Evolução Canina
A história dos cães junto aos homens começou a aproximadamente 14 mil anos atrás (embora existam evidências de registros ainda mais antigos). Provavelmente em alguma região no Oriente médio, mas é provável que esforços de domesticação tenham ocorrido em diversas regiões do mundo separadamente. O período de 14mil anos atrás coincide com grandes mudanças climáticas que ocorreram no planeta e fizeram com que as população humanas primitivas mudassem sua forma de viver, é provável que estas mudanças tenham influenciado na domesticação dos primeiros animais. Restos arqueológicos encontrados em Israel de pessoas enterradas com seus cães (esqueletos muito semelhantes aos dos lobos) mostram a ligação afetiva que já existia entre homens e cães desde o início da nossa civilização.
Dentre todos os animais domésticados pelo homem, cães, cavalos, vacas, ovelhas, camelos, lhamas, coelhos, asnos e gatos, todos, com exceção do cão e do gato são animais de hábitos alimentares vegetrianos e que, por isso não ofereciam concorrência aos homens e nem os ameaçavam como predadores. Se levarmos em consideração que a domesticação dos felinos se deu a partir do gato selvagem, de tamanho semelhante ao gato doméstico (e que portanto também não oferecia perigo para as pessoas) e mesmo assim, foi que a domesticação dos felinos foi posterior ao advento da agricultura, é de se estranhar que o cachorro, descendente direto do lobo cinzento (canis lupus variabilis), tenha sido o primeiro de todos os animais domesticados pelo homem. Ou seja, sendo o primeiro animal domestico, não havia ainda rebanhos para os cães guardarem ou conduzirem, sendo os primeiros cães necessáriamente caçadores e não pastores.
Embora a domesticação do cão já date de aproximadamente 14 mil anos, é válido lembrar que as raças mais antigas a serem estabelecidas como o afghanhound e o samoeida datam de aproximadamente 5 mil anos atrás. Sendo a domesticação muito anterior a criação de raças e tipos físicos. Essas diferenças se deram, inicialmente pelas diferenças de ambiente nos quais os cães viviam, mas, segundo algumas teorias espécies diferentes de cães, de diferentes regiões do mundo teriam se originado de diferentes espécies de cães selvagens como o coiote e o chacal por exemplo.
O lobo, predador e concorrente das populações humanas primitivas, graças a sua organização social dentro da alcatéia pode se adaptar bem ao convívio dentro da sociedade humana, tendo mesmo grande participação na nossa história. Ninguém pode dizer com certeza os motivos que levaram a domesticação de primeiro animal, mas algumas teorias existem.
Uma dessas teorias diz que o homem pré-histórico, interessado nas habilidade dos lobos (não a mesma espécie de lobo que temos atualmente, mas um ancestral comum dos lobos e dos cães atuais) como caçadores, especialmente no seu apurado olfato, começaram a “raptar” filhotes para criá-los como guardas dos acampamentos e ajudantes para caçar. Estes filhotes, acostumados a comer restos de caçadas e viver perto do homem acabaram por evoluir em direção ao atual cão doméstico. Essa teoria contudo, apresenta algumas falhas e parece por demais simplista, por desconsiderar exatamente o ponto de vista do homem primitivo. Embora tenha sido muito popular a alguns anos dentro do meio científico, hoje perde cada vez mais espaço pra outras teorias e está praticamente descartada. O homem primitivo deveria enxergar o lobo como ameaça e não como guardião, dessa maneira que a idéia de raptar filhotes e trazê-los para dentro dos acampamentos seria improvável.
Alguns ainda acreditam que lobos filhotes, talvez órfãos possam ter sido adotados por mulheres devido a um fenômeno chamado de “O doce engano das características infantis”. O “doce engano…” determina que, por todos os filhotes de mamíferos apresentarem características parecidas ocorre um ‘reconhecimento’ entre espécies diferentes que identificam o filhote de outra espécie com o seu próprio despertando um instinto de proteção. Não são desconhecidos casos de índias que amamentam filhotes de javali na floresta amazônica ou de nativos australianos que cuidam de filhotes de dingos ou cangurus, aparentemente sem nenhuma razão para isso. Estes filhotes adotados, apenas por sua expressão desprotegida e “bonitinha” graças a uma forma de reconhecimento precoce chamada de “imprinting”, aceitava os humanos como sua alcatéia e era leal a ela. neste cenério as habilidades de caça e guarda dos cães só teriam sido “descobertas” posteriormente e não teriam sido a razão da domesticação.
