso da fertilização. Animais previamente avaliados são encaminhados para a determinação da data da inseminação. Machos são avaliados através do espermograma, analisando qualidade, mobilidade, concentração e volume do sêmen para ser realizada a inseminação artificial em cães com maior garantia de sucesso. Fêmeas devem fazer a citologia vaginal e dosagem hormonal, verificando o seu período fértil. Obtendo os resultados do espermograma e o período fértil da cadela estando propício é feita a inseminação artificial em cachorros! Respeitamos sempre o padrão da raça e excluímos da reprodução animais com doenças hereditárias, como a Displasia Coxofemoral. Para a inseminação artificial em cachorros pode-se utilizar sêmen fresco, resfriado ou até mesmo congelado. A técnica varia de acordo com o armazenamento deste sêmen. A inseminação artificial em cães evita doenças sexualmente transmissíveis como a brucelose, TVT (tumor venéreo transmissível), acidentes e traumas para os animais. Durante muito tempo, os criadores, entusiastas e profissionais, foram incapazes de resolver os problemas da esterilidade pois, por razões não só inerentes à fisiologia da espécie como também às prioridades dos zootécnicos, a cinologia sofreu um certo atraso neste campo. No entanto, atualmente, o referido atraso foi atenuado graças à prática do esfregaço das células vaginais para determinar o momento da ovulação e inseminação artificial em cães. São duas: a pseudofrigidez e a recusa ao acasalamento. A pseudofrigidez observa-se quando a cadela tem ciclos sexuais normais mas que passam praticamente despercebidos (ciclos "mudos") e são apenas visíveis as lactações de pseudociese (gravidez psicológica). A recusa ao acasalamento pode estar ligada à ausência do libido ou a um "falso cio". Em certos casos é conseqüência de um coito difícil, o que pode ocorrer em diversas circunstâncias: quando o macho é muito jovem, quando a fêmea é dominante (agressiva até) ou, ao contrário, submissa (deita-se no chão ou foge), em caso de má-formação ou de tumor do aparelho genital de ptose (afrouxamento dos Ligamentos e dos músculos) da vagina ou da vulva, e, quando a cadela sofre de artrose vertebral ou coxofemural. ...E AS DA UTILIZAÇÃO DE SÊMEN CONGELADO A totalidade das indicações mencionadas acima são também válidas para este caso. Acrescentam-se, também, as limitações devidas ao afastamento dos interessados (ou à presença de um deles num país onde vigoram medidas de quarentena) e as particularidades da utilização com vistas à seleção (e à conservação do esperma de reprodutores excepcionais). A COLETA DE ESPERMA A eletroejaculação foi abandonada completamente. Além de ser mal suportada pelos animais, o esperma recolhido por este método costuma ser de má qualidade. Atualmente, em outros países utiliza-se um dispositivo simples: um tubo de borracha (que se aquece para evitar um contato muito frio) e um tubo que permite recolher o esperma do doador em boas condições. No Brasil a coleta do esperma é efetuada pela técnica da masturbação, a operação é amplamente facilitada pela presença de uma fêmea no cio. CONSERVAÇÃO DO SÊMEN Depois da coleta, o sémen poderá ser utilizado diretamente (assistência ao acasalamento). Ou manter-se refrigerado num liquido de conservação que pode ser à base de lactose e gema de ovo, em cujo caso o sêmen poderá ser utilizado uma a duas semanas depois. Em nitrogênio líquido, a -1960C, depois de um complexo tratamento, a conservação do esperma em forma de pipetas é quase ilimitada. COLOCAÇÃO DO SÊMEN O sêmen deve ser depositado na porção anterior da vagina, o mais perto possível do colo. Para isso, pode-se utilizar uma simples seringa alongada com um tubo de vidro. Este dispositivo não impede o refluxo do sêmen e, para compensar este inconveniente, deve-se manter a fêmea levantada pelos quartos posteriores durante quinze minutos. Em todo o caso, quando a sonda está colocada, as contrações vaginais fisiológicas facilitam a entrada do sêmen no útero. A utilização de uma