Durante muito tempo, os criadores, entusiastas e profissionais, foram incapazes de resolver os problemas da esterilidade pois, por razões não só inerentes à fisiologia da espécie como também às prioridades dos zootécnicos, a cinologia sofreu um certo atraso neste campo. No entanto, atualmente, o referido atraso foi atenuado graças à prática do esfregaço das células vaginais para determinar o momento da ovulação e inseminação artificial. No que diz respeito a esta última, distingue-se entre a "assistência ao acasalamento", com coleta e utilização direta do esperma do reprodutor para inseminar a cadela, e a inseminação praticada com sêmen congelado. A assistência ao acasalamento, que é o método mais utilizado, é fácil de praticar e tem numerosas indicações. AS INDICAÇÕES DA ASSISTÊNCIA AO ACASALAMENTO...A inseminação artificial em cães é uma ferramenta do melhoramento reprodutivo que aumenta até 90% da taxa de sucesso da fertilização. Animais previamente avaliados são encaminhados para a determinação da data da inseminação. Machos são avaliados através do espermograma, analisando qualidade, mobilidade, concentração e volume do sêmen para ser realizada a inseminação artificial em cães com maior garantia de sucesso. Fêmeas devem fazer a citologia vaginal e dosagem hormonal, verificando o seu período fértil. Obtendo os resultados do espermograma e o período fértil da cadela estando propício é feita a inseminação artificial em cachorros! Respeitamos sempre o padrão da raça e excluímos da reprodução animais com doenças hereditárias, como a Displasia Coxofemoral. Para a inseminação artificial em cachorros pode-se utilizar sêmen fresco, resfriado ou até mesmo congelado. A técnica varia de acordo com o armazenamento deste sêmen. A inseminação artificial em cães evita doenças sexualmente transmissíveis como a brucelose, TVT (tumor venéreo transmissível), acidentes e traumas para os animais. Durante muito tempo, os criadores, entusiastas e profissionais, foram incapazes de resolver os problemas da esterilidade pois, por razões não só inerentes à fisiologia da espécie como também às prioridades dos zootécnicos, a cinologia sofreu um certo atraso neste campo. No entanto, atualmente, o referido atraso foi atenuado graças à prática do esfregaço das células vaginais para determinar o momento da ovulação e inseminação artificial em cães. São duas: a pseudofrigidez e a recusa ao acasalamento. A pseudofrigidez observa-se quando a cadela tem ciclos sexuais normais mas que passam praticamente despercebidos (ciclos "mudos") e são apenas visíveis as lactações de pseudociese (gravidez psicológica). A recusa ao acasalamento pode estar ligada à ausência do libido ou a um "falso cio". Em certos casos é conseqüência de um coito difícil, o que pode ocorrer em diversas circunstâncias: quando o macho é muito jovem, quando a fêmea é dominante (agressiva até) ou, ao contrário, submissa (deita-se no chão ou foge), em caso de má-formação ou de tumor do aparelho genital de ptose (afrouxamento dos Ligamentos e dos músculos) da vagina ou da vulva, e, quando a cadela sofre de artrose vertebral ou coxofemural. ...E AS DA UTILIZAÇÃO DE SÊMEN CONGELADO A totalidade das indicações mencionadas acima são também válidas para este caso. Acrescentam-se, também, as limitações devidas ao afastamento dos interessados (ou à presença de um deles num país onde vigoram medidas de quarentena) e as particularidades da utilização com vistas à seleção (e à conservação do esperma de reprodutores excepcionais). A COLETA DE ESPERMA A eletroejaculação foi abandonada completamente. Além de ser mal suportada pelos animais, o esperma recolhido por este método costuma ser de má qualidade. Atualmente, em outros países utiliza-se um dispositivo simples: um tubo de borracha (que se aquece para evitar um contato muito frio) e um tubo que permite recolher o esperma do doador em boas condições. No Brasil a coleta do esperma é efetuada pela técnica da masturbação, a operação é amplamente facilitada pela presença de uma fêmea no cio. CONSERVAÇÃO DO SÊMEN Depois da coleta, o sémen poderá ser utilizado diretamente (assistência ao acasalamento). Ou manter-se refrigerado num liquido de conservação que pode ser à base de lactose e gema de ovo, em cujo caso o sêmen poderá ser utilizado uma a duas semanas depois. Em nitrogênio líquido, a -1960C, depois de um complexo tratamento, a conservação do esperma em forma de pipetas é quase ilimitada. COLOCAÇÃO DO SÊMEN O sêmen deve ser depositado na porção anterior da vagina, o mais perto possível do colo. Para isso, pode-se utilizar uma simples seringa alongada com um tubo de vidro. Este dispositivo não impede o refluxo do sêmen e, para compensar este inconveniente, deve-se manter a fêmea levantada pelos quartos posteriores durante quinze minutos. Em todo o caso, quando a sonda está colocada, as contrações vaginais fisiológicas facilitam a entrada do sêmen no útero. A utilização de uma sonda, especialmente concebida para a inseminação na espécie canina, provocou uma melhoria sensível desta técnica. Esta sonda tem a particularidade de dispor, na sua extremidade anterior, de um balão inflável que desempenha o papel dos bolbos eréteis do macho, com o qual se evita o refluxo do esperma e se facilita o seu avanço por estimulação das contrações vaginais. A sonda utilizada (dispositivo estéril) apresenta um corpo flexível, que elimina qualquer risco de traumatismo, e um tubo telescópico, terminado numa peça giratória, para depositar o esperma contra o colo do útero sem provocar nenhuma lesão. Atualmente, os especialistas recomendam que se utilize uma sonda mais fina, que permite atravessar o colo e praticar a inseminação intra-uterina. Em geral, os resultados são melhores. A inseminação deverá ser feita duas vezes, em intervalos de quarenta e oito horas, sempre que isso for possível, independente do método utilizado (assistência ao acasalamento ou utilização de esperma congelado). Com o sêmen congelado utilizam-se cinco pepitas de 1 milímetro cada uma por vez (cada ejaculação permite armazenar trinta doses, ou seja, o valor de três inseminações). Lembramos que o sucesso da operação está ligado, em grande parte, à escolha da data da intervenção, a qual deverá ocorrer o mais próximo possível da ovulação. Para isso é indispensável a aplicação da técnica do esfregaço das células vaginais. O EXAME DO ESPERMA Antes de se proceder à inseminação, deve-se examinar o esperma para controlar sua qualidade. Assim, pode-se verificar no microscópio várias características inclusive de espermatozóides anormais, que não devem representar mais de 15% do total. De qualquer forma, o semên deve apresentar um mínimo de 75% de espermatozóides móveis.