Lembre-se que todo animal deve ser consultado por médico veterinário que em excelência poderá determinar o melhor tratamento e demais recomendações para integridade e bem estar de seu pet.
Cães e gatos pouco afetados geralmente são alegres e espertos, não parecendo doentes, exceto pela diarréia. Os animais afetados mais gravemente podem ter vômitos, ficar deprimidos, desidratados e desanimados, e apresentar diarréia cada vez mais freqüente e com a possível presença de sangue. Animais com diarréia do intestino delgado normalmente produzem um volume maior de fezes. Eles defecam de duas a quatro vezes por dia, perdem peso, ocasionalmente têm melena (sangue nas fezes), alguma flatulência e eventualmente, borborigmos e vômitos.
Definida como uma descarga muito freqüente de fezes líquidas, a diarréia é uma enfermidade bastante comum que pode variar em gravidade, desde uma pequena inconveniência, até uma doença grave em que o animal fica muito enfermo e desidratado. A diarréia pode ser classificada como aguda quando os sintomas se instalam rapidamente e não duram mais que uma semana. Ou a diarréia pode ser crônica, durando de semanas a meses. Cães e gatos com diarréia crônica podem passar por períodos alternados de melhora e agravamento da enfermidade. A diarréia também pode ser classificada pela origem no intestino delgado ou no intestino grosso. A do primeiro tipo é provocada por algo que causa dano ou irritação ao estômago ou ao intestino delgado. A segunda significa que o intestino grosso ou o cólon está sofrendo dano ou irritação da mesma forma. Há numerosas causas para a diarréia, tais como a ingestão de alimentos deteriorados ou lixo, mudança súbita de dieta, a presença de parasitas, dieta com alto teor de gordura, vírus, bactérias, parasitas, medicamentos e até câncer. Normalmente, os animais com diarréia aguda que não estão doentes ou desidratados são tratados sintomaticamente. Nos casos de diarréia grave ou crônica, uma série de exames para diagnóstico será necessária para determinar e tratar a causa anterior. A diarréia crônica é difícil de diagnosticar e curar em alguns gatos. Cães com diarréia do intestino grosso produzem um volume menor de fezes de cada vez, defecam com mais freqüência (em torno de quatro vezes ao dia). A perda de peso é mínima ou nenhuma, mas pode haver sangue, muco e tenesmo ocasionais e urgência para defecar. Vômitos são incomuns. SINTOMAS Os animais afetados de maneira leve, geralmente ficam alegres e espertos, não parecendo doentes, exceto pela diarréia. Animais afetados mais gravemente podem vomitar, ficar deprimidos, desidratados e desanimados, e ter diarréia cada vez mais freqüente e com a possível presença de sangue. Os gatos podem ser incapazes de evitar a defecação fora da caixa de areia. Podem ter vômitos ocasionais e "borborigmos" intestinais. DESCRIÇÃO Quando os intestinos estão irritados ou adoentados, tendem a reagir de três maneiras. A primeira é a inabilidade de absorver líquidos e nutrientes para a corrente sanguínea. A segunda é permitir a entrada de mais secreções líquidas da corrente sanguínea no intestino. Ambas as reações resultam num aumento da quantidade de líquido nos intestinos. O terceiro resultado possível de irritação ou doença dos intestinos é o aumento dos movimentos peristálticos, daí o rápido movimento de fezes líquidas ou moles que ocorre com a diarréia. DIAGNÓSTICO Cães e gatos com diarréia leve e que não estão enfermos, geralmente precisam de exames mínimos, apenas um teste de flutuação fecal para checar a presença de larvas de parasitas intestinais. Os parasitas em potencial incluem giárdia, ancilóstoma, toxocara e trichuris. Gatos podem ter também coccidiose. E um teste de parvovírus pode ser apropriado para os