Divulgação médico veterinária. Noticias, artigos, fotos, imagens, vídeos, Petclube é o melhor site que vende cães bulldog, pug, rhodesian ridgeback, frenchie bulldog, chihuahua, buldogue campeiro, olde english bulldogge, pitmonster, gatos ragdoll, maine coon , bengal, exotico, persa, com anúncios de divulgação de filhotes de cachorros e gatinhos munchkin toy raríssimos para todo Brasil
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Compromisso com a qualidade PETCLUBE-Amichetti
Cães do Canil Amichetti e Amicat´s possuem exame PCR negativo para Ehrlichia sp, Babesia sp; Brucela sp, resultado obtido pela técnica Polimerase Chain Reaction ( PCR), baseada na amplificação de segmentos específicos de DNA, apresentando 100% de especificidade e 99,99% de confiabilidade.
Nossos animais são doadores de sangue, é uma das formas de auxiliarmos nossos amigos peludos de precisam de transfusão e fazemos parte de um programa de bons amigos da população estipulado pela ONG IPC International com ética e transparência no Bem, fazendo parte do Sêlo Verde na Cinofilia e Gatofilia.
Exames foram realizados pelo VETPAT-PROGE (biotecnologia) -Patologia e Biologia Molecular Veterinária e também usamos o Genoa para situações que se façam necessárias.
PETCLUBE criando Amigos Fiéis
Amichettibullys & AMICAT´S Bengal Maine Coon Ragdoll Exótico
Villa Amichetti- Paraíso Ecológico- uma forma sustentável de ConViver.
Rod. Régis Bittencourt, km 334, apenas 40 min. de SP-Juquitiba .
Agende uma agradável visita para adquirir seu filhote e faça belo passeio no santuário ecológico com a Mata Atlântica preservada.
Alimentação Natural
Alimentar o seu cachorro com comida crua faz Bem?
A maioria das pessoas alimenta os seus cachorros com a chamada comida própria para cachorro, que consiste num alimento de formato granulado composto por derivados de ingredientes como a carne, cereais e vegetais. Esta é a forma de alimentação mais recorrente no mundo canino, pois é, também a mais prática, assim como a mais barata, em muitos casos. Mas, até que ponto será ela a mais indicada para o seu animal?
A qualidade dos granulados que fornecemos ao nosso cachorro dependerá, como é óbvio, da marca dos mesmos, pois há empresas, nomeadamente as premium, que oferecem uma oferta nutricional bem mais cuidada do que outras, por vezes mais baratas. No entanto, há uma coisa que todas essas marcas têm em comum: Os seus produtos são apenas derivados dos alimentos que anunciam. Como já todos devem saber, e quer gostem quer não, nada supera a qualidade do ingrediente original, e os derivados são apenas isso mesmo: derivados. A comida que vocês compram para os vossos cachorros, que é anunciada como sendo “de carne de vaca”, certamente que não é mesmo carne de vaca, nem sequer substitui o que o seu animal retiraria da ingestão de um verdadeiro naco de carne.
Porquê alimentos crus? Os alimentos crus são a única forma do seu cão absorver todos os nutrientes que, originalmente, correspondem a esses mesmos alimentos, e que tão vitais são na manutenção da saúde dos cachorros. Os alimentos que são vendidos como sendo comida para cachorros, são alimentos que sofreram inúmeras transformações, durante o seu processo de confecção e, por isso, são incapazes de substituir os valores nutricionais da carne e dos legumes, o que, a médio/longo prazo, contribuirá para uma possível saúde mais debilitada, por parte do seu cachorro.
Forneceram uma refeição crua aos seus cachorros, uma vez por dia, pode beneficiar imensamente o seu sistema imunitário, fazendo com que se tornem menos vulneráveis a determinadas doenças, e ganhem uma energia incomparável. Para a confecção destas refeições cruas, só têm de usar de usar um pouco de criatividade e bom senso, e tentar fazer uma mistura o mais diversificada possível dos alimentos: Legumes crus + um pouco de carne crua + algumas frutas, pode ser tudo o que o seu cachorro precisa para aumentar as suas probabilidades de ter uma vida mais longe e mais saudável.
Antes de iniciarem este novo processo de alimentação, é importante que consultem um veterinário, de forma a aconselharem-se sobre possíveis restrições alimentares, que possam estar relacionadas com a raça do cachorro, ou com o seu estado de saúde.
