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SOBRE CESAR MILLAN
Cesar Millan Favela (México, Culiacán, 27 de agostode 1969) é um escritor, apresentador de televisão e adestrador canino mexicano, radicado nos Estados Unidos.
Auto-didata em comportamento canino, inspirou-se nos exemplos do avô no trato com os animais, que sempre dizia: "nunca trabalhe contra a Mãe Natureza".
Cesar Millan, protagonista da série "O Encantador de Cães", do Animal Planet, dá dicas preciosas sobre como criar seus filhotes:
Não se apaixone pela fofurice e sim pela beleza interior.
"É como entrar numa relação porque a pessoa é muito bonita. Vai dar em divórcio!".
Escolha o tipo de cão que tem mais a ver com você, mas pela energia e não raça.
“Basta encontrar um cão com a energia certa. Uma pessoa que gosta de caminhadas enérgicas e trilhas provavelmente vai se dar bem com um cão maior, de energia alta, enquanto alguém que prefere passear sem pressa pode se dar melhor com um cachorro mais calmo. Tenha em mente que a raça não é tudo. Cada cão nasce com um nível de energia – muito alto, alto, médio ou baixo. Passe um tempo com o cão que você está pensando em adotar e observe se o nível de energia natural dele é compatível com o estilo de vida de sua família”.
Pare já de abraçar demais seu filhote.
"Isso é antinatural para um cachorro. Você passa uma mensagem errada de que a vida dele será assim, em cima de você, sempre".
O filhote precisa entender regras e limites.
"A mãe diz ao filhote quando é hora de ser amamentado. Se não é hora, ela morde. Então, tem que se criar regras claras e respeitá-las".
Como ser um líder de matilha desde o início.
“O treinamento que você faz nos primeiros meses da vida de um filhote de cachorro é muito importante para um relacionamento bem sucedido nos próximos anos”.
Filhote precisa de uma vida estruturada.
“A partir do momento em que nasce, ele procura os limites e quer aprender o que deve e o que não deve fazer. Algumas pessoas se sentem desconfortáveis em afirmar a autoridade sobre seus cães e vão dizer coisas como ‘meu bebê tem apenas dois meses de idade! Como eu posso dar uma estrutura e regras para ele? ‘ Mas os cães, como todos os animais sociais, precisam de estrutura em suas vidas. Eles precisam sentir um senso de direção e estabilidade”.
É preciso entender a psicologia canina.
“Muitas pessoas cometem o erro de pensar em seus cães como seres humanos com casacos de pêlos. Os cães têm necessidades e desejos diferentes dos nossos. Eles interpretam o mundo de maneira diferente. Para compreender a psicologia canina é preciso entender essas diferenças e tratar seu cachorro como um cachorro!”.
O filhote não deve caminhar livremente pela casa quando você não estiver por perto.
”Pelo menos até ele saber onde pode e não pode entrar e mexer. Quando isso acontecer, deixe-o no local reservado a ele. Cachorro não precisa de espaço (mas também não o deixe confinado), desde que o dono o faça se exercitar e gastar as energias”.
Reserve um espaço para o cão.
“O cão deve ter um espaço que seja só dele! Não muito grande, mas que seja confortável e aconchegante para ele”.
Vacinações, dieta e exercícios de forma correta.
“É necessário que você certifique que o seu novo cão, vá crescer forte e saudável”.
s esperando se tornar o maior adestrador de cães do mundo.
Trabalhando em um pet shop, teve sua habilidade notada ao tratar dos cães mais difíceis e problemáticos, ao mesmo tempo em que ajudava os donos. Disso, focou-se em sua habilidade que chama de reabilitar cães, ao fundar um centro específico, o "Centro de Psicologia Canina".
Tornou-se famoso por comandar a série de TV
“O Encantador de Cães” (Animal Planet), em inglês:
"Dog Whisperer", que atingiu 80 países na exibição da sexta temporada. Nesse programa, expandiu seu slogan: eu reabilito cães e treino pessoas. Seu livro, homônimo da série, é considerado best seller em diversos países.
No "Centro de Psicologia Canina", Cesar Millan cuida de muitos cães, de 20 a 40 por vez. Sua esposa, seus dois filhos e ele também têm alguns cães em casa. No momento a família tem uma Chihuahua (Coco), um cão de Crista Chinês (Luís), um Buldogue Francês (Sid) e
um pit bull (Junior).
Sobre Daddy, seu pit bull
Cesar Millan também tinha o pit bull, Daddy, que faleceu em fevereiro deste ano, aos 16 anos de idade. Para aqueles que pensavam que os pit bulls são sempre violentos e perigosos, Daddy provou que o método de Cesar pode transformar uma fera em um grande amigo com exercício, disciplina e carinho, sempre nessa ordem.