sonda, especialmente concebida para a inseminação na espécie canina, provocou uma melhoria sensível desta técnica. Esta sonda tem a particularidade de dispor, na sua extremidade anterior, de um balão inflável que desempenha o papel dos bolbos eréteis do macho, com o qual se evita o refluxo do esperma e se facilita o seu avanço por estimulação das contrações vaginais. A sonda utilizada (dispositivo estéril) apresenta um corpo flexível, que elimina qualquer risco de traumatismo, e um tubo telescópico, terminado numa peça giratória, para depositar o esperma contra o colo do útero sem provocar nenhuma lesão. Atualmente, os especialistas recomendam que se utilize uma sonda mais fina, que permite atravessar o colo e praticar a inseminação intra-uterina. Em geral, os resultados são melhores. A inseminação deverá ser feita duas vezes, em intervalos de quarenta e oito horas, sempre que isso for possível, independente do método utilizado (assistência ao acasalamento ou utilização de esperma congelado). Com o sêmen congelado utilizam-se cinco pepitas de 1 milímetro cada uma por vez (cada ejaculação permite armazenar trinta doses, ou seja, o valor de três inseminações). Lembramos que o sucesso da operação está ligado, em grande parte, à escolha da data da intervenção, a qual deverá ocorrer o mais próximo possível da ovulação. Para isso é indispensável a aplicação da técnica do esfregaço das células vaginais. O EXAME DO ESPERMA Antes de se proceder à inseminação, deve-se examinar o esperma para controlar sua qualidade. Assim, pode-se verificar no microscópio várias características inclusive de espermatozóides anormais, que não devem representar mais de 15% do total. De qualquer forma, o semên deve apresentar um mínimo de 75% de espermatozóides móveis.
GENÉTICA APLICADA À CRIAÇÃO DE CÃES
INTRODUÇÃO À GENÉTICA
Genética é a Ciência que estuda como se transmitem os caracteres físicos, bioquímicos e de comportamento de pais para filhos. Inicialmente foi desenvolvida pelo monge austríaco Gregor Mendel, que trabalhou com a planta da ervilha, descrevendo os padrões da herança em função de sete pares de traços contrastantes que apareciam em sete variedades diferentes dessa planta.
O trabalho de Mendel foi publicado em 1866, mas na prática foi ignorado até que em 1900 outros cientistas perceberam que os padrões hereditários que ele havia descrito eram comparáveis à acção dos cromossomos nas células em divisão, e sugeriram que as unidades mendelianas de herança, os genes, se localizavam nos cromossomos, os quais variam em forma e tamanho e em geral apresentam-se em pares.Actualmente, sabe-se que cada cromossomo contém muitos genes, e que cada gene se localiza numa posição específica, o locus, no cromossomo. A metade destes cromossomos procede de um progenitor e a outra metade do outro. Quando as duas metades são idênticas, diz-se que o indivíduo é homozigótico para aquele gene particular. Quando são diferentes, ou seja, quando cada progenitor contribuiu com uma forma diferente, ou alelo, do mesmo gene, diz-se que o indivíduo é heterozigótico para o gene.Ambos os alelos estão contidos no material genético do indivíduo, mas se um é dominante, apenas este se manifesta. No entanto, como demonstrou Mendel, a característica recessiva pode voltar a manifestar-se em gerações posteriores, desde que, em indivíduos homozigóticos para seus alelos.
GENÉTICA APLICADA À CRIAÇÃO DE CÃES
As leis da hereditariedade são as mesmas para todos os organismos vivos. A experiência nos mostra que, para se conseguir progresso numa raça de animais, é essencial a selecção correcta dos acasalamentos. O objectivo é produzir a uniformidade das qualidades que estão presentes nos melhores exemplares. Significa que temos o objectivo de criar animais não apenas perfeitos em si mesmos, mas com tendências hereditárias a reproduzir sua própria perfeição, de modo que, por meio de uma selecção criteriosa de acasalamentos, possamos alcançar a excelência universal. E isto é mais importante do que a perfeição individual.