Raças Alimentadas Naturalmente ha decadas nos EUA e Leste Europeu com enorme êxito:
Chow Chow
Pode-se dizer que, assim como os Huskys, estes cães possuem um temperamento muito típico, que mais se assemelha ao de um gato do que propriamente ao de um cachorro “normal”. O Chow Chow é um cão muito dependente, que não tem por hábito dar grandes demonstrações de afecto. Com um ar ligeiramente apático, o Chow Chow pode, facilmente, passar aos menos informados uma imagem pouco amigável de si mesmo, que mais não é do que uma característica inata da raça. Ao contrário da maioria dos cachorros, e em semelhança com a maioria dos gatos, esta raça não costuma demonstrar grande dependência do seu dono, sendo um cão que adora estar por sua conta.
O Chow Chow pode ser usado tanto para cão de companhia, como para cão de guarda, e também como cão de trabalho. Apesar do seu aspecto não muito ameaçador, o chow chow pode ser um cão de guarda muito activo e dedicado, com um temperamento muito forte e sempre atento àquilo que o rodeia.
Altura: 45-55cm
Peso: 20-30kg
Longevidade: 15 anos
Dálmata
Pela frequente associação com a famosa série da Disney “Os 101 Dálmatas”, esta raça de cachorros, rapidamente se tornou numa das favoritas dos mais pequenos. E com razão, pois o Dálmata é um excelente cão de companhia, e altamente recomendável a quem quer um cão que consiga enquadrar-se da melhor forma num típico ambiente familiar.
Apesar da ausência de certezas, pensa-se que este cão teve a sua origem na croácia, onde era commumente adoptado como raça de companhia e guarda daquelas que eram as classes nobres da época.
O Dálmata é principalmente caracterizado pelo seu padrão manchado, que faz desta uma raça inconfundível, e cujo os pormenores estéticos são bastante apreciados. Não sendo excessivamente grande, o Dálmata é um animal que se adapta bem à vida num apartamento.
Apesar de poder ser um pouco desconfiado com desconhecidos, o Dálmata é, a nível geral, um cão amistoso, sendo maioritariamente utilizado como cão de companhia. Apesar disso, o seu feitio desconfiado também lhe confere boas aptidões para a exercício de actividades de guarda.
Altura: 54-61 cm
Peso: 24 -32 kg
Longevidade: Cerca de 12 anos
Fox Terrier
Originário da Grã-Bretanha, o Fox Terrier é muito conhecido por, durante o Séc. XIX ter sido muito utilizado na exterminação de ratos. Como exímio caçador que era, para além da perseguição a ratos, o Fox Terrier também marcou uma forte presença no mundo da caça à Raposa, devido ao seu tamanho e espectacular agilidade, o que lhe permitia infiltrar-se nas tocas das raposas, de forma a obrigá-las a sair de lá.
O Fox Terrier é um verdadeiro amante da brincadeira, cujo a energia, por vezes, se torna difícil de acompanhar. É um verdadeiro cão de família, extremamente sociável, que não suporta estar só. Devido à sua imprevisibilidade e energia descontrolada, o Fox Terrier pode não ser o mais indicado para crianças muito pequenas, havendo uma boa possibilidade de se magoarem ao brincarem com eles.
Altura: 35-40cm
Peso: 7-8 kg
Longevidade: Pode facilmente chegar aos 15 anos.
Husky Siberiano
O Husky Siberiano é uma das Raças de Cachorros mais independentes que alguém pode adquirir. Eu diria até que é a Raça cujo o temperamento mais se assemelha ao de um gato.
Originariamente um cão utilizado para puxar trenós e grandes cargas, o Husky é um animal extremamente activo, com uma excelente predisposição para o trabalho, e que adora e necessita de socializar com outros da mesma espécie.
Apesar de um excelente cão de família, o seu carácter meigo faz dele um péssimo cão de guarda, e a sua natureza independente faz dele um cachorro capaz de frustrar aqueles que gostariam de ter um cão altamente treinado, capaz de executar as mais diversas tarefas.
Tamanho: 53-60cm machos; 50-56cm fêmea
Peso: 20 a 28 kg Machos; 15 a 23 kg fêmeas.
Carácter: Meigo, reservado, desconfiado, calmo.
Dogo Argentino
Originário de cobra de cobra, este lindo exemplar canino, de pêlo curto e claro, é conhecido pela sua outrora excelente habilidade na caça a javalis e a pumas. Referir animais como Puma e Javali, já é mais do que o suficiente para que as pessoas fiquem com uma ideia do quão competente e corajoso este cão é, para ter sido utilizado na caça de animais tão perigosos.