animais jovens. Animais doentes ou que têm diarréia crônica precisam de exames adicionais. Para estabelecer as possíveis causas da diarréia, o veterinário deve primeiro determinar se esta está relacionada com o intestino delgado, o intestino grosso, ou ambos. Geralmente se requisita exames sorológicos para determinar como está o funcionamento de órgãos vitais como o fígado e os rins. Também são feitos um hemograma completo e contagem de plaquetas. Os resultados irão indicar se existe infecção por vírus ou bactéria. Também vão mostrar se o animal está anêmico ou se há uma infecção por fungo. Para gatos, em particular, podem ser úteis outros exames de sangue como o de nível de hormônio na tireóide e exames de monitoramento dos vírus de doenças como a leucemia e a imunodeficiência felina. Ocasionalmente, são necessários exames mais especializados como ultra-sonografia, endoscopia e radiografias do abdômen. A ultra-sonografia usa ondas sonoras para ajudar na visualização das estruturas dos diferentes órgãos como intestinos, fígado, rins e pâncreas. A endoscopia é feita com anestesia geral e requer a passagem, através da boca, de um tubo flexível com uma câmera na ponta que possibilita ao veterinário examinar o estômago e os intestinos. Um tubo endoscópico pode ser introduzido no reto para examinar também o cólon. Amostras de tecido podem ser coletadas e examinadas ao microscópio para diagnosticar algumas doenças. Radiografias do abdômen podem checar se há obstrução intestinal. Pode ser dado contraste (bário) ao cão ou gato: esta substância revela na radiografia quaisquer irregularidades ou anormalidades dentro dos intestinos. O veterinário poderá determinar quais os exames necessários para se chegar a um diagnóstico. Sinais de alerta de doença em cães Um cão que está indisposto faz tudo para convencer seu dono de que está bem. Isso vem de milhares de anos de instinto. No meio selvagem, um animal obviamente doente ou fraco (mesmo um predador) é tão bom quanto o sadio. Mesmo que ele não tenha que se preocupar muito com isso, o instinto de seu cão ainda lhe diz para ocultar quaisquer sinais de doença. Você precisará de um olho clínico e boas habilidades de observação para perceber alguma das pistas mais sutis. Claro, quanto mais você conhecer seu cão, mais fácil será. Algumas das coisas a procurar são básicas: o modo que seu cão olha, age, come e bebe. Por exemplo, pode parecer que ele ganhou peso, mesmo se seu apetite não mudou muito, ou como se estivesse perdendo peso, mesmo se estiver comendo mais. Uma alteração de 10% no peso, que poderia ser tão pouco quanto 1/2 kg em um cão pequeno, é algo a levar à atenção de seu veterinário. Normalmente, sabemos que nosso cão está se sentindo bem quando se atira na comida. Não é estranho, contudo, se ele pular uma refeição ou duas, especialmente em dias quentes. Isso é algo com o que se preocupar. Se seu cão torcer o nariz para a comida por mais de dois dias, ligue imediatamente para seu veterinário. Algumas doenças e medicamentos fazem com que os cães desenvolvam hábitos alimentares que estão evidentemente fora do comum para eles. Um cão que nunca foi um ladrão de comida e de repente começa a se aventurar na lata de lixo ou roubar comida da mesa está dizendo a você que precisa de um exame geral ou um ajuste em sua medicação. Um cão que começa a beber muita água pode estar desenvolvendo diabetes ou doença dos rins. Você pode não perceber o consumo extra de água facilmente, mas deve poder perceber o aumento na quantidade de urina. Ele estará produzindo quantidades muito maiores de urina e terá que sair com mais freqüência. Ele também pode começar a ter acidentes em casa. Um cão saudável tem uma pelagem espessa e brilhante. Uma pelagem opaca ou