- Um bom filhote ocasional numa ninhada não significa que o pai ou a mãe sejam reprodutores de valor.
- Uma ninhada com cinco exemplares “muito bons” é bem mais valiosa do que aquela que apresenta apenas um “excelente” e os demais medíocres.
Vale lembrar também que o fenótipo ( aparência externa ) nem sempre corresponde ao genótipo (material genético) do animal. Um cão pode apresentar excelentes qualidades, mas devido à heterozigosidade ele pode também transmitir defeitos à sua prole.
Outros factores que não podem ser esquecidos são:
- ambiente externo (alojamentos, higiene, área de exercícios, vacinação, nutrição, etc.);
- ambiente interno (efeitos maternos).
Um filhote proveniente de excelentes exemplares pode vir a pertencer a alguém que não lhe proporcione condições de desenvolver o seu potencial hereditário, mas isto não alterará o seu patrimônio genético.
Frise-se que a genética não está apenas a serviço dos puristas. Todos os criadores se devem preocupar em conhecer, ao menos, os fundamentos da hereditariedade, para não introduzirem na criação, animais que possam transmitir características indesejáveis. O trabalho dos puristas não deve, no entanto, ser desprezado, uma vez que é graças a eles que existem as raças “puras” de cães que hoje conhecemos.
A expressão “raça pura” é discutível, pois a grande maioria das raças caninas conhecidas são resultantes de diversos cruzamentos. Donde se conclui serem “puras por cruza” e não “puras por origem”.
A maior parte das raças de cães nasceram das necessidades do homem, tais como: segurança, pastoreio, caça, ou mesmo companhia.
Nesta linha de pensamento, podemos citar o esplêndido trabalho, iniciado em 1875, por Karl Friedrich Louis Dobermann, um simples cobrador de impostos, e por feliz coincidência, encarregado de recolher animais abandonados.
Dobermann necessitava de um cão capaz de protegê-lo de assaltantes em suas viagens solitárias, como cobrador de impostos. Os primeiros cães que ele conseguiu criar eram singularmente feios, peludos e com cabeças grosseiras, sem qualquer traço da elegância dos actuais exemplares outrora idealizados. No entanto, sua coragem já era a toda prova, e pela região de Apolda, onde vivia Karl Dobermann, seus cães eram notados e reconhecidos como “os cães de Dobermann”; porém, o criador não viveu para ver os cães que idealizara dezanove anos antes de morrer, em 1894.
Entretanto, a criação sobreviveu ao criador, porque entusiastas desenvolveram a obra de Dobermann, até chegar aos cães por ele sonhados: elegantes, ágeis, corajosos e absolutamente leais. A coroação ocorreu em 1923, quando um cão da raça DOBERMANN sagrou-se Campeão em um torneio na Alemanha.
Vimos acima que em menos de cinquenta ( 50 ) anos após nascer a ideia, o objectivo foi alcançado. O trabalho de um mero cobrador de impostos, baseado apenas em fenótipo, e sem nenhum conhecimento das Leis de Mendel, obteve êxito. O que abre um campo ilimitado de possibilidades, usando a ciência cada vez mais evoluída, que nos permite até mesmo o mapeamento de genes. Temos agora a possibilidade de criar novas raças em menor espaço de tempo.
Talvez até possamos indagar sobre o que não pode ser criado !
OS DOZE ´MANDAMENTOS` DA HEREDITARIEDADE
I - Não existem atalhos para o melhoramento da raça. O melhoramento só pode ser conseguido através de cuidadosa selecção. A criação selectiva é o arcabouço de um programa vitorioso.
II - Extraem-se dos filhotes menos de 50% do que os pais podem oferecer. O aproveitamento do material genético herdado dos pais varia de acordo com a penetrância de cada gene.