Hoje em dia, já não tanto utilizado na caça, o Dogo Argentino revela-se num cão preparado para o desempenho das mais variadas e nobres tarefas, como é um caso de acções de busca e salvamento e guia de cegos. Para além disto, o Dogo Argentino é ainda uma das raças mais competentes, no que toca ao desempenho de actividades baseadas em guarda e protecção.
Em termos de aspecto físico, estas raças de cachorros são caracterizadas por uma formação craniana semelhante à de outras raças, como o Bulldog e o Boxer. É um cão de porte grande e pelagem curta, sempre de cor branca.
Altura: 60 a 68 cm machos; 60 a 65cm fêmeas.
Pastor Belga
Extremamente inteligente, ternurento, atento, curioso e sociável. Estas são apenas algumas das características que melhor definem estas raças de cachorros.
De estatura mediana, aspecto que relembra o de um lobo e pelo bastante comprido, o pastor belga equipara a sua beleza à sua utilidade, uma vez que é um cão multi-funcional, capaz de actuar como cão de salvamento, cão de guarda, guia para cegos, cão polícia e também um excelente animal de família.
Chihuahua
Não só, muito provavelmente, o cão mais pequeno do mundo, esta raça é, também, a mais popular de todas, entre as raças miniatura. Extremamente apreciado pelo seu pequeníssimo porte, o Chihuahua é o cão de eleição daqueles que pretendem adquirir um animal não muito trabalhoso e de pequeno porte, que se adapte bem à vida em casas com uma área muito limitada.
Sendo um cão que ladra muito, poderá surtir alguma eficácia na dissuasão de possíveis ameaças, e por esta razão pode ser considerado um cão de guarda bastante razoável. Obviamente, apenas como forma de alarme, e não de defesa física directa do seu território, visto que o seu pequeno porte não o permitiria.
O Chihuahua é um cão extremamente apegado ao seu dono, podendo até ser considerado um pouco possessivo. Necessita de muita atenção, mas é um cão extremamente dócil ideal para qualquer casa de família.
Altura: 15-22 cm
Peso: 1- 3 kg
Longevidade: 20 anos
Samoyedo
O nome “samoyedo” deriva do nome daquela que foi a responsável pela criação desta raça: A tribo Siberiana Samoyedo. Originalmente era usado por esta tribo como cão de companhia, mas também como cão pastor.
Fraco como cão de guarda, mas excelente como cão de companhia. A sua docilidade faz dele um cão extremamente sociável, sem qualquer tendência para a agressividade.
Devido à sua densa pelagem, o Samoyedo é um cachorro que requer cuidados redobrados, de forma a mantê-lo com um aspecto limpo e cuidado. Se não está disposto a dedicar várias horas do seu tempo a escovar e a tratar do pêlo deste animal, certamente que o samoyedo não é o cão ideal para si.
Altura: 45-50cm
Peso: 23-30kg
Longevidade: 12 anos
Doberman
Pensa-se que o doberman seja o resultado de uma série de cruzamentos entre diversas raças, efectuados na Alemanha, por Louis Doberman, nos finais do séc XIX. Apesar de não existirem dados concretos, pensa-se que, algumas das raças que poderão ter estado na origem do Doberman, sejam: O Rottweiler, o Pincher Alemão e o Manchester Terrier.
Extremamente inteligente, fácil de educar e de temperamento forte, são talvez as características que melhor definem o Doberman. Com uma predisposição inata para a defesa do território, o Doberman é um cão que não precisa de ser educado para, aquando a presença de uma ameaça, adoptar uma postura de guarda, que o levará, se necessário, a dar a vida para defender o aquilo que é seu.
Para além de um dos melhores cães de guarda que alguém poderá adquirir, o Doberman pode ser um cão extremamente amistoso com os seus, e também com os de fora, desde que exposto a um ambiente sociável logo desde novo. Por esta razão, o Doberman é, também, e ao contrário do que muita gente poderá pensar, um excelente cão de companhia.