com partes ásperas, secas ou peladas é um sinal de que algo não está bem. O problema poderia ser o tipo de comida que seu cão está comendo, uma alergia a pulgas ou outro problema de pele. Seja qual for o caso, o conselho de seu veterinário o ajudará a colocar seu bichinho de volta na linha. Um sinal mais sutil de enfermidade é o que os artigos veterinários chamam de "letargia" (em termos simples, significa preguiça ou lentidão). Um cão que é letárgico pode não mostrar interesse em sair para um passeio, mesmo que esse seja normalmente o ponto alto de seu dia. Ele não quer brincar, nem mesmo seu jogo favorito de pegar a bola de tênis. Agora, algumas vezes a letargia pode ser atribuída a um dia quente, a ficar dolorido após uma longa caminhada extra, ou simplesmente por se sentir mal-humorado. Se isso continuar por mais de dois dias, contudo, fale com seu veterinário. Um sinal familiar e não tão sutil de enfermidade é o vômito. O vômito é menos dramático no mundo canino do que no nosso, e os cães vomitam deliberadamente para se livrar de algo que não é bom para eles. O vômito brando ocasional normalmente não é nada com o que se preocupar. Mas se seu cão vomitar freqüentemente ou várias vezes seguidas, tiver febre, parecer deprimido ou com dor, ou tiver sangue no vômito ou este for forçado, você deve ligar imediatamente para o veterinário. Por mais desagradável que pareça, as fezes do seu cão são uma pista de sua saúde. As fezes de um cão saudável são pequenas, firmes e úmidas. Fezes secas e duras que fazem seu cão se esforçar na eliminação podem ser um sinal de que seu cão não está bebendo água o suficiente, ou pode ser uma dica de outro problema alimentar ou de saúde. Segmentos riscados em formato de arroz nas fezes indicam vermes. Não é incomum que ocasionalmente as fezes sejam moles ou líquidas ou contenham muco ou até mesmo uma mancha de sangue. Porém diarréia, esforço, ou fezes mucosas ou tingidas de sangue que duram mais que dois dias devem levar a uma visita ao veterinário. Se o problema de eliminação vier acompanhado de outros sinais - febre, vômito, letargia, perda de apetite, diarréia hemorrágica - ligue imediatamente para o veterinário. Na próxima seção, cobriremos um aspecto crucial do cuidado canino: como evitar o aparecimento de doenças. Primeiros sinais de alerta de doença Os sinais a seguir de doença podem indicar problemas potencialmente graves. Se você perceber qualquer um desses sintomas, deve ligar imediatamente para seu veterinário e marcar uma consulta. • Ele parece cansado ou preguiçoso. • Tem dificuldade em urinar ou está urinando mais que o normal. • Está arrastando ou correndo com o traseiro no chão. Ele pode ter vermes, suas glândulas anais podem estar bloqueadas, ou pode ter doença de rins ou diabetes. • Está bebendo mais água que o normal. • Não quer comer e perde mais de duas refeições. • Come muito mas está perdendo peso. • Está babando demais. Pode estar com problema de dentes ou gengivas, ou pode ter engolido algo venenoso. • Suas gengivas estão vermelhas ou inchadas. • Seus olhos estão embaçados ou vermelhos, está entortando os olhos ou tem muita secreção no olho. • Está ofegante ou com respiração curta. • Demonstra medo ou choraminga quando é tocado. • Tem algum tipo de inchaço em seu corpo. • Vomita, tem ânsia, espirra ou tosse repetidamente. • Sua pelagem está dura ou opaca. • Não é esterilizado e tem corrimento vaginal. • Tosse ou vomita com sangue. • Tem febre. Os sinais a seguir de doença podem indicar problemas muito graves. Se você perceber qualquer um dos sintomas abaixo relacionados, leve seu cão ao médico imediatamente. • Ele está desidratado. Pegue a pele atrás de seu pescoço. Se ela não retornar rapidamente ao lugar, ele pode estar