III - Cautela ao interpretar a ocorrência casual de um facto. Neste caso devemos nos lembrar que há genes mímicos e genes epistáticos, que podem promover resultados inesperados num acasalamento, entretanto, esses resultados não definem o património genético de cada animal.
IV - Itens complexos são determinados por inúmeros genes. Muitas das características são quantitativas, quer dizer, são determinadas por muitos pares de genes.
V - Não existe raça de cão que se reproduza sem variações. Isto se deve à segregação independente. Genes independentes podem ser encontrados numa raça e não constatados em outra.
VI - Condições ambientais catalizam ou suavizam tendências genéticas.
VII - A pouca utilização do inbreeding se deve a interesses comerciais. Os criadores que utilizam o inbreeding estão praticando melhoramento visando eliminar ou fixar uma característica; criadores “comerciais” não se interessam por melhoramento.
VIII - Acasalamento de irmão com irmã produz queda na vitalidade dos filhotes. Estes acasalamentos promovem maior degeneração de inbreeding. Os registros mostram que são muito contraditórios os resultados comunicados por criadores que tentaram acasalar irmão com irmã, com o intuito de fixar boas características em seu plantel. Verificar-se-á que este tipo de acasalamento tem como consequência um decréscimo na vitalidade e robustez dos filhotes nascidos.
IX - Os maiores efeitos do inbreeding ocorrem nas primeiras gerações. Um grupo de pesquisadores calculou os índices teóricos do aumento de similitude a cada continuação de acasalamento entre irmãos. Os cálculos mais confiáveis indicam que a redução na proporção de pares genéticos não semelhantes foi de aproximadamente 19,l% por geração depois da primeira, na qual a redução foi de 25%. Os índices são tão rápidos, que após dez gerações de acasalamentos entre irmãos, a partir de espécimes com 50% de semelhança, cerca de 94% de pares de genes são iguais. Assim, o inbreeding apresenta seus maiores efeitos durante as primeiras gerações e relativamente pouco efeito além da décima ou décima-segunda geração.
X - O inbreeding nada cria de novo, mas apenas intensifica o que já existia. O inbreeding encontra a sua melhor utilização na fixação de características. O inbreeding pode transformar genótipo e fenótipo num denominador comum.
XI - O teste de progênie é a única prova válida da prepotência de um cão. Aqui entra de novo o acasalamento com consanguinidade, pois quanto mais “fechada” for a consanguinidade do cão ou da cadela, maiores serão as chances de um ou de outro ser dominante, em contraposição a um cão ou uma cadela que não tenha consanguinidade “fechada”. Ao seleccionar um padreador para complementar os atributos da cadela é importante levar em séria consideração também as qualidades dos seus pais. Isto tudo só poderá ser observado na progênie.
XII - Acasalamentos sonhados podem dar filhotes decepcionantes; a cadela reprodutora pode ou não transmitir as qualidades que ela mesma possui, o mesmo podendo ocorrer com o macho.
HERANÇA
Embora difundida, é errada a opinião de que defeitos opostos se equilibram no sentido hereditário. É completamente impensável que uma garupa curta e caída poderia ser equilibrada, ou melhorada, por uma longa e plana no outro par do casal; como também é completamente impossível que posteriores superangulados possam ser melhorados pela falta de angulação.
A única solução para chegar ao equilíbrio é somente o correcto. Para uma garupa faltosa, uma garupa correcta; para a má angulação, somente uma angulação correcta. No sentido deste trabalho, devo chamar a atenção de que os antepassados do animal devem melhorar as faltas de outro, devendo ser correctos em relação a esta falta.