Antes de Daddy morrer, ele e Cesar, escolheram um "substituto" para o trabalho que o velho pit bull realizava na reabilitação de outros cães junto com o "Encantador de Cães", para que pudesse seguir adiante. Então Cesar deixou que Daddy escolhesse um filhote com o qual ele se identificasse e que tivesse o temperamento mais parecido com seu amado pit pull.
www.cesarsway.com
Às vezes, ele é alheio ou carinhoso; outras, sereno ou arisco; ou ainda, encantador ou irritante. Entretanto, apesar da natureza volúvel, o gato doméstico é o animal de estimação mais popular do mundo. Um terço dos lares americanos tem felinos, e mais de 600 milhões de gatos vivem entre os homens em todo o mundo. Mesmo assim, por mais familiares que esses animais sejam, é difícil comprovar totalmente suas origens. Enquanto outros animais selvagens foram domesticados devido ao leite, à carne, à lã ou ao trabalho, os gatos não contribuem praticamente em nada para as ações humanas em termos de sustento ou trabalho. Como, então, se tornaram tão comuns em nossos lares?
Os estudiosos já acreditavam há muito tempo que os antigos egípcios foram os primeiros a manter o gato como animal de estimação, há cerca de 3.600 anos. Mas as descobertas genéticas e arqueológicas feitas nos últimos cinco anos revisaram esse cenário – gerando conceitos mais atualizados tanto sobre a ancestralidade do gato doméstico quanto sobre a evolução de seu relacionamento com os seres humanos.
Cama-de-gato
A questão sobre o local de origem dos gatos é difícil de desvendar por vários motivos. Embora vários investigadores suspeitassem que todas as variedades descendiam apenas de uma única espécie – Felis silvestris, o gato selvagem – não podiam ter certeza. Além disso, essa espécie não está confinada a um pequeno canto do globo. É representada por populações que ocupam todo o Velho Mundo – da Escócia à África do Sul e da Espanha à Mongólia –, e até recentemente os cientistas não tinham como determinar, precisamente, quais dessas populações de gatos selvagens deram origem ao tipo mais manso, o chamado gato doméstico.
Como alternativa à hipótese da origem egípcia, alguns pesquisadores chegaram a propor que a domesticação do felino ocorreu em vários locais diferentes, e que cada domesticação gerou uma raça diversa. Para confundir ainda mais a questão havia o fato de os membros desses grupos de gatos selvagens serem difíceis de discernir dos domésticos com a pelagem tigrada, pois todos têm o mesmo padrão de pelagem de listas em curva e se acasalam entre si, confundindo ainda mais os limites populacionais.
Em 2000, um de nós (Driscoll) se propôs a estudar a questão, viajando e coletando amostras de DNA de 979 gatos selvagens e domésticos do sul da África, Azerbaidjão, Cazaquistão, Mongólia e Oriente Médio. Como em geral os gatos selvagens defendem um único território durante toda a vida, ele esperava que uma composição genética de grupos de gatos selvagens variasse conforme a geografia, mas permanecesse estável no tempo, como ocorre com muitas outras espécies felinas. Se os grupos autóctones regionais desses animais pudessem ser distintos, uns dos outros, com base no DNA; e se o DNA de gatos domésticos fosse mais semelhante que o das populações de gatos selvagens, ele teria uma evidência clara de onde a domesticação se iniciou.
Na análise genética, publicada em 2007, Driscoll e outro de nós (O’Brien) e colegas se concentraram em dois tipos de DNA que os biólogos moleculares tradicionalmente examinam para diferenciar os subgrupos de espécies mamíferas: o DNA mitocondrial, herdado exclusivamente da mãe, e pequenas e repetitivas sequências do DNA nucleico, denominado microssatélites. Usando rotinas já estabelecidas no computador, avaliaram a ancestralidade de cada um dos 979 indivíduos da amostragem, baseando-se em suas assinaturas genéticas. Especificamente, mediram como o DNA de cada gato era semelhante ao de todos os gatos e agruparam os animais com DNAs similares. Então, perguntaram se a maioria dos animais de um grupo habitava a mesma região.
Os resultados revelaram cinco agrupamentos genéticos, ou linhagens, de gatos selvagens. Quatro dessas linhagens correspondiam exatamente a quatro das subespécies conhecidas de gato selvagem que habitam locais específicos: a F. s. silvestris na Europa, a F.s. bieti na China, a F. s. ornata na Ásia Central e a F.s. cafra no sul da África. No entanto, a quinta linhagem incluiu não apenas a quinta subespécie conhecida do gato selvagem – a F. s. lybica do Oriente Médio –, mas também as centenas de gatos domésticos da amostragem, incluindo os de raças puras e os felinos híbridos dos Estados Unidos, Reino Unido e Japão. Geneticamente, os gatos selvagens F. s. lybica coletados nos distantes desertos de Israel, nos Emirados Árabes ou na Arábia Saudita eram praticamente indistinguíveis dos gatos domésticos. O fato de eles se agruparem apenas com o F. s. lybica sugere que os gatos domésticos de todo o mundo surgiram de um único local, o Oriente Médio, e não de outras regiões, onde os gatos selvagens são comuns.