desidratado. Outro sinal de desidratação são as gengivas secas ou pegajosas. • Suas gengivas estão pálidas, brancas ou azuis. • Não consegue urinar. • Tem desmaios ou colapsos. • Tem ataque ou convulsão. • Fica superaquecido. • Seu abdômen fica inchado. Ele pode ter uma torção gástrica (uma torção em seu estômago), tumor mamário, doença cardíaca ou hepática, peritonite (inflamação do revestimento abdominal) ou piometra (infecção uterina). • Não consegue usar suas pernas traseiras. Alguns casos podem ser levados a um especialista em Endocrinologia Veterinária. O prognóstico é excelente para a diarréia aguda leve: a afecção deve melhorar em poucos dias. Os casos mais complicados de diarréia podem levar mais tempo para passar, mas, se a causa puder ser tratada, a diarréia normalmente vai ceder também. As causas são numerosas, mas as mais comuns são a ingestão de comida deteriorada, a mudança súbita da dieta, a intolerância à lactose, a algum alimento ou aditivo, ou simplesmente excesso de comida. Outras possíveis causas são vírus como o parvovírus ou coronavírus e bactérias como Salmonela, Clostridium e E. coli. Parasitas intestinais como a giárdia, toxocara, coccidia e ancilóstoma também podem causar diarréia. Outras causas incluem medicamentos como aspirinas ou esteróides, inflamação do intestino, males endócrinos como doença nos rins ou fígado, hipertireoidismo e câncer. TRATAMENTO O tratamento para animais que têm diarréia leve, mas não estão desidratados ou enfermos, geralmente consiste em jejum de vinte e quatro horas, seguido de dieta branda, com baixo teor de gordura, como arroz cozido, batatas, carne magra ou frango cozido, queijo cottage ou iogurte, em pequenas porções, por dois ou três dias. Também há rações comerciais para os intestinos, disponíveis com prescrição do médico veterinário. A diarréia deve ceder em poucos dias. Os proprietários não devem suspender a água, a menos que sejam instruídos para isso. Se a diarréia persistir, o problema anterior deve ser tratado para curá-la. Pode ser necessária a administração de soro, por via oral ou intravenosa, para reidratar e prevenir futura desidratação do animal. Os antibióticos vão tratar de qualquer bactéria intestinal. Se o exame de flutuação fecal indicar a presença de parasitas, devem ser administrados vermífugos. Nos gatos, em particular, algumas causas da diarréia podem não ser curáveis e requerer medicação permanente para ajudar na normalização das fezes. PREVENÇÃO A prevenção envolve evitar as causas potenciais da diarréia. Não se deve permitir que cães e gatos comam lixo e também não se deve fazer alterações repentinas nas rações caninas e felinas. Os proprietários devem tomar precauções apropriadas contra parasitas. Visitas regulares ao médico veterinário, para exames de fezes e exames físicos de rotina, também podem ajudar a evitar as doenças que provocam a diarréia. Parasitas intestinais de caninos domésticos Trichuris vulpis Os vermes adultos medem aproximadamente 4 a 6 cm de comprimento, possuem extremidade posterior que se afila rapidamente, conferindo-os o apelido de "vermes chicotes". A extremidade anterior é filamentosa e longa e esta porção fica encravada na mucosa. Os ovos tem o formato de um limão com coloração castanha ou amarelada. Ciclo de vida: Os ovos após 1 a 2 meses passam a conter L1. O animal ingere o ovo, há a liberação de L1 que atinge as glândulas da mucosa cecal e faz quatro mudas até se tornar adulto, passam então para a superfície da mucosa ficando encravado nesta. O período pré patente é de 6 a 12 semanas. Os ovos possuem grande longevidade, podendo sobreviver em canis por 3 a 4 anos como reservatório de infecção. Para desinfecção utilizar calor seco ou úmido. Sinais clínicos Os