Para eliminar faltas deve-se usar, para criação, animais que não sejam portadores da respectiva falta, nem em seus antepassados; deve-se procurar pela selecção apropriada e criar animais com hereditariedade limpa.
herança citoplasmática - Com relação ao mecanismo de hereditariedade, devemos argumentar que as células, a grosso modo, se compõem de um núcleo e de plasma. Os espermatozóides são praticamente só um núcleo movimentado pela cauda, que se parte logo após o núcleo penetrar no óvulo. O óvulo fornece a maior parte do material de construção para as células que se formam por divisão. Núcleo e plasma formam uma unidade funcional, e não se pode negar que o plasma tem uma grande influência sobre o ser que está em formação. Por isso, a herança citoplasmática também é chamada de herança materna.
herança de factores múltiplos - O que acreditamos ser uma característica simples (pernas, pés, cauda, etc.) é frequentemente influenciada no seu desenvolvimento por um grande número de diferentes genes, e não relacionados, capazes de selecção independente. É extremamente difícil determinar os vários genes que influenciam uma determinada característica, e definir o efeito específico que podem ter naquela característica. Alguns genes determinam uma influência directa e completa no desenvolvimento de uma característica (genes dominantes). Outros desempenham um papel parcial, sendo neutralizados de certa forma pela acção do membro oposto no par ao qual pertencem (genes incompletos). Outros genes são completamente mascarados e não apresentam nenhuma actuação, a não ser que tais genes sejam ambos membros de um determinado par (genes recessivos). Temos ainda que a combinação de actuação de genes múltiplos com factores ambientais é antes a regra do que a excepção, em características como: complemento do corpo, altura, peso, desenvolvimento da cabeça e do focinho, dentição, formato e tamanho dos pés, desenvolvimento muscular e ósseo, e as tão faladas “faltas”, como ombros caídos, costelas sem curvatura, jarretes de vaca, jarretes fracos e pés espalmados. Exemplificando, podemos citar o facto de que chegou-se à conclusão de que o tamanho do corpo depende de certos genes, que actuam sobre todos os tecidos, e de outros que influenciam certas regiões: pernas, pescoço ou cauda. A dieta, exercícios e outras influências ambientais determinam, de certa forma, o grau com que os genes podem estimular ou produzir o crescimento dos diferentes tecidos, órgãos e partes do corpo.
herança bilateral - É assim chamada a herança em que a progênie apresenta as características dos pais “fundidas”. Isto pode gerar animais sem harmonia. Neste caso, devemos observar não apenas a qualidade dos pais, mas também a da progênie; óptimos cães podem produzir filhotes medíocres, sem ser devido à heterozigosidade, quer dizer, os genes transmitidos são desejáveis isoladamente, mas em conjunto podem provocar fenótipos indesejáveis. Como exemplo podemos ter dois cães: a fêmea com excelente temperamento e uma conformação física dentro dos padrões, e o macho com temperamento razoável e excelente estrutura, mas os filhotes podem apresentar temperamento instável e sua estrutura pode ser alterada para má, caso tenhamos a acção de genes mímicos.
herança atávica - Quando o produto de um determinado acasalamento apresenta um animal diferente de ancestrais mais próximos, reproduzindo características de ancestrais distantes.
herança homócroma - Uma determinada característica manifesta-se na mesma idade em que se manifestou em um dos pais. Na espécie humana, temos a calvície masculina, e nos cães podemos citar a maturidade sexual.
herança reinvertida - O animal se parece com um dos pais quando jovem e apresenta o fenótipo do outro na idade adulta.
herança correlativa - Duas ou mais características transmitem-se juntas. Muitos atributos de conformação são correlativos com funções. Esta herança também pode ser chamada de pleiotropia. Exemplo: determinadas raças de cães têm os olhos azuis, associados a deficiência auditiva.
herança de caracteres adquiridos - Neste caso, os múltiplos factores genéticos, dos quais depende toda a constituição do animal, se desenvolvem mais ou menos segundo as influências externas a que são submetidos. O que um indivíduo é resulta da interação do meio e da bagagem hereditária. Quer dizer, os genes determinam o que o animal poderá vir a ser, e não o que ele deveria ser.
DOMINÂNCIA
Dominância é quando um alelo A se expressa fenotipicamente anulando o efeito do alelo a ; neste caso, A é o dominante, e a é recessivo. Assim sendo, o fenótipo do alelo A é dominante, e indivíduos AA e Aa são fenotipicamente semelhantes. Na condição heterozigota (Aa), o alelo a está completamente mascarado, mas na condição homozigota do recessivo (aa) não encontramos a expressão fenotípica do alelo A.