Assim que descobrimos o local de origem dos gatos domésticos, o próximo passo foi determinar quando foram domesticados. Com frequência, os geneticistas podem estimar quando um evento evolucionário particular ocorreu, estudando a quantidade de mutações genéticas randômicas que se acumulam a uma taxa constante ao longo fodo tempo. Mas esse “relógio molecular” anda devagar demais para datar precisamente eventos tão recentes quanto os últimos dez mil anos, o intervalo provável da domesticação do gato. Para se ter uma ideia de quanto se iniciou o amansamento do gato, nos voltamos ao registro arqueológico. Uma descoberta recente provou-se especialmente esclarecedora em relação a essa questão.
Em 2004, Jean-Denis Vigne, do Museu Nacional de História Natural de Paris, e seus colegas reportaram ter desenterrado as evidências mais antigas sugerindo que os homens mantinham os gatos como animais de estimação. A descoberta vem da ilha mediterrânea de Chipre, onde, há 9.500 anos, um adulto humano de sexo desconhecido foi deixado para o descanso fi nal em uma cova rasa. Objetos variados acompanhavam o corpo: ferramentas de pedra, um pedaço de óxido de ferro, um punhado de conchas e, em sua própria minúscula cova, a apenas 40 cm de distância, um gato de oito meses de idade, o corpo voltado na mesma direção oeste que o do humano.
Como os gatos não são nativos das ilhas mediterrâneas, sabemos que as pessoas os trouxeram de barco, provavelmente da costa oriental ao lado. Juntos – o transporte de gatos à ilha e o enterro do humano próximo ao gato – indicam que as pessoas do Oriente Médio já tinham uma relação especial, intencional, com os gatos há quase dez mil anos. Essa localização é consistente com a origem geográfica a que chegamos por meio das análises genéticas. Portanto, parece que os gatos foram sendo domesticados ao mesmo tempo que o homem se estabelecia nos primeiros povoados na parte do Oriente Médio conhecida como Crescente Fértil.
Jogo de Gato e Rato?
Com o estabelecimento do local e da idade aproximada das fases iniciais da domesticação dos gatos, pudemos começar a analisar novamente a velha questão: por que os gatos e os humanos desenvolveram uma relação especial? Em geral, os gatos não são candidatos prováveis à domesticação. Os ancestrais da maioria dos animais domésticos viviam em manadas ou bandos com hierarquias de domínio bem definidas. (Os homens, espertamente, se aproveitaram dessa estrutura suplantando o indivíduo alfa, facilitando, assim, o controle de grupos coesos inteiros.) Esses animais de manadas já estavam acostumados a viver em bandos; portanto, desde que houvesse comida e abrigo, se adaptavam facilmente ao confinamento.
Mas os gatos são caçadores solitários, que defendem os limites de seu lar bravamente contra outros gatos do mesmo sexo (os orgulhosos leões são a exceção a essa regra). Além disso, enquanto a maioria dos animais domesticados se alimenta de plantas, bem abundantes, os gatos são carnívoros natos, ou seja, têm uma capacidade limitada de digerir qualquer coisa além da carne – um item de cardápio muito menos disponível. De fato, até mesmo perderam a capacidade de distinguir o sabor de carboidratos doces. No quesito utilidade para o homem, vamos apenas dizer que não são nada propensos a seguir ordens. Esses atributos sugerem que enquanto os outros domesticados foram resgatados da vida selvagem pelos homens, que os criaram para tarefas específicas, os gatos mais provavelmente optaram por viver entre os homens, devido às oportunidades que eles próprios encontraram.
Os povoamentos iniciais do Crescente Fértil entre nove e dez mil anos atrás, durante o período neolítico, criaram um ambiente totalmente novo para quaisquer animais selvagens que fossem suficientemente flexíveis e curiosos (ou apavorados e famintos) para explorá-lo. O camundongo doméstico, o Mus musculus domesticus, foi um desses animais. Os arqueólogos descobriram restos desse roedor, originário do subcontinente da Índia, no meio dos primeiros depósitos de grão selvagem dos homens, em Israel, datando de cerca de dez mil anos atrás. O camundongo provavelmente não conseguia competir bem com os camundongos selvagens locais que viviam ao ar livre, mas mudando-se para as casas e armazéns das pessoas, proliferou.
É quase certo que, no caso, esses camundongos atraíram os gatos. Mas as montanhas de lixo nos arredores das cidades provavelmente também foram um grande atrativo, fornecendo recursos o ano inteiro para os felinos que tivessem a esperteza de explorá-los. Essas duas fontes de alimento teriam incentivado os gatos a se adaptarem à vida junto aos homens; usando o jargão da biologia evolucionária, a seleção natural favoreceu os gatos que foram capazes de coabitar com os homens e assim ganharem acesso ao lixo e aos camundongos.
Com o tempo, os gatos selvagens mais tolerantes com a vida nos ambientes dominados pelos homens começaram a proliferar em vilarejos em todo o Crescente Fértil. A seleção nesse novo nicho teria sido principalmente pela mansidão, mas a competição entre os gatos também teria continuado a influenciar sua evolução e a limitar sua docilidade. Como, sem dúvida, esses protogatos domésticos foram deixados para se virar sozinhos, suas aptidões de caça e de remexer o lixo permaneceram agudas. Ainda hoje, a maioria dos gatos domesticados é independente e consegue sobreviver facilmente sem os humanos. Isso fica claro observando o enorme número de gatos soltos nas metrópoles, cidades e vilarejos de todo o mundo.