Altura: 63-73 cm
Peso: 32-45 kg
Longevidade: 12 anos
SAIBA MAIS:
BULDOGUE FRANCÊS
PUG
RHODESIAN RIDGEBACK
BULDOGUE INGLÊS
STAFFORDSHIRE BULL TERRIER
BULL TERRIER
AMERICAN STAFFORDSHIRE TERRIER
CHIHUAHUA
OVERBULLY(SUPER BULLY)
EXOTICOS AMICAT´S
MAINE COON AMICAT´S
BENGAL AMICAT´S
RAGDOLL AMICAT´S
PETCLUBE
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A Evolução dos Gatos
Pistas genéticas no DNA de felinos selvagens do mundo todo permitiram construir com mais clareza a árvore genealógica da família dos felídeos e revelaram vários processos migratórios
por Stephen J. O`Brien e Warren E. Johnson
Elegantes e enigmáticos, os felinos desafiam não somente aqueles que dividem seu sofá com espécies menores, mas também cientistas que tentam descobrir as origens e a história evolutiva de seus primos maiores. Onde o ramo moderno da família dos felinos se desenvolveu? Quando e por que saíram de seu habitat e migraram pelos continentes? Quantas espécies existem atualmente? Quais delas estão mais intimamente relacionadas?
De modo geral, os especialistas concordam que há 37 espécies na família Felidae. No entanto, nas dezenas de esquemas de classificação existentes, alguns pesquisadores dividem as espécies de felinos em apenas dois gêneros, enquanto outros consideram até 23. Quem pode culpá-los? Todas as espécies de felinos são muito semelhantes: todos parecem apenas gatos, de grande, médio ou pequeno porte. Distinguir o crânio de um leão do de um tigre pode ser um desafio mesmo para especialistas. Todas as pesquisas genéticas que nas últimas duas décadas tentaram dividir os felinos em agrupamentos bem definidos falharam.
Nos últimos anos, no entanto, a revolução no seqüenciamento genético de vários seres vivos, induzida pelo Projeto Genoma Humano e por poderosas tecnologias de estudo do DNA, deu origem a novas ferramentas de pesquisa extremamente valiosas. Atraídos por essas novas técnicas e com o auxílio de colegas de outras instituições conseguimos finalmente construir a primeira árvore da família Felidae mais claramente resolvida. Comparando as mesmas seqüências de DNA de 30 genes de cada espécie de felino existente pudemos determinar as ramificações da árvore. Em seguida, para chegar aos períodos em que cada ramo surgiu, usamos fósseis datados de modo confiável e a análise de “relógios moleculares” – que, com base no grau de diferenciação em um dado gene, permite estimar há quanto tempo as espécies se separaram umas das outras. Assim, foi possível visualizar pela primeira vez um panorama de como felinos de todos os tamanhos se relacionam uns com os outros e como e quando esses magníficos predadores colonizaram os cinco continentes.
Percebemos imediatamente que os estudos de DNA pareciam indicar 37 espécies distribuídas em oito grupos distintos, ou linhagens. Ficamos fascinados, e ainda mais motivados, quando verificamos que os oito grupos definidos exclusivamente por análise molecular estavam de acordo com observações baseadas em outros tipos de informação. Espécies de uma mesma linhagem, por exemplo, freqüentemente compartilham características morfológicas, biológicas e fisiológicas encontradas somente em seu próprio grupo.
Há cerca de 600 milhões de gatos domésticos em todo o mundo. Fósseis de felinos são tão parecidos que é muito difícil, mesmo para os especialistas, distinguir o crânio de um leão do de um tigre
Uma das linhagens reúne todos os grandes felinos que rugem como o leão, o tigre, o leopardo, a onça e o leopardo-das-neves. Em todos eles a estrutura óssea que dá apoio à língua, chamada hióide, encontra-se parcialmente calcificada, o que permite que esses felinos rujam. Também nesse grupo estão as panteras-nebulosas e as panteras-nebulosas de Bornéu, espécie pouco conhecida de felinos de porte médio com pelagem marmoreada. Por terem os ossos do pescoço estruturados de forma um pouco diferente, esses animais não conseguem rugir.
Embora a comparação entre as seqüências genéticas tenha identificado as linhagens, a ordem de seu aparecimento e a época em que surgiram (com a ajuda de calibrações com fósseis), precisávamos de duas informações adicionais para descobrir onde os felinos surgiram pela primeira vez e como acabaram se espalhando pelo mundo. Primeiro, determinamos a distribuição atual de cada espécie e, por vestígios paleontológicos, a distribuição de seus ancestrais. Depois, valemo-nos da óptica dos geólogos, que interpretando a composição de depósitos sedimentares inferem a variação do nível dos oceanos, para enxergar melhor o mundo dos felinos. Quando os níveis eram mais baixos, pontes de terra ligavam os continentes, permitindo que os mamíferos migrassem para novos domínios. Quando as águas subiram novamente, esses animais ficaram isolados nos continentes mais uma vez. Estudos de vertebrados mostram que o isolamento em continentes ou ilhas proporciona exatamente aquilo que é necessário para a população se distanciar geneticamente de tal forma que dois grupos, mesmo com ancestrais comuns, não são mais capazes de se acasalar – afastamento reprodutivo que caracteriza a especiação. Com essas peças do quebra-cabeça, pudemos construir uma seqüência plausível das migrações dos felídeos ao longo da história.