Vimos acima a herança de uma simples característica, agora abordaremos a herança de duas características simultaneamente.
O cão da raça Cocker Spaniel Inglês possui gene dominante B para a cor preta, e um gene recessivo b para a cor dourada, e possui também um gene T para animais altos, além de um gene recessivo t para animais baixos.
DOMINÂNCIA INCOMPLETA
Muitos pares de genes são completamente dominantes ou recessivos um ao outro. Assim temos que os homozigotos dominantes ou heterozigotos são indistinguíveis na aparência. Em certos casos, porém, os heterozigotos são fenotipicamente diferentes de cada homozigoto. Genes assim são os que caracterizam dominância incompleta.
Um exemplo é o gene M para a cor merle na raça Collie. O homozigoto MM é quase todo branco, tem olhos azuis e é comumente surdo, enquanto o heterozigoto Mm tem marcas brancas na cabeça e ombros, e pigmentação diluída. Já o gene recessivo m tem a pigmentação completamente normal. Assim sendo, no acasalamento entre dois heterozigotos Mm teremos:
com apenas 25% de chances de nascerem filhotes com pigmentação normal (mm).
PLEIOTROPIA
Por definição, pleiotropia é o efeito múltiplo de um só gene. Exemplificando, temos a surdez congénita que está associada a alterações da pigmentação, tais como cor branca e olhos azuis. Já foi sugerido um padrão hereditário para cães das raças: Setter Inglês, Old English Sheepdog, Collie, Cocker Spaniel Inglês, Dálmata, Bull Terrier, entre outros.
GENES MÍMICOS
Ocorrência comum para dois ou mais genes, independentemente da herança, eles podem exibir fenótipos similares ou idênticos.
Esta classe de efeitos, não é apenas coincidência, mas sim devida ao facto de que a expressão de uma característica, por exemplo a cor, pode ser controlada por diversos genes, e qualquer um pode sofrer mutação, produzindo efeitos finais similares.
Exemplo: Dois cães da raça Cocker Spaniel Inglês, de cor dourada, procriam filhotes pretos; retirando um equívoco ou erro no cruzamento, temos a definição de que dois genes mutantes produziram fenótipo para a cor dourada em um ou ambos os progenitores, cuja cor seria, na realidade, negra, não fosse pelo efeito do gene mutante.
PENETRÂNCIA E EXPRESSIVIDADE
Considerando a complexidade de vias pelas quais alguns genes exercem o seu efeito no fenótipo, os efeitos de genes reguladores na expressão de muitos genes, e as interacções ocasionalmente complexas entre factores ambientais, genes reguladores e vias de expressão gênica, não é surpreendente que os efeitos fenotípicos de alguns genes sejam variáveis.
Os dois termos, expressividade e penetrância, são usados frequentemente na discussão sobre a variabilidade dos efeitos de genes específicos no fenótipo. Quando o grau de expressão fenotípica varia de indivíduo para indivíduo, diz-se que o gene tem expressividade variável. Quando a variabilidade na expressividade de um dado gene é tal que a presença do gene nem sempre resulta em um efeito fenotípico detectável, diz-se que o gene tem penetrância incompleta.
Evidentemente a penetrância incompleta é meramente uma extensão de expressividade variável de genes, onde os efeitos no fenótipo são tão pequenos que não podem ser detectados.
A penetrância pode alterar os fenótipos de genes normais ou mutantes, mas aparentemente o gene mutante é o mais afectado pelas variações na expressividade.
Alguns fenótipos mutantes são relativamente constantes, enquanto outros variam consideravelmente.