Considerando-se que os gatos pequenos obviamente não provocam muito dano, as pessoas provavelmente não se importaram com a companhia deles. Elas podem, até mesmo ter incentivado os gatos a ficar ao redor ao ver que afugentavam os camundongos e as cobras. Os gatos também podem ter tido outro atrativo. Alguns especialistas especulam que os gatos selvagens têm características que podem tê-los pré-adaptados a desenvolver uma relação com as pessoas. Em especial, esses gatos têm traços “graciosos”: olhos grandes, um rosto arrebitado e alongado, a testa alta e arredondada, dentre outros – conhecidos por evocar carinho e proteção dos humanos. A causa mais provável, porém, pode ter sido que algumas pessoas levaram os gatinhos para casa apenas porque os acharam adoráveis e os amansaram, propiciando-lhes o primeiro passo dentro do lar humano.
Por que a F. s. lybica, o gato selvagem africano, foi a única subespécie de gato selvagem a ser domesticada? As evidências dos relatos sugerem que algumas outras subespécies, como o gato selvagem europeu e o gato-da-areia da China são menos tolerantes com as pessoas. Se for assim, esse traço em si pode ter impedido a sua adoção em lares. Em contraposição, os gatos selvagens mais amistosos do sul da África e da Ásia Central podem muito bem ter sido domesticados sob condições favoráveis. Mas a F.s. lybica tinha a grande vantagem de estar perto dos primeiros povoamentos. Conforme a agricultura se espalhou, a partir do Crescente Fértil, houve o amansamento da F. s. lybica, preenchendo o mesmo nicho em cada região em que penetravam – e efetivamente fechando a porta para as populações nativas de gatos selvagens. Se os gatos domésticos do Oriente Médio nunca tivessem chegado à África ou à Ásia, talvez os gatos selvagens autóctones pudessem ter sido atraídos para os lares e vilarejos conforme as civilizações se desenvolviam.
Ascensão da Deusa
Não sabemos quanto tempo levou a transformação do gato selvagem africano para um companheiro doméstico carinhoso. Os animais podem ser domesticados bem rapidamente sob condições controladas. Em uma famosa experiência iniciada em 1959, cientistas russos, usando procedimentos altamente seletivos de raças, produziram raposas prateadas mais mansas a partir de espécimes selvagens em apenas 40 anos. Mas sem portas ou janelas, os agricultores neolíticos não teriam a possibilidade de forçar o controle da raça dos gatos mesmo se quisessem. Parece razoável sugerir que a falta da influência humana na apuração de raças e no provável cruzamento entre gatos domésticos e selvagens evitaram o amansamento rápido, atrasando a transformação, que só ocorreu em milhares de anos.
Embora a linha de tempo exata da domesticação do gato permaneça nebulosa, evidências arqueológicas já conhecidas há muito tempo permitem alguma compreensão desse processo. Depois da descoberta cipriota, as próximas indicações mais antigas da associação entre homens e gatos são um dente molar de um felino de um depósito arqueológico em Israel, que data aproximadamente de nove mil anos, e outro dente no Paquistão, de cerca de quatro mil anos.
O testamento da domesticação completa vem de um período muito porterior. Uma estatueta, de Israel, de um gato em marfim, de quase 3.700 anos, indica que o animal era comumente visto perto de lares e vilarejos do Crescente Fértil antes de sua introdução no Egito. Esse cenário é lógico, já que todos os outros animais domésticos (exceto o asno) e as plantas foram introduzidos no vale do Nilo a partir do Crescente Fértil. Mas são as pinturas egípcias, do chamado período do Novo Império (a era de ouro do Egito iniciada há pouco mais de 3.500 anos), que propiciam as representações conhecidas mais antigas e definitivas da domesticação total. Essas pinturas mostram tipicamente os gatos sob as cadeiras, às vezes, com coleiras ou focinheiras e, com frequência, comendo das tigelas ou se alimentando de sobras. A abundância dessas ilustrações sinaliza que os gatos tinham se tornado membros comuns dos lares egípcios naquela época.
Em grande parte, é devido a essas imagens evocativas que os acadêmicos tradicionalmente percebem o Egito antigo como o local da domesticação dos gatos. Entretanto, mesmo as mais antigas representações egípcias de gatos selvagens são 5 mil ou 6 mil anos mais recentes que o enterro cipriota de 9.500 anos atrás. Embora a cultura egípcia antiga não possa reivindicar o início da domesticação do gato, entre suas várias conquistas, com certeza, ela teve um papel essencial na posterior formação da dinâmica da domesticação e da dispersão de gatos por todo o mundo. De fato, os egípcios levaram o amor aos gatos a outro nível. Há 2.900 anos, o gato doméstico se tornou a divindade oficial do Egito, na forma da deusa Bastet, e os gatos domésticos eram sacrificados, mumificados e enterrados, em grande número, em Bubastis, cidade sagrada de Bastet. Avaliado em toneladas, o incrível número de gatos mumificados, lá encontrados, indica que os egípcios não apenas recolhiam populações ferais ou selvagens, mas pela primeira vez na história, criavam ativamente os gatos domésticos.