Com base em registros fósseis apenas, muitos pesquisadores acreditavam que um felídeo chamado Pseudaelurus, que viveu na Europa entre 9 milhões e 20 milhões de anos atrás, era o último ancestral comum dos felinos modernos. Note-se que o Pseudaelurus não foi o primeiro felino. Sabe-se que grandes felinos dente-de-sabre, chamados nimravídeos, viveram em épocas mais remotas, há cerca de 35 milhões de anos, mas praticamente todos os seus descendentes estão extintos. Nossas pesquisas moleculares recentes, no entanto, sugerem que todos os felinos modernos descendem de apenas uma das várias espécies de Pseudaelurus que viveram na Ásia há cerca de 11 milhões de anos. Embora não saibamos ao certo a espécie exata a que esse gato pertenceu, acreditamos que foram desse grupo ancestral tanto o Adão quanto a Eva das 37 espécies de felídeos contemporâneas.
Os primeiro grupo se ramificou há aproximadamente 10,8 milhões de anos, produzindo a linhagem pantera (ver tabela acima), que hoje abrange os grandes felinos rugidores e as duas espécies de panteras-nebulosas. Uma segunda divisão, cerca de 1,4 milhão de anos mais tarde, e também na Ásia, levou à linhagem do gato-da-baía, hoje formada por três pequenos felinos que evoluíram e ainda vivem no sudeste asiático. A separação seguinte formou a linhagem do caracal, hoje representada por três espécies de porte médio cujos progenitores cruzaram a África entre 8 milhões e 10 milhões de anos atrás, participando da primeira migração intercontinental (ver M1 no mapa superior da pág. 60). Nesse período, o nível dos oceanos desceu 60 metros abaixo do atual, descobrindo pontes de terra nas extremidades do mar Vermelho, ligando a África à península da Arábia e facilitando a migração desses animais para o continente africano.
Leões, tigres, onças e leopardos são os únicos felinos que rugem. Um osso parcialmente calcificado na garganta, chamado hióide, permite que eles rujam
Os felinos migraram porque seu comportamento exige que se espalhem a cada geração. Quando chegam à adolescência, machos – e eventualmente fêmeas – jovens são forçados a abandonar seu local de origem. Assim, ao longo do tempo, populações crescentes de felinos precisaram de territórios cada vez maiores. Esse comportamento, somado à necessidade de - seguir presas migratórias, provavelmente explica por que os felinos se deslocaram. Eles também são predadores extremamente habilidosos que sempre aproveitam as oportunidades de explorar novos espaços.
Quando alcançaram a África, os felinos asiáticos se espalharam por seu continente e atravessaram o estreito de Bering, chegando ao que é, hoje, o Alasca (M2). Quando felinos já rondavam pela Ásia, Europa, África e América do Norte, o nível dos oceanos voltou a subir, separando os continentes. Com o isolamento e as mudanças de habitats, novas espécies foram surgindo. Na América do Norte, as linhagens da jaguatirica e do lince se separaram dos migrantes originais entre 8 milhões e 7,2 milhões de anos atrás. A linhagem da jaguatirica acabou se dividindo em duas espécies e o outro grupo produziu quatro: três de linces e o lince vermelho. A linhagem do puma formou-se há 6,7 milhões de anos, dando origem ao puma (também chamado de leão-da-montanha ou onça-parda), ao gato-mourisco e ao guepardo americano. Fósseis dessas espécies em depósitos americanos confirmam sua origem no hemisfério ocidental.