Como exemplo, temos a formação da cor preta, onde a variação observada é na intensidade em que a cor se apresenta. Temos também o padrão tan, que ocorre nas raças Dobermann, Rotweiller e Pinscher, cuja intensidade é variável, podendo se apresentar na face do animal ou na barriga, mas sempre temos este padrão nas patas e no peito do cão, embora seja facto que nasçam cães inteiramente negros, podendo ou não apresentar o padrão tan durante o crescimento. Estes animais podem ser filhos de cães com excelente marcação, e o nome deste evento é impenetrância.
Por sorte, a impenetrância não é um factor importante na herança de cores. A expressão de um gene pode variar, mas a penetrância é normalmente cem por cento.
EXPRESSÃO LIMITADA PELO SEXO
Um sexo pode ser uniforme na expressão de uma característica específica, e ainda transferir os genes que produzem um fenótipo diferente na descendência do outro sexo. Os hormónios sexuais aparentemente são factores limitantes na expressão de alguns genes. Existem mais factores básicos envolvidos nas características limitadas pelo sexo. A produção de leite nos mamíferos é limitada pelo sexo.
Há genes promotores de alta fecundidade, leite abundante e nutritivo, e habilidade materna. Estas são heranças de genes comuns a ambos os sexos, embora eles possam se expressar apenas nas fêmeas. A cadela pode ser deficiente de um desses factores, devido a causas genéticas, entretanto, ela irá transmitir tal falha a todos os seus filhotes machos e fêmeas.
ANOMALIAS CONGÉNITAS
O genoma (DNA) de um cão está contido em seus setenta e oito (78) cromossomos, trinta e nove (39) herdados de seu pai, e trinta e nove (39) herdados de sua mãe. Assim, cada indivíduo tem dois genes responsáveis pela mesma característica, um recebido de sua mãe, e o outro de seu pai.
Se um dos genes de um determinado par for modificado por mutação, o indivíduo terá, naquele par, genes diferentes, um normal e o outro alterado. Em algumas doenças, este único gene alterado pode causar sintomas clínicos.
PRINCIPAIS ANOMALIAS CONGÉNITAS
Astenia cutânea ou dermatosparaxia - compreende um grupo de desordens hereditárias do tecido conjuntivo cutâneo, no qual o animal apresenta pele frouxa, hiperextensível e anormalmente frágil, em que o mais leve arranhão resulta em lacerações graves. Esta doença é determinada por um gene autossômico dominante; neste caso, 50% dos descendentes do indivíduo afectado correm o risco de serem também afectados.
surdez congênita - está frequentemente associada a alterações de pigmentação, tais como cor branca e olhos azuis. É determinada por um gene autossômico dominante.
monorquidismo e criptorquidismo - ausência de um dos testículos ou de ambos. Anomalias que podem ser apenas temporárias, e corrigíveis através de tratamento hormonal, que em não surtindo efeito, comprova a anomalia congênita. Provém de factores recessivos.
doença de Christmas - também conhecida como hemofilia tipo B. Causada por uma deficiência ligada ao sexo. A maioria dos animais sintomáticos são machos, e pode atingir cães e gatos.
síndrome de von Willebrand - a doença é transmitida de modo autossômico. O factor von Willebrand é necessário para aderência plaquetária. Assim, quando ele fica 25% abaixo do normal, pode ocorrer hemorragia espontânea, mas felizmente trata-se de uma ocorrência muito incomum.
displasia coxo-femural - é causada por um gene recessivo e intermitente, ou seja, pode ser suprimida em uma ou mais gerações. Nesta doença ocorre uma sub-luxação da articulação coxo-femural, devida à instabilidade dessa articulação, porque o acetábulo não tem profundidade suficiente para acomodar correctamente a cabeça do fêmur. A doença, bastante dolorosa, evolui para a degeneração da articulação.
atrofia progressiva da retina - o gene mutante responsável por este mal está localizado no cromossomo X. As fêmeas, que têm dois destes genes mutantes, são afectadas, mas, as que têm apenas um são clinicamente normais, porém, poderão transmiti-lo a 50% de seus filhos. Como os machos têm apenas um cromossomo X, se eles não apresentarem o gene anormal, a doença não se desenvolve.
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