Durante séculos, o Egito proibiu oficialmente a exportação de seus venerados gatos. Entretanto, há cerca de 2.500 anos, os animais conseguiram chegar à Grécia, o que prova a ineficiência da proibição de exportação. Mais tarde, navios carregados de grãos zarparam diretamente de Alexandria para vários destinos do Império Romano e, com certeza, havia gatos a bordo para dar conta dos ratos. Dessa forma, os gatos devem ter estabelecido colônias em cidades portuárias, e a partir daí se espalharam. Há aproximadamente 2.500 anos, enquanto os romanos expandiam seu império, os gatos domésticos viajaram com eles, acabando por se tornar comuns em toda a Europa.
Uma evidência dessa disseminação dos gatos pode ser encontrada na localidade alemã de Tofting, em Schleswig, no período entre os séculos 4 e 10, além das crescentes referências a gatos na arte e literatura daquele período. (Por estranho que pareça, os gatos domésticos devem ter chegado às Ilhas Britânicas antes de serem levados pelos romanos, numa dispersão que os pesquisadores ainda não conseguiram explicar.)
Enquanto isso, acredita-se que, no outro lado do planeta, os gatos domésticos tenham chegado ao Oriente há quase 2.500 anos, seguindo as rotas comerciais bem estabelecidas entre Grécia e Roma e o Extremo Oriente, atingindo a China, passando pela Mesopotâmia e alcançando a Índia tanto por terra quanto por mar. Então, algo interessante aconteceu: pelo fato de não existir por lá qualquer gato selvagem nativo, com os quais os recém-chegados pudessem cruzar, os gatos orientais logo passaram a seguir uma trajetória própria. Pequenos grupos isolados de gatos domésticos orientais gradualmente adquiriram cores características de pelagem, além de outras mutações, por meio de um processo conhecido como oscilação genética, na qual traços que não são benéficos, tampouco negativos, acabam se fixando em certa população.
Essa oscilação levou ao aparecimento dos gatos korat, siamês, birmanês e de outras “raças naturais”, descritas pelos monges budistas tailandeses em um livro denominado Tamara Maew(poemas do livro-gato), com data provável de 1350. A suposta antiguidade dessas raças foi comprovada pelos resultados de estudos genéticos anunciados no ano passado, nos quais Marilyn Menotti-Raymond, do National Cancer Institute e Leslie Lyons, da Davis, University of California, encontraram diferenças de DNA entre as raças de gatos domésticos contemporâneos europeus e orientais, indicativas dos mais de 700 anos de procriação independente na Ásia e Europa.
Em oposição, pouco se sabe de como os gatos chegaram à América. Está devidamente documentado que Cristóvão Colombo e os outros navegantes da época levavam gatos a bordo durante viagens transatlânticas. Diz-se também que os viajantes a bordo do Mayflowere os residentes de Jamestown, nos Estados Unidos, trouxeram gatos consigo, para controlar os insetos e trazer boa sorte. Menos ainda se sabe da chegada dos gatos à Austrália, embora os pesquisadores presumam que tenham viajado com colonizadores europeus no século 17. Nosso grupo do U.S. National Institutes of Health vem estudando essa questão, usando o DNA.
Aperfeiçoamento em Busca da Beleza
Embora os seres humanos possam ter desempenhado um papel de menor importância no desenvolvimento das raças naturais do Oriente, o esforço para produzir novas raças teve início há relativamente pouco tempo. Mesmo os egípcios, que sabidamente criavam gatos extensivamente, não pareciam buscar traços característicos, provavelmente pelo fato de não terem surgido na época variações distintas: em suas pinturas, tanto os gatos selvagens quanto os domésticos foram retratados com o mesmo tipo de pelo tigrado. Com base nos escritos de história natural do artista Harrison Weir, especialistas acreditam que a maioria das espécies contemporâneas foi criada nas Ilhas Britânicas, no século 19. Em 1871 ocorreu a primeira exposição de gatos, com raças criadas para o fim específico de chegar a determinada aparência. Os animais foram exibidos no Crystal Palace, em Londres (a vitória coube a um persa, embora os siameses tenham provocado alvoroço).
Hoje, a Cat Fancier’s Association e a International Cat Association reconhecem quase 60 raças de gatos domésticos. Apenas cerca de uma dúzia de genes é responsável pelas diferenças na cor, comprimento e textura dos pelos, assim como por outras características mais sutis, como a tonalidade e o brilho da pelagem das raças.
Graças ao sequenciamento do genoma completo de um gato abissínio, chamado Cinnamon, em 2007, os geneticistas vêm identificando rapidamente as mutações que produzem esses traços, como as cores malhada, o preto, o branco e o laranja, o pelo longo e muitos outros. Entretanto, além das diferenças nos genes relativos à pelagem, a variação genética entre as espécies de felinos domésticos é muito sutil, comparável à diferença entre as populações humanas próximas, como franceses e italianos.