adultos, como já mencionado, cavam orifícios na mucosa do cólon e ceco, podendo provocar inflamação, hemorragia e perda de proteína intestinal, como consequência o animal pode apresentar hematoquezia ou enteropatia com perda proteica. A diarréia pode resultar em hiponatremia e hipercalcemia graves, mimetizando aquela pelo hiperadrenocorticalismo. Crises convulsivas podem estar presentes provocadas provavelmente pela hiponatremia. Diagnóstico Através da realização de exame de fezes, que deve sempre ser pedido quando o animal apresentar diarréia com sangue ou outra doença do cólon. Os ovos são relativamente densos e sua liberação é intermitente, as vezes só sendo encontrados em exames múltiplos. Tratamento Vermífugos a base de Febendazole ou associação de Pirantel, Praziquantel e Oxantel. Toxocara canis Macroscopicamente os vermes medem até 10 cm de comprimento, apresentam coloração esbranquiçada e podem ser confundidos com T. leonina. Os ovos apresentam coloração castanho escura, são subglobulares de casca espessa e com escavações. Ciclo de vida: O parasita tem quatro formas de infectar: Cães até 3 meses (Forma básica): O ovo após 4 semanas contem L2, que é a larva infectante. O animal ingere este ovo que vai para o intestino delgado onde ocorre a eclosão e L2 cai na corrente sanguínea, via fígado, atinge os pulmões mudando para L3, dirigi-se a traquéia, voltam para o intestino onde se tornam adultas. Cães com mais de 3 meses: A migração hepatotraqueal é menos frequente e aos 6 meses quase cessa. A L2 atinge então tecidos (fígado, pulmão, cérebro, coração, musc. esquelética e sistema digestivo). Cadelas prenhes (infecção pré natal): As larvas se tornam mobilizadas 3 semanas antes do parto, vão para o pulmão do feto, tranformam-se em L3 antes do nascimento. No cão recém nascido o ciclo se completa e vão para o intestino via traquéia.O cão lactente pode infectar-se ingerindo L3 no leite durante as três primeiras semanas de vida, indo a larva direto para o intestino. Hospedeiros paratênicos: Roedores ou aves ingerem ovos infectantes, L2 vai para os tecidos onde ficam até que estes animais sejam ingeridos por um cão e ocorra o desenvolvimento do parasita, que se limita ao trato gastrointestinal. Sinais clínicos O animal pode apresentar quadro pulmonar devido a migração pulmonar larval, tendo assim tosse, aumento da frequência respiratória e corrimento nasal espumoso. Como complicação pode ter-se pneumonia que as vezes é acompanhada de edema pulmonar. Os parasitas adultos causam enterite mucóide, podendo haver oclusão total ou parcial do intestino. O animal ainda pode apresentar diarréia, pelagem rala, crescimento retardado com pouco ganho de peso. Em grandes infestações se observa vômito do verme ou sua saída nas fezes. Diagnóstico Pelo exame de fezes, sendo de fácil visualização, não havendo necessidade de Método de Flutuação, basta um esfregaço de fezes com uma gota de água. Em neonatos, o diagnóstico baseia-se principalmente nos sinais pnemônicos da ninhada, pela dificuldade de se encontrar ovos nas fezes (fase pulmonar) e tambem porque uma grande carga parasitária pode provocar sinais antes que os vermes amadureçam e comecem a liberar ovos nas fezes. Tratamento Cãezinhos com 2 semanas, fornecer uma dose com repetição após 2 semanas para eliminar a infecção do período pré natal e tratar tambem a cadela. Nova vermifugação aos 2 meses de idade para eliminar a contaminação pelo leite. Filhotes recentemente adquiridos devem ser tratados duas vezes com intervalo de 14 dias. Os adultos tratados a cada 6 meses. Vale lembrar que se trata de uma zoonose. Toxascaris leonina O parasita adulto é muito semelhante ao T. canis. Os ovos são levemente ovóides com casca espessa. Não há fase