Entre 2 milhões e 3 milhões de anos atrás, uma nova era do gelo fez com que os oceanos recuassem mais uma vez (também por causa da movimentação de massas de terra), o suficiente para ligar as Américas do Sul e do Norte através do istmo do Panamá. Alguns felinos migraram para o sul (M3), onde encontraram um continente sem carnívoros placentários (como ursos, cães, gatos, gambás etc.). A América do Sul permaneceu isolada das massas de terra do norte durante dezenas de milhões de anos e estava repleta de espécies de marsupiais, incluindo variedades bem-sucedidas de carnívoros. Mas quando os felinos atravessaram o Panamá, já tinham se tornado predadores temíveis. Os carnívoros marsupiais não foram páreo para eles. Praticamente todos eles foram rapidamente substituídos por carnívoros migrantes, como os felinos da linhagem das jaguatiricas, que se diversificaram ainda mais nesse novo lar, criando sete espécies que ainda sobrevivem na América do Sul.
Como a última era do gelo tinha terminado há cerca de 12 mil anos, as camadas de gelo que cobriam todo o Canadá e a parte norte dos Estados Unidos foram derretendo lentamente, transformando essas paisagens estéreis em florestas e prados verdejantes. Após o degelo, um cataclismo dizimou 40 espécies de mamíferos da América do Norte. As chamadas extinções do Pleistoceno eliminaram 75% dos animais de grande porte que lá viviam: mamutes, mastodontes, lobos pré-históricos, poderosos ursos-de-cara-achatada, preguiças-gigantes, leões americanos, felinos dente-de-sabre, pumas e guepardos. Todos teriam desaparecido da América do Norte depois desse período. Os guepardos escaparam da extinção porque vários milhões de anos antes, quando os oceanos ainda estavam baixos, alguns de seus ancestrais retornaram para a Ásia (ver M4 no mapa inferior da pág. 60) e depois para a África (M5). Os pumas escaparam da extinção em refúgios na América do Sul e voltaram a povoar a América do Norte muitas gerações depois. Outras espécies nunca retornaram.
A Jornada Continua
Praticamente ao mesmo tempo que os guepardos trilharam seu caminho de volta da América para a Ásia, as linhagens precursoras do gato leopardo e do gato doméstico também atravessaram a ponte de terra de Bering para a Ásia. Como resultado, a linhagem do gato leopardo produziu o gato leopardo asiático e quatro pequenas espécies: gato leopardo indiano ou gato-ferrugem, encontrado na Índia, gato-de-pallas, na Mongólia, gato-de-cabeça-chata, na Indonésia, e gato-pescador, espalhado pela Ásia.
Ainda na Ásia, durante esse período, os grandes felinos rugidores da linhagem pantera se espalharam ainda mais. Tigres de 320 kg podiam ser encontrados na Índia, Indochina, sudeste asiático e China, e, no norte e oeste da Ásia central, os leopardos-das-neves se adaptaram às altitudes do Himalaia e de Altai (a leste da Sibéria). Os leopardos se espalharam pela Ásia e pela África, onde são encontrados atualmente. Os leões e as onças viajaram para a América do Norte durante o fim do Plioceno, entre 3 milhões e 4 milhões de anos atrás. Embora as extinções do Pleistoceno tenham eliminado ambas as espécies da América do Norte, as onças fugiram para a América do Sul e os leões encontaram na África um continente hospitaleiro. Lá, o rei dos animais hoje luta para sobreviver: sua população não ultrapassa os 30 mil indivíduos. Na Ásia, os leões estão praticamente extintos. Somente uma pequena população remanescente de cerca de 200 leões asiáticos, totalmente nativa, sobrevive no Santuário da Floresta de Gir, na província de Gujarat, a oeste da Índia.
Nossas análises genéticas também revelaram fortes evidências de uma quase extinção dos tigres. Há cerca de 73 mil anos, erupções violentas do vulcão Toba, em Bornéu, aniquilaram várias espécies de mamíferos no leste da Ásia, incluindo uma população de tigres largamente disseminada. Um pequeno grupo de tigres sobreviveu e repovoou a região – a falta de diversidade genética entre seus descendentes modernos indica que o grupo de animais que sobreviveu para dar continuidade à linhagem era mesmo muito pequeno. Como os guepardos e os pumas na América do Norte, os tigres escaparam por um triz.
Na Nossa Sala de Visitas
O ato final na jornada dos felinos, da natureza para nossa casa, começou nas florestas e desertos próximos à bacia mediterrânea. Lá, um punhado de espécies pequenas (pesando menos de 10 kg) havia emergido gradativamente – o gato-da-selva do leste asiático, o gato-do-deserto do oriente médio, o gato-de-patas-negras da África e uma espécie onipresente de gato selvagem com quatro subespécies bem reconhecidas (européia, centro-asiática, do leste próximo e chinesa). Uma dessas subespécies deu origem a um dos mais bem-sucedidos experimentos da história – o da domesticação dos gatos. Um estudo de genética molecular sobre gatos domésticos e selvagens do mundo todo feito por Carlos Driscoll, da University of Oxford, veio esclarecer esse processo. Todos os gatos domésticos carregam uma assinatura genética compatível com a dos gatos selvagens de Israel e do leste próximo.