Outra teoria diz ainda que, os lobos, interessados nas habilidades humanas de abater presas de grande porte, rondavam os acampamentos em busca de restos de comida. Este processo teria acabado por selecionar os animais menos agressivos, que podiam comer junto do homem e que não tinham medo dos humanos. originando assim o cão doméstico. É improvável que os lobos tenham se aroximado dos acampamentos humanos com suas alcatéias para comer os restos, se tivessem feito isso teriam sido considerados ameaças ao acampaento e expulsos pelos humanos. Mas, se considerarmos a presença de lobos solitários, expulsos de suas alcatéias ou mesmo filhotes órfãos que teriam aparecido sozinhos na tentativa de conseguir comida esta teoria passa a ser aceitável. Principalmente se for considerada em conjunto com a teoria das “características infantis”, uma vez que o lobo adulto, após o período de imprinting poderia se acostumar com o homem, vencer seu medo e até conviver com ele, mas nunca submeter-se a ele. Apenas o filhote, que teve contato com os homens desde muito jovem pode aceitar o comando do homem.
Uma vez que lobos idosos ou solitários (também chamados de ronins) começaram a acompanhar grupos humanos nômades para se alimentar, ode ter acontecido que casais destes lobos solitários tenham se formado e começado a se reproduzir aos arredores dos acampamentos humanos, permitindo ao homem dar um passo fundamental em direção à domesticação do lobo e sua transformação em cão: o controle da reprodução da espécie.
Outras teorias existem, algumas falam mesmo dos homens caçando lobos para se alimentar dele. O que parece impróvável já que o lobo é um animal social e dificilmente é deixado sozinho pelo resto da alcateia, um confronto com um bando de lobos poderia machucar os caçadores humanos em uma época sem antibióticos ou quais noção de higiene, onde um ferimento poderia facilmente matar.
Independente da razão pelo qual os homens domesticaram os cães, esta relação iniciada a tanto tempo constitui-se hoje de um dos maiores exemplos de simbiose do reino animal. O conceito de simbiose segundo alguns cientistas é a de uma relação interespecífica ( entre duas ou mais espécies diferentes) não predatória, estas relações podem ser de vários tipos, mutualismo, comensalismo ou parasitismo. Muitos consideram a relação homem cão como um caso de comensalismo na qual apenas uma das espécies tira vantagem ( alguns consideram o homem como o lado vantajoso outros consideram o cão como lado vantajoso da relação), a outra se mantém na mesma situação, alguns ainda acham que a relação que o cão mantém com os homens é um tipo de parasitismo, que tem vantagens em sua convivência conosco enquanto nós temos desvantagens ( doenças, mordidas etc…). No mutualismo, entretanto, existe vantagem para ambos os lados com melhoras no funcionamento do metabolismo de ambos, em suma no mutualismo as duas espécies vivem melhor.
É como mutualismo que preferimos classificar nossa relação com os cães. Seria no mínimo ingratidão considerar nulo todo o benefício para os humanos da convivência com os cães depois de todos os serviços que eles nos prestaram e prestam até hoje. afinal, se os cães não fossem úteis para nós não teriam sido domesticados a princípio.
Muito antes do processo de domesticação ocorrer, a família dos canídeos já existia. Esta família, que inclui diversas espécies de cães selvagens além do cão doméstico e todas as raças e variedades que fazem parte dele, iniciou-se a cerca de 37 milhões de anos onde hoje está a América do Norte. A pincipal característica desta família são os dentes caninos, mas a forma do esqueleto adaptada a locomoção digitígrada e os demais dentes adatados para uma dieta onívora também são características determinantes de todos os canídeos.
A aproximadamente 7 milhões de anos a família dos cães chegou à Europa. Diversas espécies , nem todas semelhantes aos cães de hoje, existiram mas, o animal mais cotado para ancestral da linhagem que originou o cão doméstico, é um canídeo chamado de Eucyon. Ainda aqui diversas teorias existem, e torna-se difícil saber qual a verdadeira. Sabe-se que, após chegar a europa atravessando o estreito de Bering, os canídeos povoaram a Asia e a Africa, só sendo indruduzidos na America do Sul mais tardiamente e no continente australiano mais tardiamente ainda, há apenas 500.000 anos atrás. Há quem acredite que nessa época já existiu uma influência humana na introduão dos canídeos na Austrália.
Algumas teorias ainda afirmam que o cão poderia ser resultado de cruzamentos de lobos e chacais (estudos mostram que lobos e chacais poderiam produzir descendentes férteis, contudo, eles estavam separados geograficamente o que impossibilita a teoria). Até hoje, entretanto, o cão e o lobo são extremamente parecidos, os esqueletos de ambos é quase idêntico e seus genes também. Essa semelhança é tão marcante que muitas raças são atualmente cruzadas com lobos, produzindo os chamados cães-lobos. É por causa dessa grande semelhança que o lobo é aceito como o parente mais próximo do cão e também que um ancestral direto do lobo também seja o mesmo acenstral do cão doméstico.
Referências utilizadas:
national geografic Brasil
Enciclopédia do cão Royal Canin
Enciclopédia Canina
Revista Cãs e Cia
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