A ampla gama de tamanhos, formas e temperamentos, encontrada em cães (comparem um chihuahua com o enorme dinamarquês), é inexistente entre os gatos. Os felinos mostram muito menos variedade, pois, diferentemente dos cães que, desde os tempos pré-históricos, eram criados visando certas tarefas, como a guarda, a caça e o pastoreio, os gatos selvagens não foram submetidos a essas pressões de criação seletiva. Para entrar em nossos lares, tiveram apenas de desenvolver certa disposição amigável em relação aos homens.
E será que os gatos atuais estão realmente domesticados? Bem, sim, mas apenas o suficiente, pois embora satisfaçam o critério de tolerar os seres humanos, a maioria dos gatos domésticos ainda é livre e não conta com os homens para alimentá-lo ou para se acasalar. E, se por um lado, outros animais domesticados, como os cães, pareçam bastante diferentes dos seus ancestrais, o gato comum doméstico mantém muito da sua aparência original. Existem algumas diferenças morfológicas: as pernas mais curtas, um cérebro menor e, como bem notou Charles Darwin, um intestino mais comprido, que pode ser uma adaptação advinda do ato de remexer sobras de cozinha.
Mesmo assim, o gato doméstico está longe de parar de evoluir. De posse da tecnologia de inseminação artificial e da inseminação in vitro, hoje os criadores de gatos impulsionam a genética dos felinos domésticos em direção a um terreno inexplorado: estão criando gatos domésticos híbridos com outras espécies de felinos, produzindo novas espécies exóticas. O gato bengal e o caracata, por exemplo, resultaram do cruzamento do leopardo asiático com o caracal, respectivamente. O gato doméstico pode, por isso mesmo, estar às portas de uma evolução radical e sem precedentes, em um animal composto de multiespécies, cujo futuro só pode ser imaginado.
CONCEITOS-CHAVE
- Ao contrário de outras criaturas domesticadas, o gato doméstico contribui pouco para a sobrevivência humana. Assim, os pesquisadores refletem sobre como e por que os felinos vieram a coabitar com as pessoas.
- Os especialistas tradicionalmente acreditavam que os egípcios foram os primeiros a amansar o gato, há cerca de quatro mil anos.
- Descobertas arqueológicas e genéticas recentes indicam que a domesticação do gato se iniciou no Crescente Fértil, talvez há cerca de dez mil anos, nos primórdios da agricultura.
- As descobertas sugerem que os gatos começaram a ficar à vontade com as pessoas para se aproveitar dos camundongos e dos restos de alimentos encontrados nos povoamentos.
— Os editores
[DESCOBERTAS] - O ANCESTRAL DO GATO DOMÉSTICO
Pesquisadores examinaram o DNA de quase mil gatos selvagens e domésticos de todo o Velho Mundo para determinar que subespécies do gato selvagem, Felis silvestris, deram origem ao gato doméstico. Descobriram que o DNA se concentrou em cinco grupos, baseados na semelhança das sequências. Observaram que os gatos selvagens de cada grupo vieram da mesma região do mundo (mapa). No entanto, os gatos domésticos se agruparam apenas com a subespécie F. silvestris lybica, o gato selvagem africano (fotografia). O resultado mostrou que, sem dúvida, todos os gatos domésticos descendem apenas da F. s. lybica (árvore genealógica).
DOMESTICAÇÃO PRECOCE:
Tradicionalmente, os antigos egípcios levaram o crédito por domesticar o gato há aproximadamente 3.600 anos. Entretanto, em 2004, arqueólogos trabalhando na ilha mediterrânea de Chipre descobriram uma cova de 9.500 anos, contendo um humano adulto e um gato. Como os gatos não eram nativos de Chipre, devem ter sido trazidos em barcos, provavelmente da região oriental próxima. A descoberta sugere que as pessoas do Oriente Médio começaram a manter gatos como animais de estimação muito antes dos egípcios.
LINHA DO TEMPO] - DE SELVAGENS A DOMÉSTICOS
Pesquisadores, baseados em registros arqueológicos e históricos, acreditam que a transformação do gato selvagem africano em um animal de estimação onipresente transcorreu no decorrer de milhares de anos.
- 10.500 - 9.500 ANOS ATRÁS
Restos de um camundongo doméstico preservado entre os depósitos de grãos em Israel; o início da agricultura e dos povoados permanentes cria oportunidades de aproximação entre os gatos e os homens, com o fim de caçar camundongos.
- HÁ 9.500 ANOS, Enterro duplo de um ser humano e de um gato na ilha mediterrânea de Chipre; evidência mais antiga de uma relação especial entre as pessoas e os gatos.
- HÁ 3.700 ANOS Estatueta de marfim, esculpida em Israel, sugere que os gatos eram comumente vistos próximo de povoamentos no Crescente Fértil.