Agora podemos afirmar que o gato foi domesticado em diferentes ocasiões, todas entre 8 mil e 10 mil anos atrás, na região do Crescente Fértil (nordeste da África), à medida que populações humanas nômades começaram a se reunir em pequenos povoados em torno dos primeiros assentamentos agrícolas. Esses antigos fazendeiros cultivavam trigo e cevada. Os gatos selvagens da região, talvez atraídos pela grande quantidade de roedores, atraídos, por sua vez, pelos grãos cultivados, aparentemente “se ofereceram” como companheiros cautelosos, ganhando abrigo em troca da eliminação dos roedores. O número crescente de gatos selvagens já domesticados proliferou naturalmente e, desde então, seu destino se uniu definitivamente ao dos humanos.
Esses animais ainda empreenderam uma nova migração. Ela teve início primeiro a pé, depois passou para os vagões de trens e finalmente para os navios transoceânicos, espalhando os gatos domesticados pelo mundo. Cerca de 600 milhões de gatos domésticos vivem hoje no planeta – praticamente a única espécie de felino não considerada ameaçada ou em perigo de extinção pelas organizações de preservação. No século XIX, os donos de gatos tentaram fazer com que seus bichanos se acasalassem de forma seletiva, para produzir animais exóticos. A Associação Americana de Gatos Raros catalogou 41 raças oficiais de gatos, dos maine coon aos siameses, todos com raízes que remontam ao nascimento da civilização humana e felina na região do Crescente Fértil.
A história evolutiva decorrente de nossos estudos sobre as famílias de felinos serve como prenúncio para o campo ainda muito recente da “pré-história genética”. Como no caso dos felinos, os padrões de variação genética que cada espécie carrega contêm sinais de seus parentescos, migrações, dizimações e expansões por todo o planeta.
CONCEITOS-CHAVE
A história da família dos felinos é obscura porque os fósseis desses animais são esparsos e é difícil distingui-los. Mas avanços no estudo do DNA permitiram que a primeira árvore genealógica da família dos felídeos fosse construída de forma clara.
Evidências no DNA mostram que todos os felinos existentes carregam os mesmos traços de um predador semelhante à pantera que viveu no sudeste asiático há cerca de 10,8 milhões de anos. Os grandes felinos rugidores foram os primeiros a se ramificar, seguidos por outras sete linhagens.
Quando o nível dos oceanos variou, os felinos migraram para novos continentes, dando origem a novas espécies. Um pequeno gato selvagem foi domesticado no leste próximo entre 8 mil e 10 mil anos atrás.
Apesar de seu sucesso evolutivo, hoje quase todas as espécies de felinos selvagens estão ameaçadas. – Os editores.
RESOLVENDO O QUEBRA-CABEÇA
KRISTINA NARFSTRÖM
FILHOTES DE MAINE COON A VENDA
Historicamente, os taxonomistas sempre tiveram dificuldade em classificar as famílias de felinos porque os registros fósseis são dispersos e é difícil distinguir, no fóssil, uma espécie da outra. Ao analisar o DNA de todas as 37 espécies vivas, os autores conseguiram distinguir oito linhagens na família de felídeos. O DNA foi obtido da coleta de amostras de sangue ou de tecido de cada uma das espécies. Não foi fácil obter todas elas, porque algumas espécies são raras e vivem em locais remotos. Os taxonomistas também analisaram sete espécies “fora do grupo”, parentes próximos dos gatos, da família Viverridae, do gato-almiscarado e do mangusto. Essas espécies forneceram a linha de referência para que as divergências encontradas entre os dados, na família Felidae, fossem estimadas.
Os cientistas analisaram o DNA dos cromossomos X e Y e das mitocôndrias (partes da célula que geram energia e são transmitidas através da linha materna). Eles se concentraram na seqüência de DNA de 30 genes diferentes, ao todo 22.789 letras de nucleotídeos para cada espécie de felino. Praticamente a metade dessas seqüências é variável ao longo das diferentes espécies. É nessas diferenças que os investigadores se baseiam para determinar o parentesco entre os grupos e em que época eles surgiram. Os genes acumulam mudanças ao longo do tempo. Se não forem prejudiciais, essas mudanças persistem. Assim, uma espécie que emerge primeiro tem mais tempo para seus genes sofrerem mudanças e apresentar maior variação em um certo gene. Então é possível afirmar com segurança que espécies cujos genes compartilham mudanças iguais estão mais próximas.