migratória, depois de eclodido o ovo, L2 dirige-se direto para o intestino delgado. O tratamento e controle são os mesmo para T. canis. Ancylostoma caninum e Ancylostoma brasiliense Estes vermes possuem atividade hematófaga no intestino, levando a perda de até 0,1ml de sangue por verme por dia. Macroscopicamente tem de 1 a 2 cm de comprimento com postura característica de gancho. Ciclo de vida: Pode-se ter infecção pela ingestão dos ovos levando ao cilclo pulmonar, já descrito, ou ir direto para o intestino. Ocorre tambem penetração cutânea, onde L3 atinge a circulação sanguínea indo para os pulmões mudando para L4 atingindo bronquios e traquéia, sendo depois deglutidas, alojando-se no intestino delgado e tornando-se adultas. Outro tipo de infecção é a transcolostral. A L3 atinge a musculatura esquelética da cadela ficando inativa até a prenhez. São então ativadas ainda como L3 e eliminadas no leite por um período de mais ou menos 3 semanas após o parto. Sinais clínicos Animais jovens podem apresentar perda de sangue grave (melena, sangue fecal vivo e/ou anemia) e diarréia. Filhotes de 5 a 10 dias podem vir a óbito antes que os ovos apareçam nas fezes. Animais mais velhos dificilmente apresentam doença exclusivamente pelo Ancylóstoma e além disto nestes animais a resposta medular compensa a perda de sangue. Diagnóstico Através de exame de fezes e exame hematológico para constatação da anemia. TratamentoVermífugos a base de pirantel e praziquantel. Cadelas prenhes, uma vez durante a prenhez. Os lactentes com 1 a 2 semanas de idade e repetir após 2 semanas. O piso dos canis não deve ter frestas e deve ser mantido seco, a cama (se houver) descartada diariamente, as áreas livres de cimento devem ser mantidas limpas e secas. Remover as fezes com uma pá antes de esguixar com a mangueira, são medidas que ajudam na prevenção desta e outras parasitoses. Dipillidium caninum Os animais se infectam ao ingerirem hospedeiros intermediários infectados, como pulgas e piolhos. Sinais ClínicosIrritação anal ou segmento móvel nas fezes. Alguns animais podem apresentar crises convulsivas decorrentes da grande carga parasitária. TratamentoVermífugos a base de praziquantel e controle de hospedeiros intermediários. Isoospora canis e Isoospora ohioensis Acomete principalmente animais jovens. A infecção se dá pela ingestão de oocistos infectantes no ambiente. Os Coccídios invadem e destroem as células das vilosidades epiteliais. Sinais clínicos Animais adultos podem ser assintomáticos. Em animais jovens podemos encontrar diarréia moderada a grave, quase sempre com sangue. Diagnóstico Método de flutuação com exames repetidos. TratamentoSulfadimetoxina. Giardia ssp Trata-se de um protozoário cuja contaminação se dá pela ingestão de cistos eliminados por animais infectados e pela água. Sinais clínicos A localização do protozoário é o intestino delgado. Causa diarréia moderada a grave, persistente, intermitente ou autolimitante. A diarréia é do tipo "fezes bovinas", podendo levar a perda de peso. Diagnóstico Achado de trofozoítas móveis nas fezes ou cistos pelo método de flutuação com solução de Sulfato de Zinco. Realizar 3 exames antes de descartar giardíase. Tratamento Utilizar Metronidazol ou Furazolidona. É de importância a desinfecção do ambiente com derivados de amônio quartenário. OBSERVAÇÕES: As verminoses podem deixar o animal num estado febril (máx. 39,6C). Quando o animal apresentar temperaturas elevadas é bastante provável que possua outra enfermidade associada. As doses e repetições devem ser adequadas de acordo com o fabricante do vermífugo e o ciclo do parasita. O tratamento deve ser realizado sempre com base no resultado de um exame de fezes, para se ter noção da quantidade e do tipo de parasita.