HÁ 3.600 ANOS, Artistas pintam gatos domesticados em Tebas, Egito; a evidência mais antiga e óbvia do gato totalmente domesticado.
- HÁ 2.900 ANOS Gatos se tornam “divindades oficiais” do Egito, na forma da deusa Bastet; o enorme número de gatos sacrificados e mumificados na sua cidade sagrada indica que os
egípcios criavam gatos domésticos.
- HÁ 2.300 ANOS, Auge da adoração do gato no Egito; os governantes ptolomaicos mantêm restrições severas para a exportação de gatos.
- HÁ 2.000 ANOS Restos preservados de gato em localidade alemã de Tofting, em Schleswig, e referências crescentes aos felinos na arte e na literatura mostram que os gatos domésticos eram comuns em toda a Europa.
- 1350-1767 Tamara Maew (ou os poemas do livro-gato), composto por monges budistas na Tailândia, descreve as raças naturais autóctones como o siamês, que surgiram em grande parte por meio de oscilações genéticas, em contraste com a intervenção humana.
- SÉCULO 19 A maioria das raças modernas se desenvolveu na Ilhas Britânicas, de acordo com textos do artista inglês de história natural, Harrison Weir.
- 1871 Exposição de gatos no Crystal Palace, em Londres, é a primeira a incluir raças desenvolvidas pelo homem.
- 2006 Primeiro gato hipoalergênico criado pela Allerca
DISPERSÃO] – GATOS A TIRACOLO
Conforme a agricultura e os povoamentos se espalharam do Crescente Fértil para o resto do mundo, ocorreu o mesmo com os gatos domésticos. O mapa abaixo mostra o que se presume ser as primeiras ocorrências de gatos domésticos em regiões de todo o globo.
SALVAÇÃO DO GATO SELVAGEM ESCOCÊS
A espécie escocesa, representante do gato selvagem europeu do norte, adaptada às condições ambientais e climáticas muito diversas daquelas em que vivem as outras espécies, se encontra criticamente ameaçada, devido ao cruzamento com gatos domésticos livres. De acordo com a última estimativa, talvez restem apenas 400 gatos selvagens escoceses puros. Porém, separar os felinos escoceses dos gatos híbridos e domésticos é uma tarefa desafiadora, pois eles são muito semelhantes. Com esse propósito, os autores recentemente descobriram uma assinatura genética única do gato selvagem escocês, que permite a identificação precisa. Esse processo facilitará enormemente a implantação da proteção legal desse animal.
A Verdade sobre Cães e Gatos
Diferentemente dos cães, que existem em uma vasta gama de tamanhos, formas e temperamentos, os gatos domésticos são relativamente homogêneos, diferindo principalmente quanto à pelagem. O motivo para a relativa falta de variação entre os gatos é simples: os homens vêm criando cães para os auxiliarem em tarefas específicas, como caçar ou puxar trenós, enquanto aos gatos falta a inclinação para desempenhar a maior parte das tarefas que seriam úteis aos homens, estando, portanto, imunes a essa pressão de seleção de raças.
PARA CONHECER MAIS
Cats: ancient and modern. Juliet Clutton- Brock, Harvard University Press, 1993.
The natural history of the wild cats. Andrew Kitchener, Cornell University Press, Comstock Publishing Associates, 1997.
A natural history of domesticated mammals. Juliet Clutton-Brock, segunda edição, Cambridge University Press, 1999.
The near eastern origin of cat domestication. Carlos A. Driscoll et al. Em Science, vol. 317, págs. 519-523; 2007.
Patterns of molecular genetic variation among cat breeds. Marilyn Menotti-Raymond et al. em Genomics, vol. 91, págs. 1-11; 2008.
Aditivos acidulantes, antioxidantes ou aromatizantes
Você fica incomodado quando sabe que um determinado produto possui aditivos como acidulantes, antioxidantes ou aromatizantes? Pois é assim, de forma negativa, que se comporta o consumidor diante da presença destes micro-ingredientes encontrados sejam em alimentos para animais ou mesmo para consumo humano. E isso não se limita a produtos para cães e gatos.
Há um consenso, entre técnicos do setor, nutricionistas e especialistas em marketing, que acreditam que a palavra aditivo é confundida com substâncias negativas e tem uma imagem nociva junto aos consumidores. "Isso acontece porque falta esclarecer ao consumidor os motivos do uso dos aditivos e quais são suas ações", lembra o nutricionista Walter de Albuquerque Araújo.
Micro-ingredientes - A adição de substâncias orgânicas ou inorgânicas aos alimentos de cães e gatos – assim como nos demais alimentos fornecidos aos animais de criação – está prevista na legislação brasileira. A Lei 6.198/74 e seu regulamento - decreto 76.986/76, artigo 4 item VII - define "aditivo" como substância adicionada ao alimento, com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique o seu valor nutritivo. Estão inclusos nesta categoria os corantes, conservadores, antioxidantes e outros elementos.