Como a análise do DNA permitiu que os pesquisadores esclarecessem os nós das ramificações ou “forquilhas” na árvore da família dos felídeos, eles se concentraram na análise dos fósseis, para estimar quando realmente aconteceram. A idade de dezenas de fósseis de felinos ancestrais foram determinadas por paleontólogos utilizando métodos de datação.
Certos fósseis de felinos considerados elos perdidos (ancestrais comuns mais recentes de grupos como o dos grandes felinos, linces ou jaguatiricas) forneceram 16 datas para pontos específicos de ramificação na árvore genealógica dos felídeos. Em seguida, programas matemáticos de computador baseados em um relógio molecular acumulativo contínuo transformaram os dados genéticos em estimativas do tempo transcorrido após cada nó de divergência. (A idéia do relógio molecular pressupõe que algumas mudanças evolutivas ocorreram a uma taxa regular. Por exemplo, mutações podem ser incorporadas ao DNA de genes a uma taxa constante ao longo de milhões de anos. Assim, diferenças no DNA podem estimar a data em que duas linhagens se separaram de um ancestral comum.)
A contribuição mais recente foi o seqüenciamento genético completo de um gato da Abissínia batizado Cinnamon (“Canela”). O seqüenciamento de Cinnamon, juntamente com o de outras 32 espécies de mamíferos (incluindo humanos, camundongos, cachorros, vacas, elefantes e representantes da maioria das ordens de mamíferos), forneceu um conjunto quase ilimitado de informação genética ao longo dos 100 milhões de anos de história mamíferos modernos. – Os editores
Stephen J. O`Brien e Warren E. Johnson Depois de obter doutorado em genética na Cornell University em 1971, Stephen J. O’Brien concluiu seu pós-doutorado no National Cancer Institute (NC I). Hoje é chefe do Laboratório de Diversidade Genômica do NC I, que ele fundou no final dos anos 80. Este é seu quarto artigo para a Scientific American. Seus livros mais recentes são: Tears of the cheetah and other tales from the genetic frontier (St. Martin’s Press, 2003) e Atlas of mammalian chromosomes (Wiley, 2006). Warren E.Johnson obteve seu doutorado em ecologia animal na Iowa State University em 1992 e no mesmo ano foi trabalhar no Laboratório de Diversidade Genômica.
Multimídia
Veja a fascinante ramificação da árvore genealógica dos felinos.
http://www2.uol.com.br/sciam/multimidia/a_evolucao_dos_gatos.html
PARA SABER MAIS
Wild cats of the world. M. Sunquist e F. Sunquist. University of Chicago Press, 2002.
Tears of the cheetah and other tales from the genetic frontier. S. J. O’Brien. St. Martin’s Press, 2003.
Phylogeography and conservation genetics of tigers (Panthera tigris). S. J. Luo e colegas, em PLoS Biology, vol. 2, págs. 2277-2293, 2004.
Big cat genomics. S. J. O’Brien e W. E. Johnson, em Annual Reviews of Genomic and Human Genetics, vol. 6, págs. 407-429, 2005.
The late Miocene radiation of modern Felidae: a genetic assessment. W. E. Johnson, E. Eizirik, W. J. Murphy, J. Pecon-Slattery, A. Antunes, E. Teeling e S. J. O’Brien, em Science, vol. 311, págs. 73-77, 2006.
SAIBA MAIS:
BULDOGUE FRANCÊS
PUG
RHODESIAN RIDGEBACK
BULDOGUE INGLÊS
STAFFORDSHIRE BULL TERRIER
BULL TERRIER
AMERICAN STAFFORDSHIRE TERRIER
CHIHUAHUA
OVERBULLY(SUPER BULLY)
EXOTICOS AMICAT´S
MAINE COON AMICAT´S
BENGAL AMICAT´S
RAGDOLL AMICAT´S
PETCLUBE
Amichetti Bullys & AMICAT´S Bengal Maine Coon Ragdoll Exótico
EcoVilla Amichetti- Paraíso Ecológico- uma forma sustentável de ConViver.
Rod. Régis Bittencourt, km 334, apenas 40 min. de SP-Juquitiba .