Polemica à parte, o Sindirações e a Anfal - por meio de sua comissão de tecnologia – decidiu sair na frente e alterar a conceituação do termo aditivo em trabalho conjunto com o CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal e o Ministério da Agricultura. A proposta da comissão é mudar o nome para "micro-ingredientes de alimentação" dando nova redação ao termo: "micro-ingredientes de alimentação são constituídos por toda substância ou mistura de substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades desejáveis e suprimir as propriedades indesejáveis e que sejam utilizados sob determinadas normas".
Walter de Araújo explica que a proposta também classifica os micro-ingredientes em 13 grupos com definições claras quanto à sua natureza e função científica na nutrição. Estes grupos estão divididos em três classes por seu modo de ação específico ou característica funcional: Grupo A – Pró-nutrientes; Grupo B – Coadjuvantes de Elaboração; e Grupo C – Profiláticos. No momento, aguarda-se apenas a publicação oficial da alteração pelo Ministério da Agricultura.
Quais seriam, então, os aditivos ou micro-ingredientes de alimentação mais usados na produção de alimentos para cães e gatos? São sete as principais substâncias incorporadas aos alimentos, resumidas nos tópicos a seguir.
Acidificantes - são ácidos orgânicos ou inorgânicos adicionados a dieta, visando reduzir o pH do trato digestivo com o objetivo de facilitar a digestão e controlar a flora microbiana. Detalhe: nos alimentos dos gatos, os acidificantes exercem um efeito realçador da paletabilidade e ajudam a prevenir a formação de cálculos (de pH alcalino) no trato urinário inferior de felinos. Estes animais por características da espécie tem predileção pelo sabor picante dos seus alimentos. É bom saber que os gatos são intolerantes ao ácido benzóico, muito empregado como conservante de alimentos para humanos: sua toxidez para os gatos está relacionada a incapacidade da espécie para detoxicação rápida dos compostos fenóis. O ácido benzóico é uma substância fenólica como é também o ácido acetil salicílico (Aspirina, AS). Estes aditivos não devem ser usados nos alimentos dos gatos. Exemplo: Ácido Fosfórico.
Adsorventes - são substâncias que não são absorvidas no trato gastrintestinal e por suas propriedades ligam-se a substâncias nocivas como as micotoxinas de modo a transportá-las total ou parcialmente para fora do trato digestivo e, conseqüentemente, impedir que ocorra a intoxicaçã o. Exemplo: Aluminosilicatos (Bentonita e Zeolita).
Antifúngicos - são substâncias utilizadas com a finalidade de prevenir ou eliminar a presença de fungos (mofo, bolores) em matérias-primas e alimentos destinados à nutrição animal. Quando o mofo se desenvolve no alimento são produzidas micotoxinas. As micotoxinas são substâncias nocivas que intoxicam tanto os animais como a espécie humana. Por outro lado, o desenvolvimento de mofo causa perdas no valor nutritivo do alimento, mau odor e alteração na sua paletabilidade. Exemplo: Ácido Propiônico e seus sais.
Antioxidantes - são substâncias que visam evitar a auto-oxidação dos alimentos, conservando suas qualidades. A oxidação de gorduras e óleos provoca o desenvolvimento de odor e paladar desagradáveis e torna os alimentos menos nutritivos diminuindo a sua aceitação até o ponto de ser recusados pelos animais. Além das gorduras e óleos, vários outros ingredientes da alimentação, como pigmentos e vitaminas, são vulneráveis a oxidação quando em contato com o ar atmosférico. Exemplos: B.H. T e Etoxiquin.
Aromatizantes e palatabilizantes - a maior parte dos aromatizantes também age como palatabilizantes, sendo considerados item único na composição dos alimentos. Os aromatizantes são substâncias que conferem aroma ao produto destinado a alimentação, melhorando a sua aceitação e, conseqüentemente, estimulando o seu consumo pelo animal. Provocam a secreção das glândulas salivares e de suco gástrico, favorecendo o melhor aproveitamento do alimento pelo organismo. Os palatabilizantes são substâncias que melhoram o paladar dos produtos destinados à alimentação animal. Exemplos: alho, bacon, carne, frango, peixe, fígado etc.
Corantes - são substâncias que conferem ou intensificam a cor dos produtos destinados à alimentação animal. Podem ser naturais, artificiais e inorgânicos. Exemplos: açafrão, urucum, caramelo etc.
Probióticos - são várias espécies de microorganismos que agem como auxiliares na recomposição da flora microbiana intestinal, diminuindo a concorrência dos microorganismos indesejáveis e dos causadores de doenças. Exemplos: Saccharomyces cerivisae, Lactobacillos acidophilus e Streptccoccus faecium.
Os principais aditivos
Acidificantes: Melhor digestão
Adsorventes: Impedir intoxicação
Antifúngicos : Não aos fungos
Antioxidantes: Melhor qualidade
Aromatizantes: Melhor aroma e paladar
Corantes: Cor natural
Probióticos: Recomposição do flora
FONTE:
Revista Alimentação Animal - Número 17 - Jan/Mar/2000
Sindicato Nacional da Indústria Alimentação Animal – SINDIRAÇÕES
R Claudio Soares, 160 – CEP 05422-030 – São Paulo-SP
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